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Allegory of Divine Providence and Barberini Power

Por:   •  9/8/2019  •  Seminário  •  458 Palavras (2 Páginas)  •  272 Visualizações

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A obra “Allegory of Divine Providence and Barberini Power” de Pietro de Cortona, possui uma imensidão de elementos e detalhes que serão analisados ao decorrer deste texto, sendo uma das principais obras barrocas arquitetada e pintada de forma que traga vida aos olhos de quem vê-la.

No centro da obra é perceptível a presença de duas chaves (As chaves papais), que segundo o catolicismo estão relacionadas com o poder de autoridade fornecido por Deus à São Pedro e, assim, aos seus herdeiros (os papas). Isso possui forte relação com o contexto histórico do barroco, uma vez que os papas eram nomeados por meio da confirmação divina, fazendo com que eles obtivessem o poder de proibir, permitir ou condenar aqueles contra sua autoridade espiritual. A chave da direita representa o poder divino exercido por Deus no reino dos céus, já a da esquerda simboliza a ascendência dos papas sobre a terra.

Na obra, A providência divina encontra-se sobre as nuvens e, logo abaixo, há a representação do tempo e do destino. A foice, representa o tempo e traz a manifestação de algo passageiro que se desfaz, podendo representar a efemeridade e o pessimismo da época. O destino seria o sinal divino da coroação do cardeal Barberini ao papado, visto que o enxame de abelhas que representa o brasão de sua família estava sobre a parede de sua cela conclave.

Alguns elementos acerca deste coração são notórios, como a coroa da imortalidade voltada ao brasão da família Barberini e também a segurada pela figura de Roma sobre Urbano VII, destacando o poder temporal e espiritual do papa. Assim, mostra a forte influência da igreja sobre a vida das pessoas.

A arquitetura é rica em detalhes e em suas bordas há a representação das Virtudes Cardeais descrevendo princípios opostos. Com isso, o arquiteto utilizou seres mitológicos na busca de representar contradições que reflitam nos estados da alma humana, como por exemplo, a parte inferior da obra que representa Minerva, deusa da sabedoria, enfrentando os gigantes que possuem o objetivo de desafiar o céu. Aqui, há uma clara evidência de uma tensão entre o bem e o mal.

É evidente o fusionismo entre duas mentalidades, a renascentista e a medieval. Isto, por conta da mesclagem de elementos considerados religiosos e outros de seres da mitologia, expondo a dualidade existente da época barroca onde os indivíduos não estavam em harmonia consigo mesmo, sendo um ser contraditório que procura do centro das coisas.

O dinamismo, característica barroca, está inserido em toda a arquitetura. Podemos ter essa convicção, partindo do princípio do nível de detalhamento proeminente nos cantos da obra, as ricas cores, os relevos, as expressões faciais dos personagens representados e os movimentos que relembram a realidade. Além disso, pode-se notar o contraste de luminosidade distinguindo luz e trevas (chiaroescuro

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