Trabalho de operação da produção

CICLO DE VIDA DO PRODUTO – O CASO DO CHINELO

        Andressa Barbosa Rocha (Universidade Federal de Uberlândia-Campus Pontal) - andressaitba@hotmail.com

Carolina Lelis Silva (Universidade Federal de Uberlândia-Campus Pontal)-carolina.itba@hotmail.com

Beatriz Morais Barbosa (Universidade Federal de Uberlândia-Campus Ponta) - bia.moraisbarbosa@hotmail.com

Tainara Fagundes Silva (Universidade Federal de Uberlândia-Campus Pontal) - tainarafagg@hotmail.com

Vanessa Aparecida David Pires (Universidade Federal de Uberlândia-Campus Pontal) - piresvd@gmail.com

O produto em questão a ter avaliado o seu ciclo de vida é o chinelo tradicional, aqueles de pano da época da vovó, que hoje em dia praticamente são inexistentes no mercado. Vale ressaltar antes de tudo que há uma diferença entre o chinelo que conhecemos, que na verdade são sandálias com o chinelo em sua origem. O chinelo “verdadeiro” é o tipo de produto feito normalmente com materiais mais inferiores, mais simples, como o tecido e a palha, e o chinelo como o conhecemos (do tipo Havaianas, por exemplo), que na verdade são sandálias e não chinelos são feitos de materiais mais nobres, como o couro e o plástico injetado.

Com o surgimento das sandálias Havaianas, 1962, houve a substituição desses chinelinhos tradicionais feitos de pano, considerados inadequados para andar nas ruas, pelas sandálias (como passaram a ser chamados os chinelos para diferenciar o tipo de produto) acarretando então o declínio desses chinelinhos tradicionais.

De acordo com a matriz BCG, o posicionamento percorrido pelos chinelos, tomando como exemplo os primeiros chinelos inspirados nas sandálias de dedo japonesas (Zori), percorreu em suma, a fase do questionamento sobre o produto, ou fase do ponto de interrogação, onde o mesmo tinha uma baixa participação relativa no mercado, porém sujeito a um alto crescimento de vendas; a fase de produto estrela, onde o “chinelo era comprado, mas não havia muita visibilidade”, característica esta que fez com que uma fase que deveria caracterizar-se por uma alta participação do produto no mercado e alta de vendas fosse evoluísse diretamente para as características da fase do produto abacaxi (baixo crescimento relativo e baixas vendas), ou seja, direto para o declínio, onde permanece até hoje, não chegando, portanto a fase do produto vaca leiteira.

        O declínio dos chinelos tradicionais se deu pelas limitações apresentadas pelo produto, limitações como:

- não poder tomar banho com eles, uma vez que eram feitos de pano ou palha por exemplo.

- ser considerado, na época, vulgar sair na rua com eles.

- ter uma produção em pequena escala, devido ao processo de produção ser praticamente todo artesal etc...

        Quando o produto chega ao declínio devem-se haver investimentos para solucionar o que é considerado como problema no produto, que é o reposicionamento do produto com algumas diferenciações ou o lançamento de um novo produto, ainda que baseado no antigo. No caso dos chinelos, considerando a marca Havaianas, o método utilizado foi o “reposicionamento” do produto, que o transformou em uma “sandália moderna” que todo mundo usa.        Os chinelos tradicionais não alcançaram o estágio de vaca leiteira, que consiste no crescimento do produto antes do declínio, onde o marketing share e o investimento para tornar o produto mais atraente são altos, porém garantido o retorno monetário de algum valor para a empresa. Em suma, diante desse desarranjo sofrido no decorrer do posicionamento desse produto no mercado nota-se ele sai do declínio (produto abacaxi) depois de adotadas as medidas de enfrentamento para recolocação do produto no mercado, indo novamente para a fase de questionamento no mercado, por ser relativamente desconhecido devido às mudanças nele realizadas, evoluindo então posteriormente para a fase estrela chegando então a sua maturidade, a fase do produto vaca leiteira.

        No caso dos chinelos tradicionais, que nem chegaram ao posicionamento de produtos vaca leiteira e, depois de atingir o declínio permanecem ainda hoje fora do mercado, não há motivos para se tentar um reposicionamento do mesmo, pois em comparativos com os “chinelos modernos”, sandálias na verdade, temos:

...