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Trabalho da Matéria Administração

Por:   •  4/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.812 Palavras (8 Páginas)  •  133 Visualizações

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Disciplina: ADM012 – Administração

Professora: Ivone Freire Costa

Aluno: Ricardo Lins Mendes de Carvalho

Atividade: Atividade 5(e) - Fichamento do Texto 04

  1. REFERÊNCIA COMPLETA DO TEXTO

     As referências são todas que constam no final do texto, A associação contra a hierarquia. Fernando C. Prestes MottaI; Gustavo L. Campos NettoII.

  1. INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR(A)

     Foram dois autores responsáveis pelo artigo estudado: Fernando C. Prestes Motta e Gustavo L. Campos Netto. Fernando C. Prestes Motta nasceu em São Paulo, Cursou a Escola de Administração da FGV, e se interessou pelas ciências sociais e a teoria sociológica das organizações. Aprofundou-se no estudo de Max Weber e dos filósofos da Escola de Frankfurt, Marcuse, Habermas, Horkheimer, Adorno, Walter Benjamin. Em 1969 viajou para os Estados Unidos onde, na Universidade de Cornell, fez algumas disciplinas nas áreas de teoria e comportamento organizacional, teoria sociológica e método científico. Ampliou seu entendimento das teorias organizacionais utilizando de conhecimentos provindos da psicanálise. Tinha grande intimidade com as obras de intelectuais franceses ligados à sociologia e a psicanálise. Em 1974 publicou seu primeiro livro, Teoria Geral da Administração: Uma Introdução. Em 1979, publicou Empresários e Hegemonia Política. publicou com Bresser-Pereira, Introdução à Organização Burocrática. Um ano depois, lançou O Que é Burocracia? Em 1997, organizou, com Miguel Caldas o volume Cultura Organizacional e Cultura Brasileira, em 1999, publicou ainda Teoria das Organizações: Evolução e Crítica, e junto com Maria Ester de Freitas, Vida Psíquica e Organização, em 2000. Deu cursos e palestras em diversas cidades do Brasil. Bresser-Pereira o identificou como “o sociólogo das organizações” porque nenhum outro sociólogo brasileiro escreveu uma obra tão abrangente e profunda sobre as organizações quanto ele. Já Gustavo L. Campos Netto, Administrador e Advogado Possui mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro, tendo ocupado posições relevantes tanto no sell side quanto no buy side. Foi responsável pela administração de carteiras de renda variável de clientes institucionais, private e varejo. Possui vasta experiência na análise e avaliação de empresas abertas. Atualmente é Sócio Fundador e Diretor na Krathus Gestora de Ativos. Paralelamente desenvolve carreira acadêmica, atuando como professor universitário em cursos de administração de empresas.

  1. TEMA ABORDADO

     O texto se debruça em pontos que tangem a articulação entre o coletivo e o singular e de que maneira são estabelecidas - a partir da ótica do conceito de alteridade, razão instrumental e da contextualização da modernidade - as relações hierárquicas no âmbito social, mais detidamente em espaços como as organizações. Além disso, traz as transformações possíveis no ambiente organizacional caso este se detivesse a proporcionar o desenvolvimento do Sujeito Competente.

  1. PROBLEMA CENTRAL DISCUTIDO PELO AUTOR

     O problema central exposto pelo autor se refere às organizações que são marcadas por fortes hierarquias estimuladas pelo sistema capitalista e pela forma de organização social ao longo da história da humanidade em que pouco discute ou coloca em centralidade a questão da alteridade, das singularidades diante do coletivo e o estabelecimento de relações empáticas.  

  1. OBJETIVO DO AUTOR

     Fazendo uso de diversos filósofos e teóricos o autor busca tecer questões e estruturar conceitos a partir da temática da alteridade nas organizações. Assim, o autor objetiva pontuar a importância de se voltar ao tema da alteridade nas discussões e elaborações das relações estabelecidas no ambiente organizacional, pontuando as problemáticas da modernidade e a dificuldade de manter um campo tensional entre o singular e o comum dentro de um sistema atravessado por diversos valores que são explicados pelo autor ao longo do texto.

  1. RESUMO DO TEXTO

Os autores ao iniciarem o texto logo introduzem o tema alteridade e uma problematização diante dele: a ausência do tema nos principais estudos voltados para as organizações.  Assim, nos primeiros parágrafos os autores nos mostram que trazer a tona essa discussão é um tanto quanto delicado, pois a alteridade se detém ao que tem de singular em cada individuo inserido em um coletivo, ou seja, a diferença presente entre eu e o outro, na relação com o outro. Para abordar essa temática, alguns autores e filósofos são usados, mas no texto se sobressai o filósofo Martin Buber.

A filosofia do diálogo e da relação de Buber tem como destaque a questão da unidade dos contrários.  Com esse filósofo é possível compreender que o eu se estabelece a partir da relação com o outro, portanto sua constituição é dada partir do outro; sendo assim, a relação é um aspecto essencial. Além disso, é importante destacar que a palavra é estruturante nessa constituição do sujeito. O filosofo traz que o eu pode assumir várias atitudes diante de uma relação, mas sublinha apenas duas: “eu e você” e “eu e isto”. Na primeira é possível compreender que o autor diz de uma relação horizontal e reciproca; já na segunda se instaura uma relação vertical, onde a submissão se estabelece e aqui a palavra tem estatuto de ordem e onde é possível compreender a forma burocrática explicada pelo autor, marcada por uma forte hierarquia.

Puxando o fio dessa temática os autores inserem a teoria da ação comunicativa de Jurgen Habermas para chegar à questão da alteridade. A discussão parte da diferença entre “sistema” e “mundo de vida”. Nas palavras do filósofo o primeiro é o mundo da regra, dominado pelo direto, administração e economia e composto pelas grandes instituições dominadoras modernas e estruturado pelo Estado burocrático; já o segundo é onde a reciprocidade se realiza ao nível do individuo, das coletividades, das sociedades e da cultura, aqui a individualidade e o relacionamento humano e fraternal são protagonistas, portanto é onde a ação comunicativa pode ocorrer. O filosofo defende que ambos estabelecem uma relação, mas o “sistema” tem se sobressaído diante do “mundo de vida”. Porém, Habermas adverte que é possível uma reversão dessa lógica, a partir da ampliação da ação comunicativa voltada a valores e, portanto a racionalidade instrumental seria influente apenas nas áreas que lhe são realmente competentes. Partindo dos conceitos desse filosofo o autor conclui que vivemos na modernidade um momento tensionado pela dialética desses sistemas, pois é extremamente delicado estabelecer o equilibro entre esses dois lados, já que de um lado está um sistema castrador corrompido e do outro um sistema que guarda a natureza humana, no entanto, já está contaminado pela razão instrumental.

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