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Historia: Arquitetura americana

Por:   •  24/2/2016  •  Resenha  •  1.603 Palavras (7 Páginas)  •  2.031 Visualizações

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Arquitetura americana

Os Estados Unidos foram descobertos em 1490 e sua arquitetura foi influenciada por diversos países europeus. Da Inglaterra os EUA herdaram principalmente o princípio construtor da pedra, depois substituído por casas em madeira mais adequadas ao clima, estrutura conhecida como balloon frame.

Da França e Holanda herdou-se a tipologia das casas rurais, estas foram adaptadas e se tornaram padrão na américa com sua típica elevação, houve ainda a implantação do chamado Porch, um elemento típico americano que é uma espécie de alpendre que circunda a casa, conferindo ventilação e ainda sendo um espaço intermediário entre a casa e o ambiente externo. Da Espanha a principal herança foi a arquitetura religiosa.

Em 1781 houve a independência dos EUA e então Thomas Jefferson, estadista americano e grande entusiasta da arquitetura neoclássica e promoveu a construção dos edifícios civis oficiais americanos sob tal estilo como máxima expressão da democracia. Temos como exemplo então a Casa Branca em Washington, obra de James Hoban, e o Capitólio, também em Washington obra de uma série de arquitetos.

 Escola de Chicago

Em 1871 houve um grande incêndio em Chicago que destruiu cerca de 1/3 da cidade, incluindo sua área mais nobre, o Loop, o grande centro da cidade. Passados 19 anos, em 1890 a cidade começou a ser reconstruída. Como a área destruída era a mais nobre os construtores buscavam uma ocupação que fosse o mais densa possível. A multiplicação de área era ordem e a invenção do elevador hidráulico permitiu que os prédios que antes possuíam no máximo 8 pavimentos não mais se limitarem.

A arquitetura da escola de Chicago teve duas fases, a primeira tinha a produção dos arranha-céus feita exclusivamente por engenheiros, visto que os arquitetos estavam dedicados a produzir os prédios neoclássicos. Podemos destacar Boyington, Le Baron Jenney e Van Osdel que tem entre sua produção o LeiferBuilding e o Home Insurance Building.

Já na segunda fase houve a participação de diversos arquitetos, incluindo Sullivan que dividiu os arranha-céus em três partes: embasamento, corpo e coroamento; com uma clara influência clássica. Outros arquitetos dessa fase foram Root, Roche, Holabird e Burnham.

Art Nouveau

O art nouveau foi uma linguagem que, sem muita unidade, possuía como único elo entre todos os seus produtores a inovação. Tiveram diversas denominações, na Alemanha foi chamado Judgenstil, na Áustria Sessencionstil, na Inglaterra Liberty, nos EUA estilo Tiffany, na Espanha Art Nova e na Itália Modern Style.

A linguagem possuiu diversas influencias como o arts and crafts, a arte japonesa, os elementos da natureza (flores e frutos), as curvas do corpo feminino e o impressionismo. Todas essas influências geraram uma nova expressão da linha, que pode ser definida como a ponta de um chicote em movimento, ou seja, a perfeita integração da reta e da curva.

Diversos arquitetos se destacaram na arquitetura nouveau, temos entre eles Victor Horta que foi autor da Casa Tassel, em Bruxelas, a primeira edificação nouveau. Houve ainda Van de Velde, diretor do Weymar Institute que no futuro daria origem à Bauhaus. Outros arquitetos foram Otto Wagner, autor do banco postal de Viena; Antonio Gaudí, autor da Igreja da Sagrada Família em Barcelona.

Como podemos notar ao observar as obras nouveau não há unidade na produção, nem mesmo algum elemento estético de coesão. Cada obra é única e não pode ser comparada a outra de outro arquiteto. Por este fato que classificamos o art nouveau como uma linguagem.

A decadência do estilo foi decretada com a primeira guerra mundial, porém o mesmo já se via em período de grande decadência nos anos precedentes visto que sua abundância de materiais luxuosos e de detalhes que praticamente o condicionavam à produção artesanal condenavam a arquitetura nouveau à um grupo cada vez mais seleto da sociedade.

Art Déco

O art déco foi uma linguagem arquitetônica que se desenvolveu durante o período entre-guerras. A felicidade e a prosperidade do período se refletiu nas construções e foram demonstradas através de ricos adornos e detalhados.

Sobre as influencias na arquitetura déco podemos claramente destacar duas correntes. A primeira foi uma corrente tecnológica na qual as principais influências eram a da velocidade dos meios de comunicação e transporte dos novos tempos e a náutica expressa na stream line modern expressa nos prédios com secção horizontal curva, janelas redondas e grandes varandas – tal qual proas.

A segunda corrente foi a historicista, esta foi impulsionada pela descoberta da tumba de Tutankamon. Com esta descoberta as obras do antigo Egito voltaram a ser estudadas, a partir de então outras obras do mundo antigo voltaram à tona como as obras da antiga mesopotâmia e a cultura pré-colombiana. Essa valorização de arquiteturas passadas também trouxe algumas influências góticas aos arranha-céus nova-iorquinos já que era fácil a associação da imponência gótica e a dos skycrappers. Os elementos verticalizados góticos ainda combinavam perfeitamente com as construções como no GE Building, NY; a obra de Cross and Cross carrega um coroamento com claras características góticas. Outro elemento que podemos destacar são as comuns gárgulas como no Chrysler Building, de Van Allen também em NY.

A influencia da arquitetura pré-colombiana gerou elementos como o escalonamento – sobreposição de planos verticais – e o zigue-zague – sobreposição de planos horizontais- ambos presentes nas obras já citadas.

As tipologias déco foram as mais variadas, o marco porém era o arranha-céu nova-iorquino que poderia abrigar hotéis, prédios residenciais ou comerciais. Houveram, porém, outras tipologias como cinemas, tal qual o Bruin Theatre, de S. Charles Lee  emLos Angeles ;restaurantes; lojas; casas, como a Ennin House, de Frank Lloyd Wright em Los Angeles; fábricas; escolas; hospitais; pontes; etc. No entanto essas edificações não possuíam um só elo em comum logo não podemos definir o déco como um estilo mas sim como uma linguagem.

A linguagem art déco não abrangeu somente a arquitetura, o design, a arte, e a decoração déco tiveram grande destaque.  Dentro da arquitetura tais elementos tinham seu lugar de destaque, este fato contribuiu para a decadência do estilo. A abundancia na decoração e a luxuosidade dos detalhes acarretava um custo muito alto que nem todos poderiam pagar.

Além disso, o art déco apesar de ser mais simples que as linguagens e estilos anteriores ainda tinha muitos detalhes desnecessários que começaram a ser duramente criticados. Além do uso de materiais como néon, tijolo de vidro e chapas de alumínio, que não eram comuns e acabaram por serem julgados como ultrapassados. O golpe final ao estilo foi a segunda guerra mundial que acabou por consolidar como ultrapassado o estilo.

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