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Análise do Texto “Arquitetura é Arte?”: de Edson Mahfuz

Por:   •  14/6/2020  •  Resenha  •  529 Palavras (3 Páginas)  •  362 Visualizações

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Análise do texto “Arquitetura é arte?”:

de Edson Mahfuz

A produção arquitetônica nunca foi tão grande como nas últimas décadas, entretanto, a produção de qualidade não acompanhou esse movimento. Isso acontece principalmente pela confusa imagem de que arquitetura é arte, somado a ideia de criatividade e a piração contemporânea sobre inovação. Em síntese, a baixa qualidade na produção pode vir da errônea noção de “Arquitetura = arte + criatividade + inovação”.

Mas afinal, o que é arte? está definição é muito complicada, uma vez que depende de aspectos culturais e se modifica ao longo do tempo. Contudo, hoje é comum associar algumas tags que essencialmente ajudam a nortear esse conceito: criatividade, imaginação, autoexpressão, beleza, poder de emocionar e criar sensações.

        Segundo Mahfuz, todos esses conceitos estão realmentes ligados de alguma forma à arquitetura, contudo, não são definidores dela. Por tanto, se arquitetura é uma arte, é a mais diferente delas. [pic 1]

        Em uma busca rápida na internet sobre o conceito de arte, inúmeros sites e portais relacionam a arquitetura de uma forma servil a arte, como se ela fosse um “ramo”.

Além disso, fica claro que a arte possui uma certa despretensiosidade, isto é, o artista é livre tanto com a disciplina propriamente dita, quanto a produção. Já na arquitetura isso não é possível. A arquitetura precisa ser responsável, tanto de ponto de vista ético e legal quanto com as pessoas e lugares.

        Vitruvius, no século XV elencou três princípios conceituais para a arquitetura: "Utilitas" (utilidade), "Venustas" (beleza) e "Firmitas" (solidez). Hoje, pensadores como Francis Ching elencam: Forma, Função, Lugar e Técnica; todos com a mesma hierarquia. Assim, hoje, é muito difícil a arquitetura não estar comprometida com esses pilares. já que são estruturadores desde o ato projetual.

        Portanto, como a arquitetura está vinculada a esses princípios, ela acaba de distanciando dos valores da arte, como cita Mahfuz:

“Se aceitamos que o projeto é uma síntese formal das necessidades programáticas, das sugestões do lugar e da disciplina da construção, realizada a partir de um repertório consolidado ao longo de séculos, a arquitetura teria muito pouco em comum com as demais artes visuais.”

        A arquitetura pode não ser uma arte, mas com toda certeza há um fator artístico nela. Em todo mundo, inúmeras edificações são construídas sem o auxílio de arquitetos, em muitos casos cumprem com duas exigências de Vitruvius: utilitas e firmitas. Mas, essas edificações nunca chegam a ser Arquitetura e, muito menos obras de arte.

        O que falta nesses projetos é o “sentido da forma”, de ver relações onde as pessoas veem coisas, isto é, encontrar ao projetar uma ordem transcendente. Outro fator importante é a sistematicidade, ou seja, a existência de uma ordem capaz de ser identificada e valorizada.

        Sendo assim, o conteudo artistico na arquitetura não tem não tem relação com seus atributos escultórico e a busca pelo artístico e original leva geralmente ao bizarro.

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