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A Monografia Forros

Por:   •  29/8/2018  •  Monografia  •  1.377 Palavras (6 Páginas)  •  315 Visualizações

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Com a chegada dos portugueses no Brasil se inicia oficialmente a posse daquele extenso território por eles encontrado. A população aqui presente já tinha sua própria maneira de criar, arquitetar, fazendo casas compridas como uma nau, de madeira, coberta de palha. Aqui se revelam dois importantes materiais que seriam fartamente utilizados na construção da colônia.

A arquitetura colonial do Brasil possui inúmeras características e modos construtivos iniciados nesse período. O forro dessa determinada época possui as mesmas funções de hoje, contudo o que difere são os materiais utilizados e a capacidade de execução devido à mão de obra e tecnologia produtiva.

A madeira, de excelente qualidade, além da ótima lenha produziu a primeira cruz, lavrada pelos carpinteiros. Além dela, a palha, a pedra e o barro completariam a lista de materiais com os quais os portugueses edificaram uma nação, os utilizando de variadas formas, incorporando técnicas construtivas de povos conquistados em suas viagens ultramarinas.

As técnicas construtivas adotadas no caso dos forros eram de diversos formatos e materiais para atender a diferenciados objetivos como a diminuição do alto pé-direito, a manutenção da ventilação cruzada ou, principalmente, a valorização do ambiente social doméstico ou de uso público, como igrejas, lojas ou câmaras.

Também como os pisos, evoluíram com a melhoria da mão de obra e instrumento de marcenaria. Encontramos variados tipos e modos de execução dentro dessa temática. Usava-se muito, nas casas populares e em algumas fazendas, um forro de baixo custo, porém de confecção elaborada assim como o de um tipo de planta chamada taquara, da qual eram feitas grandes esteiras para o forramento do teto.

O uso mais comum para acabamento de teto em residências era o teto plano com os devidos acabamentos de bordas chamados de sanca. De modo geral, o acabamento do teto no período colonial utilizava madeiras pareadas com largura entre 20 e 27cm, com espessuras pré-definidas e entalhes que permitiam os encaixes, feitos conforme a especialidade de quem os fazia, e por isso variavam tanto de estilo.

Nas obras mais sofisticadas de grande porte, como salões e casas grandes, onde tanto o pé direito quanto a estrutura permitiam que o teto assumisse a forma de abobada ou esquife, também chamado de caixão ou gamela com suas peças presas diretamente ao madeiramento da cobertura ou barrotes do pavimento superior. A Gamela é confeccionada com a junção de cinco planos distintos formados pelo encaixe das tábuas formando os grandes painéis em que quatro deles são em 45° e um paralelo ao piso.

Nas obras com mais investimento financeiro como igrejas, a parte do teto era exposta como uma grande obra de arte, emoldurada. Para manter a perspectiva usava-se a forma abobadada como opção. Esse tipo de construção mais elaborada usava estrutura própria, em alguns casos incorporando caixotões com molduras. Dependendo da função do teto, decorava-se com pinturas.

O estuque foi fartamente utilizado, tanto na arquitetura residencial quanto em programas mais elaborados. Neste caso, uma trama de bambus ou pedaços de madeira era amarrada na estrutura da cobertura e sobre ela aplicada uma argamassa composta por pó de mármore, areia fina e um aglomerante. Também era utilizada a esteira de taquara trançada para receber a massa, posteriormente pintada.

Entre todos os materiais, no entanto, devido as suas possibilidades, a madeira predominou na confecção dos forros. Tábuas mais estreitas e finas do que nos pisos, com encaixes mais elaborados como o duplo-fêmea, ou a simples superposição, saia e camisa, peças que eram arrematadas nas paredes através de caprichosas sancas ou cimalhas.

⦁ Descrição detalhada da técnica

O forro é um material que reveste o teto, servindo como suporte para esconder instalações. Tem como objetivo promover o isolamento térmico e acústico e promover a diminuição do volume do ambiente, ajudando na circulação cruzada. Além disso, destina-se a proteger os compartimentos da poeira e outras partículas bem como de pequenos animais ou aves que eventualmente penetrem através do telhado.

Existem diversos formatos de forros, entre eles:

⦁ Forros Planos

Possuem o formato plano, podendo ser horizontais, oblíquos e mistos.

Os horizontais são sustentados por estrutura de barrotes, geralmente apoiados nos frechais e nas linhas que correm sobre as paredes internas. No caso de vãos maiores, são criadas estruturas exclusivas para a sustentação do forro.

Enquanto os forros oblíquos são forros que acompanham a inclinação do telhado, geralmente usados em anexos ou prolongamentos de telhado.

Já o forro misto trata-se da composição dos anteriores e, comumente apresentam três planos: dois acompanhando a inclinação do telhado e um sob a linha alta.

⦁ Forro Curvo ou Arqueado

Característicos da arquitetura religiosa, podem ser em abóbada de berço; naves e capelas mores ou de aresta; claustros e outros espaços, geralmente nos pavimentos térreos.

⦁ Mistos

Quando apresentam formas planas e curvas.

Material e Tipo de Acabamento do Forro

Além do formato, os forros possuem diversos tipos.

⦁ Esteira de Taquara

Constituído de um trançado de taquara ou bambu chamado de urupema. Trata-se de forro muito barato e de fácil execução e, por esta razão bastante difundido na zona rural, especialmente naquelas de influência mineira. A parte interna do caniço é voltada para baixo o que permite sua pintura com cal.

Além de propiciar uma boa aeração dos ambientes, as inúmeras possibilidades de trançado permitem explorar o efeito plástico do sistema em construções mais importantes.

⦁ Estuque

Constitui-se

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