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A Propósito do Habitar: Casa

Por:   •  3/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.048 Palavras (5 Páginas)  •  249 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE ÉVORA | ESCOLA DAS ARTES I DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA

CURSO DE ARQUITETURA I PRIMEIRO CICLO

EXERCÍCIO 01

TEORIA DA ARQUITETURA II. ANO LECTIVO 2016/ 2017

3º ano . semestre VI

docente: João Belo Rodeia

01. TEMA 01

A propósito do Habitar: Casa.

BAUHAUS | Walter Gropius

A escolha da obra, paradigma da arquitectura do séc. XX, concebida no inicio do movimento moderno, por Walter Gropius, um dos três mestres da arquitectura moderna, para além de Le Corbusier e de Mies van der Rohe, prende-se com o facto de a Bauhaus não trabalhar para excluir e segregar, mas antes para aceitar e relacional um grande número de experiências em curso. Interessado numa nova conceção de criar, na interseção da arquitetura, arte, design industrial, tipografia, design gráfico e design de interiores, Walter Gropius criou a instituição Bauhaus em Dessau, com um estilo emergente que iria para sempre influenciar a arquitectura, e que se revela ainda hoje como um ícone do movimento moderno.

Efetivamente, uma nova responsabilidade se sobrepôs às aspirações e ambições de indivíduos e grupos, a partir do final da I Grande Guerra, empenhados numa batalha estrutural que passou a ser tarefa de todos.

É neste momento que surge a Bauhaus, numa tentativa de atacar uma parte do sistema social a partir do interior de uma instituição pública que se revelou insustentável dentro das circunstâncias da época, acabando a sua ação por ficar compreendida num brevíssimo período de tempo, desde o fim da inflação (1924) até ao início da crise económica de 1929. Esse breve momento de liberdade é o bastante para que Gropius leve a efeito uma experiência decisiva, cujo valor politico se encontra há muito para além dos limites dos debates de então.

Inicialmente localizada em Weimar, o crescente ressentimento político forçou a mudança para Dessau.

Gropius tomou isso como uma oportunidade para construir uma escola que refletisse e integrasse os seus ideais educativos.

A Bauhaus conclui o restabelecimento do contacto entre o mundo da arte e o mundo da produção, para formar uma classe de artífices idealizadores de formas e para basear o trabalho artístico no princípio da cooperação, iniciado na segunda metade do séc. 19, com o movimento Arts and Crafts e a Kunstqewerbeschule e a Werkbund alemãs. A arte deixa de ser uma revelação do Criador, feita ao artista pela graça da inspiração, mas sim o aperfeiçoamento de um fazer que tem o princípio e o fim no mundo, e se cumpre inteiramente na esfera social.

O edifício da Bauhaus pretende acima de tudo ser considerado dentro do traçado urbano em que se insere e com o qual se articula, transpondo uma estrada, fronteando outra, acolhendo um campo desportivo nos cotovelos de dois braços de uma fábrica; evitando, em suma, interromper o tecido da vida citadino, inserindo-se nela com o seu próprio ritmo, escancarando ao exterior as próprias frentes envidraçadas, não tanto para captar mais luz, mas para satisfazer a necessidade instintiva de levantar o olhar de vez em quando, de um trabalho manual, para refazer a perspetiva destruída pelo empenho obstinado na matéria.

As extensas instalações da Bauhaus em Dessau integram espaços para o ensino, as residências para estudantes e membros da faculdade, um auditório e escritórios. Observada de cima, o layout da Bauhaus sugere a forma de hélices de avião, implantados nas áreas circundantes de Dessau.

O edifício é composto de três asas todas ligadas por pontes. Os espaços da escola e da oficina são associados através de uma grande ponte de dois andares, que cria o teto da administração localizada na parte inferior da ponte.

As unidades habitacionais e o edifício escolar interligam-se através de uma asa para criar fácil acessibilidade ao salão da assembleia e às salas de jantar. A ala educacional contém a administração e salas de aula, sala de professores, biblioteca, laboratório de física, salas modelo, cave totalmente acabada, piso térreo e dois andares superiores.

A funcionalidade rigorosa das estruturas, a ausência não só de qualquer elemento decorativo, mas também, de qualquer complacência ou desvio formal é, pois, determinada pela necessidade de não atribuir aos elementos construtivos uma qualificação formal que eles devem receber exclusivamente da frequência e da direção, isto é, do movimento.

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