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Forense Crazy A relação pedagógica

Por:   •  26/3/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  799 Palavras (4 Páginas)  •  101 Visualizações

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A relação pedagógica

Há na atualidade uma grande discussão a respeito das disciplinas dadas em sala de aula, como são dadas, e também a respeito da indisciplina dos alunos.

Numa escola de Rio Bom-PR, foi necessário chamar a PM para conter um estudante de dezesseis anos que assediava a professora; evidenciando que o respeito que se deve ter para com o professor, apesar de ser o desejável, não é algo fácil de alcançar. Essa é a realidade de muitos escolas Brasil afora, onde seres faltos de educação, onde deveriam adquiri-la, são incapazes de empatia e respeito ao próximo, desesperançando a sociedade.

Noutra realidade escolar oposta, numa escola de Vicentina-MS, onde os alunos são levados a conhecer a realidade de outras cidades, no que chamam de “Viagem de Conhecimento”, num contexto interdisciplinar de aprendizado, a diretora da escola diz que vê o trabalho desenvolvido pela sua equipe como positivo, acarretando baixos índices de indisciplina e reprovação, e maior assiduidade dos alunos. O que demonstra que o conhecimento e o trabalho docente bem direcionados podem ocasionar frutíferos resultados que dão esperança à humanidade. O importante é conseguir a atenção dos alunos, para mais facilmente poder espalhar as sementes do conhecimento entre eles e vê-las frutificar.

O aluno é uma importante engrenagem na construção, e reconstrução, desse complexo mecanismo que chamamos “sociedade”. Enquanto cidadãos em formação, os alunos são protagonistas junto aos professores, e não meros coadjuvantes do incrível processo de aprendizagem humano; são partícipes mais que importantes, pois sem alunos numa sala de aula, o professor é somente alguém sábio sem ter com quem compartir seu saber.

A mecânica do aprendizado necessita suas peças coesas e engraxadas, funcionando tal qual um relógio, onde o mestre aponta a hora certa, e o aluno deixa-se apontar, de modo a perceber  e interpretar as sutilezas do tempo, que vai passando e levando consigo os que são capazes de acompanhá-lo, os que tiveram a presteza de percebê-lo não como um contador do tempo, senão como um despertador de consciências, cocriador de criticidades. O aluno não é uma tábula rasa que se deixa preencher pelos saberes de um mestre, é antes de tudo um ser pensante, capaz de contextualizar as informações recebidas, julgando o que deve ser aproveitado e o que deve ser descartado. Nesse processo há uma intensa troca de saberes, do professor ao aluno e vice-versa.

Para alcançar o sucesso no objetivo final de ensinar e aprender, é importante haver respeito entre alunos e professores, respeito às singularidades dos alunos, respeito ao papel de disseminador do saber do professor, que embora deva ser amigável, não é nem será colega do aluno, é sim seu preceptor, e o aluno o pupilo, cada qual ocupando seu próprio espaço e interagindo entre si. Há que se saber conduzir e ser conduzido nesta relação desigual, e respeitá-la, construindo-se o respeito de ambas as partes, que somente juntas podem lograr que o ensino seja satisfatório e eficaz.

O professor não deve desdenhar ou ignorar os saberes advindos do aluno e da sua realidade social, aproveitando-se delas como chamariz para a atenção do aluno ao projeto pedagógico proposto.

A escola, onde o professor ensina e o aluno aprende, tem como finalidade última preparar esses futuros cidadãos plenos para a vida, para conviver em sociedade de forma harmônica com os outros cidadãos que a conformam, e aptos também para desempenhar funções no mercado laboral, de forma que sejam capazes de se manterem por si próprios, seja intelectualmente ou financeiramente, e assim não precisem ser tutelados pelo Estado, nem manipulados por seus governantes. A escola nada mais é que um subsídio que se dá na infância, a porta de entrada e de saída de indivíduos capazes de sobreviver à sua própria custa, e também capazes de com o pagamento de impostos, manter o Estado, para que assim se reinicie o ciclo com as futuras gerações; não é algo “romântico”, é prático, necessário, e ainda assim tem sua poesia, essa necessidade que temos uns dos outros,  e a magia de ver uma criança elevar-se até se tornar um ser humano adulto, provavelmente apto para nesse novo cenário agora ensinar, enquanto continua sempre aprendendo.

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