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Barroco no Brasil

Por:   •  13/7/2015  •  Trabalho acadêmico  •  639 Palavras (3 Páginas)  •  444 Visualizações

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BARROCO

“Luciano de Oliveira Fernandes: O Ciclo Barroco-Rococó em Minas Gerais: uma tipologia”. Trata do período do Barroco em Minas Gerais, mostrando seus feitos, suas características e suas alterações ao longo do tempo até a chegada da influencia do neoclássico, no século XIX.

  Clero com poder no mundo ocidental, inquisição, subordinação de Portugal à Espanha, chegada dos europeus à América e etc, fazem do barroco (séc. XVI – séc. XVIII) – que foi um período estilístico e filosófico da história do ocidente – um período com acontecimentos marcantes. A arte barroca, arte essa que as emoções predominam e não a razão nasceu em Roma, como uma forma de expressão da contra reforma, que foi elemento fundamental na ideologia barroca.

  O barroco no Brasil teve seu auge em Minas Gerais, na época das descobertas de minas de ouro (1695) e diamante (1730). Utilizando-se de materiais típicos da região, como cedro e pedra-sabão, o barroco-rococó teve certa expressão mundial, através de artistas como Antônio Francisco Lisboa e Manoel da Costa Ataíde.

  No século XVIII, em Minas Gerais, a arquitetura religiosa tinha sistemas de construção frágeis, que usavam como materiais o barro e a madeira e tinham o adobe, a taipa de mão e a taipa de pilão como técnicas construtivas. As fachadas dos templos tinham elementos geométricos simples, como retângulos, quadrados e triângulos. Com o Rococó, ainda no século XVIII, a arquitetura religiosa começa a utilizar-se mais das pedras, que dão maior ‘movimento’ as formas e fogem do clássico. No século XIX volta-se a utilizar formas mais geométricas, com torres quadradas e elementos mais simples. A planta baixa pouco se alterou durante os séculos, mantendo uma ‘base ‘com a capela mor, o arco cruzeiro, a nave, o coro e nártex.

  Entre os artesãos e artífices que trabalhavam nas construções estavam o pedreiro, rebocadores, carapinas, escultores, santeiros, estatuários e pintores. Os engenheiros militares, no século XVII projetavam as igrejas brasileiras, já no século XVIII vinham técnicos especializados de Portugal.

  Os templos religiosos de Minas Gerais tinham como elementos ornamentais principais a talha, a imaginária e a escultura. Os retábulos, que eram a estrutura que revestia a parte posterior do altar teve 3 estilos artísticos; o primeiro, o retábulo Nacional Português (1710-1730) tinha como principal característica colunas retorcidas e serviam como sustentação para entablamentos decorados; na segunda fase, o retábulo Joanino (1730-1760), apresentava excesso de ornamentos e elementos escultóricos, onde os retábulos são sustentados por colunas torsas ou colunas salomônicas (Dom João V de Lisboa) ou, segundo Dom João V de Porto, a variação é caracterizada por ter somente um quartelão e um nicho ao lado do camarim; a terceira fase, Rococó ou Dom José I (a partir de 1760), toma a ornamentação iniciada na França e difundida por parte da Europa e América, que tem como tendência a ornamentação de jardins, palácios e templos.

  Nas igrejas barrocas a painéis de madeira, tanto no teto, quanto nas paredes, com pinturas relacionadas a temas bíblicos. Utilizavam de contraste de cores e profundidade espacial para criar planos e dar impressão de algumas imagens estarem mais próximas que outras.

  A Imaginária, que tinha como intuito a fé através do culto das imagens para restabelecer a fé na Igreja, servia como complemento de decoração no interior das igrejas. As imagens dos santos eram recobertas por adornos e metais nobres, como ouro e prata, tinham como objetivo representar Deus através das imagens e de seus Santos, que serviam como intermediários entre o Senhor e as pessoas. As primeiras imagens que chegaram a Minas Gerais tinham formas simples e foram trazidas pelos bandeirantes no século XVII, já no século seguinte as formas eram mais exuberante. No século XIX Minas Gerais já está sob influencia do neoclássico, e a imaginária acompanha a nova corrente estilística, com imagens mais racionais, harmônicas e com postura estática.

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