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A ORIGEM DA PSICOPATIA NA INFÂNCIA

Por:   •  11/6/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.427 Palavras (6 Páginas)  •  147 Visualizações

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“PSICOPATIAS” E MENTES CRIMINOSAS

A ORIGEM DA PSICOPATIA NA INFÂNCIA

Aldenora Luísa Rodrigues ALMEIDA;
Ana Luiza Rios de PAIVA;
Jefferson Santos da CONCEIÇÃO;

Resumo:

Este presente trabalho tem a finalidade de apresentar as psicopatias, a forma que ela pode desenvolver na infância e como a Psicologia Jurídica compreende isso. A psicologia jurídica se faz presente quando é necessário estabelecer um elo entre a psicologia e a justiça. A origem desses distúrbios psicopáticos nasce em grande parte dos casos, por conta da violência, maus tratos e abusos sofridos na infância. Tais transtornos são classificados como “desvio de condutas” e trazem uma série de desconfortos tanto para a própria criança quanto para a família e todos com ela envolvidos. São perceptíveis algumas características de psicopatia na infância que podem ser vistas em crianças que tem entre cinco e sete anos de idade, quando são incapazes de ter empatia, sensibilidade e vontade de agir com maldade, contando mentiras; sendo cruéis com colegas na escola, com irmãos ou até mesmo com animais de estimação; irresponsabilidade afetiva e ausência de culpa quando se comete um erro. Tais características são um presságio desse transtorno e é necessário que os pais ou responsáveis saibam distinguir a “maldade típica da idade” com os distúrbios.
Concluindo que essas condutas só podem ser consideradas transtorno com o aumento das ocorrências. Salvo que todas as características que foram citadas são apenas genéricas, podendo afirmar apenas com o diagnóstico feito pelos especialistas no assunto abordado.

Palavras Chave: transtorno, psicologia jurídica, crime e conduta.

Introdução:

De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria, antes dos 18 anos não é possível uma criança ser chamada de psicopata, pois sua personalidade ainda não está totalmente formada, e por isso há uma grande dificuldade dos profissionais detectarem a psicopatia em uma criança.  Existem algumas linhas de pensamento que discordam disso, como o estudo da professora Essi Viding que afirma a origem genética da doença psicológica, onde há certa fragilidade da criança que pode demonstrar a personalidade psicótica e em contrapartida o estudo do psiquiatra Fábio Barbirato, que traz presente que traços de psicopatia podem ser constatados a partir dos três anos de idade.  A infância e adolescência podem ser uma fase muito frequente para instalar as psicopatias, e ter um desvio ou transtorno de conduta que pode levar da fase da infância até a sua vida adulta.

A psicologia entende que a característica do entorpecimento emocional está relacionada com a presença do comportamento antissocial e perturbação de conduta; por isso podem ser provedores do desenvolvimento de alguma psicopatia, provando-nos que esses transtornos podem ser identificados em crianças e adolescentes. A neurociência também afirma que tem uma resposta reduzida da amígdala em jovens com presença de traço de entorpecimento emocional, encontrando altas pontuações considerada psicopatias.

“Estima-se que haja 69 milhões de psicopatas no mundo, e que as taxas do transtorno variem entre 0,5% a 3%. De acordo com dados do estudo americano The Epidemiology of Antisocial Behavior in Childhood and Adolescence (A Epidemia do Comportamento Antissocial na Infância e na Adolescência) de 1991, a psicopatia é muito comum, principalmente em crianças do sexo masculino, independentemente da idade, mas são freqüentes com 6 a 11 anos, com a estimativa de até 15 anos.” Portal R7.

Metodologia:

Todas as pesquisas foram feitas e retiradas de livros sobre a psicologia aplicada ao Direito, esclarecendo bem o que é “transtorno de conduta”, comportamentos antissociais e como a justiça lida com isso. Foram viáveis pesquisas na internet, em site de notícias e clínicas com profissionais especializados onde mostraram alguns casos em que crianças foram observadas, e em alguns casos, diagnosticadas através de comportamentos e ações maldosas e nada empáticas.

Resultados e Discussões:

Lembrando que quando falamos em crianças, devemos analisar a base em que elas sofreram algum comportamento que foi afastado, ou não aceito pela sociedade, cometendo assim frustrações que levaram a desenvolver uma série de problemas mentais, infelizmente de acordo com a psiquiatria a psicopatia não tem cura, é um transtorno de personalidade, e não apenas uma fase. Esse transtorno pode apresentar em diferentes graus, leve, moderado, e alto grau, sendo o de alto grau estabelecendo uma barreira de convivência, a psicopatia tem um curso crônico, ou seja, pode se tornar menos evidente de acordo com o que o individuo cresce. O mais importante fato que os especialistas abordam, é que, os pais tenham conhecimento o que passa com seu filho, estabelecendo contatos com as pessoas que estão ao redor dele, como professores, amigos, etc.

Esse transtorno pode ser identificado nas crianças em que tem uma relação de comportamento muito imperativo, ou não impõe nenhum tipo de emoção, ou frustração. No Brasil relatam sobre “distúrbio de condutas” sendo totalmente diferente por ser algo bem mais abrangente que podemos nomear sobre alguns problemas de saúde mental, as crianças afetadas com esse transtorno é relativamente na idade de cinco a sete anos, ou até menos, de três a seis anos, afetando principalmente crianças do sexo masculino, podendo se estender até aos 15 anos, marco do começo de sua adolescência.

O transtorno de conduta também atinge o meio escolar, trazendo baixo rendimento na infância, atingindo várias limitações tanto no campo afetivo, como no acadêmico e também no social. A persistência desses comportamentos antissociais está relacionada a vários motivos, dentre eles a forma agressiva e violência no ato de resolver certos tipos de situações perante aquele momento, e quando se torna bem frequente passa a ser notável em diferentes ambientes, como em casa, na rua e todos os lugares que a criança tem acessibilidade. Alguns autores afirmam que transtorno de conduta é uma espécie de personalidade antissocial na juventude, e com o passar dos anos pode avançar e chegar à vida adulta, influenciando-os a consumir exageradamente o álcool, drogas e cometer crimes, na via mais comum dos fatos, o homicídio, ressaltando que nem todos os psicopatas têm mente de homicidas, mas visibilizando que eles não têm sentimentos, como o ódio ou amor, e a consciência deles não pesa em fazer mal ao próximo.  Assim entramos com a Psicologia Jurídica, analisando sanções penais a eles aplicadas na atual justiça brasileira, uma vez que tais indivíduos são ora considerados imputáveis, sofrendo a aplicação da pena privativa de liberdade, ora semi-imputáveis, recebendo a aplicação da medida de segurança ou a redução de um a dois terços da pena, conforme disposto no parágrafo único do artigo 26 do Código Penal.

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