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A periferia como fronteira de expansão do capital

Por:   •  27/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  452 Visualizações

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Micaelly Lacerda Pinheiro

BAU, 8º sem. Turma A

Centro Universitário Senac Santo Amaro

06/09/2018

MAUTNER, Yvonne. A periferia como fronteira de expansão do capital

Os processos de verticalização deram-se início entre os anos 30 e 40. Nestes anos foram construídos os primeiros edifícios de São Paulo.

A enorme demanda por materiais de construção, intensificada pela queda das importações durante s Primeira Guerra Mundial, impulsionou a implantação e o desenvolvimento da produção de materiais de construção em São Paulo, fator de relevância para a expansão da produção doméstica. (pág. 248)

As periferias em São Paulo surgem por meio da casa própria construída em lotes individuais, a partir de um modelo de suburbanização norte americana.

O investimento sistemático em áreas da economia consideradas estratégicas para o desenvolvimento econômico e o descaso para com a reprodução da força de trabalho impediu uma leitura mais sútil de formas de provisão habitacional dirigidas aos setores estratégicos da força de trabalho necessária para a consolidação do desenvolvimento econômico.” (pág. 249)

Só a partir dos anos de 1930 que o Estado assume, por meio de IAPS, que atendiam antes somente os associados de classe média, agora responsabilidade na provisão de habitação para a classe operária. Estes primeiros IAPS criados foram os da Marinha, Comércio, Transporte e Estocagem de café.

Trinta anos depois o BNH e o SFH assumem o papel de financiar contrições e prover créditos para o consumo de habitação de classe média.

Dessa forma a atuação do Estado na provisão de habitação assumiu simultaneamente diferentes papéis: no nível ideológico, usando a retórica do bem-estar social, o Estado responde a reivindicações de classe operária, mediando, ao mesmo tempo, sua execução.” (pág. 250)

Quando o Estado financia a construção e a aquisição de casa própria, ele organiza e desenvolve a indústria da construção porque assegura uma demanda constante para os níveis de renda.

Entretanto, geralmente a classe trabalhadora não tem condições de se beneficiar deste financiamento para a aquisição da de habitação.

Marilena Chauí utiliza-se de conceitos em relação as relações sociais que estão na base da produção do espaço da periferia, estes são: o gramsciano de hegemonia e o da ambiguidade nas relações capitalistas de produção e nas práticas sociais que recriam as regras sociais.

O resultado é um espaço construído que, mesmo feito em loteamentos à margem da legalidade urbanística estabelecida, pelo trabalho irregular e recursos técnicos precários reproduz o espaço urbano pronto para ser incorporado à cidade.” (pág. 252)

As habitações clandestinas seguem uma forma tradicional do traçado da cidade e quanto mais próximos eles chegam dos padrões tradicionais, maiores são as chances de serem alcançados pelos serviços urbanos.

Em São Paulo, as periferias têm um significado específico. Geograficamente significa às margens ou franjas da cidade. Sociologicamente, o local onde moram os pobres em contraposição à parte bem estruturado da cidade, pois a periferia é socialmente segregada e o valor da terra é muito baixo e seus moradores a reconhecem como uma apropriação desigual do espaço urbano.

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