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A linguagem arquitetura: o problema do conceito

Por:   •  8/4/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.103 Palavras (5 Páginas)  •  1.499 Visualizações

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 WalissonDinizRochaLima  3 º Semestre

A linguagem arquitetura: o problema do conceito

O texto busca reposicionar o conceito de projeto arquitetônico em novas chaves a da linguagem e a da compreensão. O conceito não é apenas uma elaboração mental previa, destinada a ser substituída pelo projeto no qual ela seria totalmente absorvida, mas o médium histórico da linguagem através da qual nos construímos e compreendemos o mundo em que vivemos. Nessa chave o conceito servirá não apenas para o trabalho do arquiteto mas sobretudo, para a compreensão do produto do seu trabalho por parte de quem habita. E essa matriz pré-compreensiva que não ative uma rede de compreensão que procura dar sentido aquilo que é percebido, mesmo que nunca nos tenha caído sobre os olhos.

Cumpre ver como o conceito é capaz de fazer dialogar os universos distintos de quem projeta e de quem habita desensarilhar-se de relatividade do juízo do gesto e ultrapassar o campo especificamente espacial, arquitetônico ou artístico para instalar-se no campo histórico e poesia. Pensar a arquitetura e similares ao exercício do agricultor. Os conceitos como aqueles que elaboramos durante a produção de um projeto, não surge do nada nas reflexões sobre a  nossa própria experiência dos espaços e daquelas que nos fornece a tradição que lhes concerne. Assim, por exemplo, diante da solicitação projetamos um tempo cumpre elaborar a reflexão sobre nossa experiência desses espaços  sobre  imagens  os significados e sentidos que a tradição nos transmite e que se deposita como repertorio  da cultura aquilo que dai se destila e a semente que o conceito e muitas já vem se destacando em nossa memoria cumpre ao arquiteto no momento em que germina o seu conceito, tem um olhar notável para aquilo que ele pretende recolher no projeto o qual lança ao mundo como o fruto de sua atividade.

Geralmente, a exposição de um projeto arquitetônico ou urbanismo é precedido pela apresentação do conceito geratriz.

O que preside essa interpretação é, como já dissemos, o modelo da linguagem cientifica. A verdade de conceito é arquitetura, cuja espacialidade suposta é substituída pelos ternos da descrição conceitual. O conceito é a própria essência da obra e contém a verdade da obra.

Portanto, o conceito só aparece junto com a conclusão do projeto, é elemento conclusivo dele, não exterior, e é um vetor para o qual a expressão gráfica se dirige a fim de compreendê-lo. Se colocarmos lado a lado tal modo de pensar o conceito com aquele abordado quando da analise etimológica, concluir-se que o processo de projeto é uma via de mão dupla em que o conceito e o desenho, o arquiteto e o projeto, se mantem reciprocamente, tal como o discurso e a ideia.

Assim como um ciclo se divide em vários arcos, também o circulo é hermenêutico se divide em arcos hermenêuticos estabelecidos ente aqueles entre interlocutores.

Por um lado, tal concepção compromete o momento conceitual como sua transmissão e sua construção para o publico ao qual a obra devera se dirigir. A especulação teórica já é, portanto, praticam, e a ideia só é legitimidade por sua possibilidade de ser comunicada, compreendida e habilitada enquanto arquitetura.

Por outro lado, a representação da arquitetura deixa de ser mero veiculo instrumental e mostra-se como momento conceitual.  A linguem quando falada e vivida – ou seja, enquanto condição de nossa experiência e vivida do mundo – não é apenas o referente de uma ideia, mas confere a essa ideia um acréscimo se ser, dar-lhe corpo e ampliar-lhe  a alma.

Portanto, nem o conceito é da pura ordem da subjetividade e da teoria, nem o projeto e a obra são da pura ordem objetiva e da pratica empírica. O conceito esta na obra e no projeto, e não na subjetividade do arquiteto. Ele mora no desenho, maquete ou na imagem virtual – e não no pensamento do autor no contexto sócio econômico – e é lá, em primeiro lugar  que ele deve ser perseguido pelo critico ou interprete.

Acreditar que o universo do projeto reside no desenho é desmerecer o próprio desenho uma vez que ele não se encora em nada e se torna totalmente falaz, fugaz e dependente de um frágil arbítrio – o arbítrio este que muitos confundem com estilo ou gosto, de modo, a evitar qualquer discursão sobre a pertinência  ou não daquilo que o desenho representa.      

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