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A Arquitetura e Seu Combate

Por:   •  19/9/2018  •  Resenha  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  348 Visualizações

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ARQUITETURA E URBANISMO

HISTÓRIA E TEORIA DA ARQUITETURA E DA CIDADE IV

PROF: MÁRCIA MARIA CAVALIERI

RESENHA DO TEXTO:

A ARQUITETURA E SEU COMBATE

                        Letícia Ferreira, Quézia Ana e Thais Torres

Belo Horizonte - MG

19 de setembro de 2018

Resenha: A Arquitetura e seu Combate

O texto estudado em sala e denominado A Arquitetura e seu Combate, foi apresentado na aula inaugural do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais em 1999 pelo professor Dr. Carlos Antônio Leite Brandão. Nele estão expostos seus pensamentos e opiniões sobre a arquitetura e sua função em si, sendo essa função não apenas a construção de cidades e edifícios, mas sim o conceito de uma vida melhor e mais feliz ligada ao meio construído.

O ponto de partida do professor está na vontade de passar adiante a necessidade de se restituir à profissão de arquiteto o seu valor social e ético para com seus feitos e abandonar a banalidade daquilo que é supérfluo e visto pela sociedade como algo estético e apenas de valor material. Para ele, todo o estudo dos conteúdos definidos pelas ementas das disciplinas pertencentes ao curso, só terão sentido se a razão e o sentido humano que levaram a arquitetura a existir e a se constituir como uma das principais atividades da existência humana estiver sendo introduzido e aprendido simultaneamente. É preciso que o sentido humano, público e ético dessa profissão seja promovido pelos arquitetos e escolas de arquitetura para quebrar um triplo vício, definidos pelo Dr. Carlos como:

I - O vício de se considerar a arte e a arquitetura como tendo fins em si mesmas e não como instrumentos para a construção de uma vida melhor e mais feliz;

II - O vício de se considerar como propósito fundamental da arte a construção da beleza e;

III - O vício do artista pensar-se a si próprio como dotado de um talento genial e orientado para conquistar em sua obra uma originalidade absoluta que se, por um lado, encanta nas fotografias das revistas especializadas, por outro desilude completamente quando se verifica ser tal obra incapaz de abrigar a história do morador, seus sonhos, seu desejo, seus hábitos, sua “habitação”.

A habitação é vista nesse sentido não como um abrigo ou alojamento, e sim como algo que produz sua identidade e promove o hábito de pensar e tomar posse do destino de seu habitante.

No segundo subtítulo, A Dimensão Pública e Simbólica da Arquitetura, o professor volta a firmar a necessidade de se reaprender o “sentido humano” da arquitetura, pois através disso é possível combater os três vícios apresentados anteriormente. Ao definir arquitetura, ele retorna aos gregos e à origem da palavra em si, a junção entre arche e tectura, para definir e diferenciar construções que vieram a ter uma excelência simbólica sobre as demais, como os templos e os teatros, que incorporavam a lei e a ordem que regulavam a comunidade em que viviam, os edifícios que traduziam a história e a origem dessa comunidade ou os edifícios que incorporavam um valor ético ou moral a ser divulgado, ensinado e mantido presente no espírito coletivo da comunidade.

Nessas comparações com os gregos, é trazido à tona uma crítica atual sobre as construções e o modo como afetam o meio urbano. Partindo do ponto de que qualquer obra, mesmo uma casa particular, é uma obra pública, pois carrega mensagens simbólicas, históricas e pedagógicas abrigadas em suas formas, torna-se responsabilidade do arquiteto fazer algo que atenda a todos os habitantes. Para os gregos, ser original entre os arquitetos significava se prender junto à origem pública que fazia a arquitetura ser entendida como algo criado por toda a sociedade, formas inusitadas e parafernálias desviavam a mensagem principal histórica e simbólica que tentavam transmitir através da arquitetura. Portanto, para o autor do texto atualmente há novamente a necessidade de se combater uma arquitetura desvinculada de qualquer compromisso público, buscando em seus projetos ressaltar e evidenciar desejos e necessidades de todos os habitantes. Como arquitetos e cidadãos é preciso pensar no que projetamos de forma ética e a alteração que nossos projetos causam no cotidiano da sociedade.

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