O Livro Espaço e Lugar

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Resenha:

O livro Espaço e Lugar: a perspectiva da experiência escrito por um dos principais expoentes da geografia humanística, Yi-Fu Tuan, tem como o conteúdo do livro baseado nos termos “espaço” e “lugar” que indicam experiências comuns. Logo de início ele se expressa filosoficamente com a frase, “O lugar é segurança e o espaço é liberdade, estamos ligados ao primeiro e desejamos o outro.” Fazendo que assim, nós leitores, pensarmos sobre tal frase, e assim entendermos que independente de estarmos em um e querendo o outro, ambos devem ser tratados como elementos básicos do mundo vivo e nós os admitirmos como certos. E quando ele cita sobre “mundo vivo”, também está considerando os animais, pois eles, assim como nós, tem um sentido de território e lugar. Muitos animais vivem como nós seres humanos, e os mesmos constroem suas próprias casas, ao invés de simplesmente viverem pela natureza e neles podendo suprir suas necessidades, como por exemplo: comida, água, descanso e outros.

Logo na introdução, o autor cita um exemplo de um episódio da vida do teólogo Paul Tillich, e nesse parágrafo ele explica que no século passado o mesmo nasceu e cresceu numa cidadezinha pequena localizada na Alemanha Oriental, sendo ela considerada uma cidade com características medievais, onde tinha muralhas e era “comandada” pelo prédio da prefeitura, segundo ele, tinha-se uma impressão de um “pequeno mundo” onde era protegido e totalmente auto suficiente, porém, para Tillich ainda criança, aquele lugar parecia pequeno para ele, mas que todos os anos quando viajava com sua família, era como se pudesse escapar de suas origens, e após anos, Tillich cresceu e teve diversas experiencias, ele entendeu a partir delas a sensação de espaço sem limitações. Ou seja, nós temos nossa realidade, nossa cultura, porém construímos nossa realidade dentro do espaço e lugar de maneiras diferentes, as moldando baseadas nas experiências que vivemos, podendo assim desenvolver por certos lugares sentimentos bons ou não, dependendo com as tais vivências. E conforme o espaço vai tomando sua forma, automaticamente acaba se transformando em lugar.

Ele comenta sobre como a cultura acentua ou as distorce, citando os estágios/níveis de noção de uma criança sobre espaço e lugar até atingir a sua fase adulta; os arquitetos falam sobre as qualidades do lugar, mas que também podem comentar das qualidades do espaço; e cita sobre a amplitude da experiência ou conhecimento, explicando um pouco sobre a experiência que ela pode ser direta e intima ou indireta e conceitual.

Outro ponto que ele cita que faz com que seja para refletir, é sobre que construir é um ato religioso, onde essa religião é preocupar-se com as verdades permanentes, contribui para o conservantismo de uma forma arquitetônica. Ou seja, o espaço construído pelo homem pode aperfeiçoar a sensação e a percepção humana, onde também o meio ambiente construído define as funções sociais e as relações. Uma cidade planejada, um monumento ou até mesmo uma residência, pode se tornar como algo grande. Mas o autor deixa bem esclarecido que construir é complexo, que acaba tornando as pessoas a prestar atenção em alguns pontos, como: tomar decisões, de saber visualizar os espaços arquitetônicos na mente e no papel, e de comprometimento. Outro ponto que ele deixa bastante esclarecido é sobre quando é construído no meio ambiente, em como isso tem o poder de definir e aperfeiçoar a sensibilidade, e o quão importante é a arquitetura, pois sem ela os espaços permanecem espalhados e passageiro.

Conclusões:

Leonardo: Para compreender o autor desse livro, temos que ter em mente uma definição sobre o que é "Lugar" e "Espaço". Mas pensando mais a respeito vejo que um não existe sem o outro e compreender o espaço de um lugar e fundamental para se viver, projetar e se adaptar à eles. Como o livros nos conta, você tem um desejo sempre de se estar em um lugar e querer ir para outro, nunca desfrutando da onde está e de onde vem, assim como, a frase que e sempre dita "A grama do vizinho e sempre mais verde" e assim sempre buscamos algo a mais do que se possa ter ou estar.