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Monografia Midiateca

Por:   •  30/11/2015  •  Monografia  •  4.198 Palavras (17 Páginas)  •  513 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

PRÓ- REITORIA ACADÊMICA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Arthur de Andrade Gomes

CONCEPÇÕES DE ESPAÇOS SOCIOCULTURAIS NA CIDADE CONTEMPORÂNEA – SOROCABA, SP

Sorocaba/SP

2015


Arthur de Andrade Gomes

CONCEPÇÕES DE ESPAÇOS SOCIOCULTURAIS NA CIDADE CONTEMPORÂNEA- SOROCABA

Trabalho de graduação interdisciplinar apresentado como exigência parcial para obtenção do Diploma de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da Universidade de Sorocaba.  

Orientador: Dr. Fellipe de Andrade Abreu e Lima.

Sorocaba/SP

2015

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Exemplifcação dos vazios na malha urbana        

Figura 2- Problemas das cidades espetáculo européias        

Figura 3- Problemas das cidades espetaculo asiaticas        


SUMÁRIO

1     INTRODUÇÃO        

2     VAZIOS URBANOS E SEU PAPEL NA CIDADE ATUAL        

3     ESPAÇO PÚBLICO NA CONTEMPORANEIDADE        

3.1        Espaço público x espaços de lazer voltados ao consumismo        

3.2        Cidades Espetáculo        

4     GESTÃO CULTURAL DA CIDADE        

4.1        As soluções arquitetônicas e urbanísticas        

REFERÊNCIAS        



  1. Introdução

Para resolver as problemáticas que ocorrem na cidade contemporânea é necessário entender primeiramente como estas surgem e como se desenvolvem no meio urbano. Esse entendimento é fundamental para escolher o método arquitetônico e urbanístico mais oportuno a seguir.

Iniciando pelo problema de vazios urbanos e suas definições, percebe-se como este origina-se e prejudica o desenvolvimento da cidade como um todo, esse problema afeta diretamente o bem-estar do espaço público degradando a qualidade de vida urbana.

Com isso, é gerado um declínio do espaço público, pois quando os vazios urbanos predominam, surgem os espaços de lazer consumistas, espaços fechados e segregacionistas. Esse tipo de lazer aliena as pessoas que utilizam o espaço urbano e acaba gerando uma cidade vazia, densamente populosa, mas sem qualquer interação social.

Seguindo esse caminho, entende-se que esse conceito é comum no cenário mundial, seja nas cidades espetáculo na Europa, seja nas megaconstruções asiáticas, que apenas mascaram os problemas reais que existem na cidade, criando dessa maneira, ainda mais distúrbios na malha urbana.

Esses problemas que ocorrem na cidade aparecem pela má gestão das mesmas, o que torna o planejamento arquitetônico e urbanístico da cidade ainda mais importante, principalmente nessa inversão de valores quando o lazer se torna consumista fica evidente que deve-se criar pontos de disseminação de cultura e educação e recuperar a vida urbana que se ofusca atrás do consumo.


  1. VAZIOS URBANOS E SEU PAPEL NA CIDADE atual

Com o atual planejamento, ou inexistência deste, e devido ao crescimento acelerado das cidades e sua decorrente expansão periférica tem-se, como consequência desse processo, diversas problemáticas urbanas e, dentre elas, “o vazio urbano”, que será tratado neste capítulo.

O vazio urbano é um problema recorrente nas cidades sem planejamento, entre muitas definições apresentadas ao longo da história vale ressaltar algumas consideradas importantes para a construção deste texto:

Vazio urbano é uma expressão com alguma ambiguidade: até porque a terra pode não estar literalmente vazia mas encontrar-se simplesmente desvalorizada com potencialidade de reutilização para outros destinos, mais ou menos cheios... No sentido mais geral denota áreas encravadas na cidade consolidada, podendo fazer esquecer outros “vazios”, menos valorizáveis, os das periferias incompletas ou fragmentadas, cujo aproveitamento poderá ser decisivo para reurbanizar ou revitalizar essa cidade-outra. (PORTAS, 2010 apud SOUSA, 2011, p.57)


          O vazio urbano parte de uma ambiguidade de conceitos e sua definição básica vem de um local sem ocupação na cidade, no entanto Sousa (2011) apresenta uma forma de estruturação desses vazios em três universos conceituais, sendo eles: o universo construído, o universo econômico e o universo social.

O universo construído traz o conceito de vazio urbano mais comum, aquele espaço que não é edificado na malha urbana, classificados aqui como espaços degradados e não utilizados. Essa analogia abre controvérsias para outras atribuições, pois os espaços mal utilizados também se encaixam nesse conceito de vazio urbano, porém ganham uma definição de áreas subutilizadas, ou seja, não oferecem o potencial máximo que podem atingir.

O universo econômico se refere aos vazios industriais oriundos de cidades com perfis terciários predominantes, aquelas cidades que possuem terrenos de antigas fabricas, estações de trens e portos, geralmente possuindo construções no local, mas na sua maioria sem uso.

Por último temos o universo social, que são os vazios demográficos decorrente da mudança no perfil populacional, são áreas que possuíam uma densidade alta, mas por alguma razão tiveram um esvaziamento, assim surgindo áreas abandonadas com construções degradadas.

Dessa maneira, torna-se possível classificar de uma forma abrangente o significado de vazio urbano, porém, suas implicações e características são muito mais complexas. O vazio urbano pode acarretar uma série de problemáticas para a qualidade urbana, como a especulação imobiliária, ficando a cargo dos proprietários deixar o terreno sem ocupação e à espera de valorização, o que gera uma área ociosa inserida em local infraestruturado, conforme explica Passos et al:

Os mecanismos utilizados na formação do preço do solo no espaço intraurbano foram, e continuam sendo, parte de um processo responsável pelo alto índice de segregação social e fisicoterritorial. Todas as esferas sociais são atingidas pela especulação imobiliária. Neste processo de transformação, expansão desordenada e de segregação socioespacial, a cidade perde em qualidade de vida para todos os seus habitantes. (Passos et al, 2012, p.1)

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