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Lancelot Brown | Capability Brown

Por:   •  27/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.279 Palavras (22 Páginas)  •  1.411 Visualizações

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ALINE STECCA NARIMATSU

Atividade apresentada à Disciplina de Paisagismo I da Faculdades Integradas de Cacoal como parte da avaliação na referida disciplina no curso de Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Marcelo Azevedo

Lancelot Brown | Capability Brown

Mais conhecido como Capability Brown, ganhou esse apelido pela sua propensão de dizer a seus cliente quão grande era o potencial de melhoria de suas terras. Os negócios imobiliários e paisagismo sempre foram constantes em sua vida, uma vez que seu pai foi corretor imobiliário já no século XVIII. Brown encontrou-se no paisagismo quando, em 1741, trabalhou ao lado de William Kent na Stowe House, um palácio rural na Inglaterra conhecido pelos seus planejados jardins.

Figura 1: Jardins Stowe House

Fonte: Britain Express

Figura 2: Jardins Stowe House

Fonte: Britain Express

Seu estilo é derivado dos princípios de conforto e elegância, onde existia a determinação de que o conjunto deveria funcionar como um todo provendo todas as necessidades da residência principal mas mantendo o conjunto coeso e elegante. Os projetos são caracterizados pelo aspecto natural e sem planejamento que as paisagens transmitem, onde ,apesar de parecerem descosturadas entre si sendo e geridas de formas independentes, apresentam diversos níveis de conexão umas com as outras.

É estimado que Capability tenha trabalhado em mais de 170 projetos na sua época, tendo atendido a grande aristocracia britânica, sendo difícil encontrar grande casas de campo de sua época que não tenham passado pela sua responsabilidade.

A crítica ao trabalho de Brown da-se em sua maioria ao fato da não manutenção de trabalhos anteriores de outros profissionais, pois sua prioridade era de esquecer o passado e criar seguindo seus próprios padrões paisagísticos. Assim o Jardim Inglês era uma lugar de largos gramados verdes e grandes árvores plantadas e o uso de pontes e estatuas valorizado, buscando a criação de climas bucólicos e românticos dentro de uma perspectiva natural.

Atualmente ele é considerado o maior paisagista ingles do século XVIII e lembrado como paisagista de escalas imensas, onde não apenas jardins e parques eram construídos, mas sim planejadas fazendas e florestas. Entre suas principais criações estão:

Figura 3: Broadland

Fonte: Britain Express

Figura 4: Castle Ashby Gardens

Fonte: The Garden Landscape Guide

Figura 5: Castle Ashby Gardens

Fonte: The Garden Landscape Guide

Figura 6: Sherbone Castle Garden

Fonte: Minterne House.

Andre Le Notre

Paisagista da monarquia francesa no século XVII, Le Notre era filho de jardineiros e teve sua infância marcada pelo Jardim de Tuileries, onde seu pai trabalhava. Na adolescência, além da jardinagem, estudou pintura no ateliê de Simon Vouet, artista influenciado pelas correntes da pintura italiana na época.

Como paisagista, pintor e escultor destacou-se pela familiaridade que adquiriu relativa aos problemas teóricos e práticos da perspectiva. Esses conhecimentos, ligados a arte da pintura e escultura, Le Notre aplicava de maneira prática nas paisagens por ele projetadas. Aos 22 anos é nomeado como primeiro jardineiro de Gaston D'Orlans, irmão de Luís XIII e atua por mais de vinte anos ao lado de seu pai nos jardins de Tuileries.

Suas obras apresentam como características a permanente idéia de ordem e simetria, originando do modelo de "jardim francês" difundido até hoje. Ao contrário dos jardins ingleses, a busca pela simetria, organização em eixos, traços geométricos, criação de terraços, arte da poda e jogos de água são características buscadas intensamento no paisagismo francês. Tudo é concebido para ampliar a perspectiva e conferir uma sensação de grandeza ao jardim.

Suas obras mais marcantes foram os Jardins de Vaux Le Vicompte e Versailles.

• Vaux Le Vicompte

Situado em Maincy, a 55km de Paris, o jardim ficou tão famoso na sua época que teve seu proprietário acusado de manter uma propriedade mais bonita elaborada do que a do próprio rei. Le Nôtre usou com maestria os recursos da perspectiva na composição paisagística. Para compensar a distribuição axial em pendente do terreno e sua longa extensão em detrimento de sua largura, Le Nôtre ocultou partes do jardim anulando os efeitos da perspectiva em fuga.

Ao longo de um eixo central são ordenados uma seqüência de parterres, espelhos d’água que culminam com uma estátua de Hércules fechando a perspectiva e relacionando o fundo do jardim com um quadro de Nicholas Poussin dos 7 sacramentos.

Figura 7: Vaux Le Vicompte

Fonte: Blog da Orlean

Figura 8: Vaux Le Vicompte

Fonte: Blog da Orlean

Figura 9: Vaux Le Vicompte

Fonte: Blog da Orlean

• Versailles

Contratado para reformar e ampliar a antiga casa de caça de Luís XIV a propriedade acabou se transformando na residência real a partir de 1682. De topografia plana e distante de pontos de água, Le Nôtre tinha como desafio superar as expectativas do Rei-Sol, que objetivava através da propriedade expressar a “medida exata da gigantesca dimensão
do governo humano sobre a natureza”. O Jardim é composto por 14 km de eixos retilineos,

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