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Contextualizando a Arquitetura

Por:   •  4/6/2018  •  Resenha  •  1.924 Palavras (8 Páginas)  •  303 Visualizações

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Fundamentos de Arquitetura

Projeto II

Ana Julia Palagi Viganó | 4172455-0 | B22 | 04/2018


Contextualizando a Arquitetura

Independentemente de qual seja a intenção do arquiteto para a relação entre a obra e o entorno (camuflá-la e integrá-la ao ambiente ou fazer com que seja claramente distinta do meio) é elementar que o contexto tenha sido estudado e considerado quando da concepção do projeto.

Deve-se, primeiramente, entender o terreno, a sua história e características físicas. Em terrenos urbanos, há de se considerar as edificações que antes existiram no sitio ou que estão ao seu redor. Além disso, qualquer terreno apresenta suas próprias características físicas, como a topografia, geologia e vegetação, que influem no projeto desde a escolha de materiais à escolha do tipo de fundações. É preciso, também, analisar características mais gerais, como o percurso do Sol e a acessibilidade do terreno e da edificação em si.

Interpretações pessoais e sensoriais da área também são fundamentais, desde a experiência física em si (aspectos de luz e som, por exemplo) à percepção da funcionalidade do local. O arquiteto não pode esquecer que a arquitetura está numa paisagem determinada, seja como componente ou como pano de fundo para outras edificações de menor escala. A arquitetura, além de tudo, está inserida em um ambiente cosmopolita formado por milhares de pessoas com experiências diferentes e visões de mundo completamente distintas.

A História e os Precedentes

        Os novos projetos são influenciados pelos seus antecessores; por ideias e conceitos que vem evoluindo ao longo dos anos.

        A história da arquitetura está intrinsicamente ligada à história das civilizações. Desde o mundo antigo, das estruturas neolíticas ao mundo clássico e à Idade Medieval, a arquitetura vem se modificando e evoluindo. Existiram escolas clássicas, renascentistas, barrocas, racionalistas, modernistas e purista. Todas influenciadas pelo que já havia se passado e pelas novas tecnologias que surgem e se desenvolvem e abrem um novo leque de possibilidades construtivas.

A Construção

Uma construção é como uma máquina: depende de uma série de partes e sistemas para que seja funcional e habitável. Num aspecto macro, há as estruturas, cobertura, paredes e pisos. No micro, há sistemas de conforto ambiental, como ventilação, iluminação e instalações de controle de temperatura.

É apresentada uma série de materiais de construções e suas aplicações. Cada material confere à obra texturas, formas e definições espaciais diferentes e requerem diferentes técnicas construtivas.

Primeiramente, é apresentada a alvenaria, material tradicional feito a partir de pedras e tijolos; suas funções e finalidades são diversas: pode ser utilizada para construir paredes portantes, que auxiliam na sustentação do edifício ou apenas por questões de custo ou estética. Existem restrições quanto a sua capacidade estrutural e altura, por exemplo.

 O concreto, segundo material a ser apresentado, é feito de brita, cimento, areia e água. Um dos materiais mais versáteis da arquitetura, pode ser rústico e pesado quando utilizado em estruturas ou pode ter certa delicadeza, dependendo da forma de aplicação, cura e texturas aplicadas. Quando armado com barras de aço, tem sua resistência e estabilidade aumentados, criando a possibilidade de grandes vãos livres, como em pontes e outros projetos de larga escala. Além disso, o concreto armado permite uma flexibilidade enorme em estruturas de grande escala. Por fim, o concreto armado permite construções de “planta livre” quando as paredes são independentes das estruturas e podem ser organizadas conforme a necessidade do usuário. É o caso da Casa Dom-ino de Le Corbusier.

Os gabiões e muros de alvenaria de pedra seca são especialmente utilizados para muros de arrimo, que sustentam taludes ou em defesas marítimas. Enquanto os gabiões possuem pedras de tamanho controlado envoltas por uma gaiola de aço, os muros de alvenaria de pedra seca são feitos a partir dos materiais disponíveis no local.

Já a madeira, pode ser aplicada tanto em estruturas quanto em acabamentos internos e estéticos. Apresentada em diferentes formatos, como rústica e texturizada ou aplainada e acabada, a madeira pode limitar o tamanho da edificação em função das dimensões dos materiais disponíveis.

 O ferro e o aço são materiais que permitem estruturas duradouras e resistentes e ao mesmo tempo leves. São os materiais que permitiram a construção de arranha-céus e grandes torres, como a Torre Eiffel em Paris. Sendo um grande símbolo da industrialização do século XIX, o aço é um dos materiais mais flexíveis, duráveis e fortes do mercado e permite estruturas pré-fabricadas que sejam parafusadas in loco, garantindo grande agilidade na construção.

O vidro, apesar de suas origens há mais de 4000 anos, é também hoje um material de alta tecnologia. Utilizado para compor planos invisíveis ou para filtrar a luz, por exemplo, o vidro revela os espaços internos e os integra ao meio. Existem, hoje, vidros auto limpantes, laminados e os vidros inteligentes, que podem tornar-se opacos ou adaptarem-se as condições do momento, filtrando os raios que o atravessam e evitando o superaquecimento das edificações. Além disso, existe, por exemplo, os vidros compostos, feitos com vidro e alumínio e que, portanto, possuem propriedades estruturais e podem ser utilizados em pisos.

São então, apresentados os elementos das construções: estruturas, fundações, cobertura e as paredes e aberturas. As estruturas podem ser maciças, com paredes portantes ou com estrutura independente (como é o caso da Casa Dom-ino). As estruturas de paredes portantes podem ser feitas de alvenaria ou de concreto e definem os espaços internos, enquanto a estrutura independente permite que a planta seja livre. As fundações são os apoios das estruturas onde essas tocam o solo. Elas devem responder às condições do solo e de movimentos previstos. Dependem dos aspectos físicos do solo e do terreno, como a topografia, a composição geológica e quantidade de água no solo. Além disso, para construções parcial ou totalmente subterrâneas, são utilizados muros de arrimo com uma camada de impermeabilização. As paredes são utilizadas para limitar espaços internos e externos e podem ser portantes ou não portantes, dependendo se há ou não função estrutural. As aberturas permitem a passagem de luz, ventilação e pessoas e dividem os climas interno e externo. As janelas, por exemplo, dependem do tipo de iluminação, atividades a serem realizadas no interior e nível de privacidade desejado. Podem ter função panorâmica e reduzir a separação entre o interno e o externo. A cobertura pode ser uma estrutura independente, que extrapola os limites da construção abaixo dela ou pode se limitar à projeção das paredes externas do edifício. Clima, função e contexto são determinantes na escolha da cobertura adequada.

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