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E Vivendo com o Modernismo

Por:   •  23/8/2020  •  Resenha  •  556 Palavras (3 Páginas)  •  128 Visualizações

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Vivendo com o Modernismo

Dentro de um mesmo século as mudanças das tendências dentro do design e da arquitetura é visível, assim como, o modernismo foi um oposto da Art Nouveau, uma vez que seus principais princípios diziam a respeito ao funcionalismo e à nova tecnologia, sem qualquer ênfase no ornamento. Um objeto pertencente a Art Nouveau, como uma poltrona de Hector Guimard (fig. 1), é facilmente diferenciado da poltrona Club Chair (fig. 2), de Marcel Breuer. Mas de alguma forma a Art Nouveau influenciou os trabalhos do modernismo, como no uso de materiais pré-fabricados.

O modernismo dentro do design e da arquitetura surgiu após a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa, um período no que a vanguarda artística sonhava com um novo mundo livre das tradições. Durante os anos entre as Guerras Mundiais, o design modernista e a arte compartilhavam certos princípios subjacentes: uma rejeição da decoração e do ornamento aplicado, a preferência por abstração e a crença de que design e tecnologia poderiam transformar a sociedade.

As ideias fundamentais do modernismo inicial são hoje tão válidas quanto há 60 anos, fato notável na arquitetura e no design. Variando de um clássico do modernismo a um objeto contemporâneo, tudo tende a emanar uma ordem calma e organização, o que algumas vezes pode transparecer que o design moderno é frio e intocável. Mas esses espaços e objetos modernos possuem tanta personalidade que depois de vê-los é possível saber tanto sobre seus donos quanto sobre seus designers.

As peças de mobiliário, desse movimento, foram concebidas para serem funcionais, acessíveis e facilmente produzidas em massa. Por mais simples que as peças tendiam a ser, elas conseguem emanar um alto valor estético, uma poltrona Side Chair (fig. 3) ou uma Wassily (fig. 2) são facilmente identificadas no meio de outro móveis, a falta de ornamentação das obras acabou se tornando um ornamento de certa forma.

As peças inventadas pelos modernistas podem não terem sido bem aceitas, na época pela sociedade, mas atualmente elas são facilmente encontradas em grandes lojas de móveis. Além disso, são alvos de diversas releituras feitas por designers contemporâneos, em que em alguns desses trabalhos acabam por perder o conceito inicial da falta de ornamentação, como pode ser observado na releitura feita por Chris Labrooy (fig.4) da cadeira Side Chair de Charles e Ray Eames (fig. 3). E também presente na releitura realizada pelo designer Vigil Abloh (fig.5) da poltrona Antony de Jean Prouvé (fig.6) da década de 1950.

Sendo assim, embora muitas coisas possam mudar em um século, as ideias inovadoras do design nas tendências e mudanças sociais e culturais que definiram décadas continuam a influenciar os designers de hoje.

Imagens

Figura 0-1 - Cadeira Armchair, 1899-1900 (Foto: Museum of Modern Art)

Figura 0-1 - Cadeira Club chair (model B3) “Wassily”, 1899-1900 (Foto: Museum of Modern Art)

Figura 3 - Cadeira Side Chair, 1950 (Foto: Museum of Modern Arts)

Figura 4 - Releitura por Chris Labrooy, 2019 (Foto: Hypebeast)

Figura 5 - Releitura por Virgil Abloh, 2019 (Foto: Vitra)

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