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Os ciclos de vida familiar e as respostas de projeto

Por:   •  18/10/2016  •  Artigo  •  3.172 Palavras (13 Páginas)  •  492 Visualizações

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Os ciclos de vida familiar e as respostas de projeto

Beatriz Della Giustina Salvador¹

¹Graduanda de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL, Brasil. E-mail: beatriz.dgs@hotmail.com

Resumo: Os arranjos familiares apresentam diferentes fases de vida: do casal sem filhos, ao casal com filhos crianças, adolescentes e assim sucessivamente. Os programas de habitação social são propostos de maneira uniforme – com o mesmo tamanho e número de cômodos – para esses diversos grupos. Para melhor se adaptar as necessidades década etapa/família, os projetos devem ter possibilidades de ampliações ou transformações, podendo ainda comportar diferentes tipos de mobiliário e ordenamento do espaço. Esse artigo trata do perfil da família em cada etapa do ciclo de vida, suas necessidades e as possíveis propostas do projeto, a partir de revisão bibliográfica, destacando-se análise de projetos praticados na cidade de Tubarão / SC.

Palavras-chave: habitação de interesse social, grupos familiares, ciclos de vida, qualidade do projeto.

Abstract: The family arrangements have different stages of life: the childless couple, couple with children to children, adolescents, and so on. The social housing schemes are proposed uniformly - with the same size and number of rooms - to these diverse groups. To better fit the needs decade Stage / family projects should be possible for expansions or renovations, and may also contain different types of furniture and spatial planning. This article deals with the family profile in each stage of the life cycle, their needs and possible project proposals from literature review, highlighting design analysis performed in the city of Tubarão / SC.

Keywords: social housing, family groups, life cycle, project quality.

1. INTRODUÇÃO

2. GRUPOS FAMILIARES

Segundo estudos realizados pelo Dr. Arquiteto e Urbanista Alexandre Kenchian (2011), para tese “Qualidade Funcional no Programa de Projeto da Habitação”, podemos observar que para cada tipo familiar encontramos diferentes formações, com indivíduos que possuem perfis, biótipo e necessidades distintas.

Fonte: Alexandre Kenchian, 2011

Durante a vida do ser humano, podemos classificar 7 diferentes biótipo: bebê, criança, infante, jovem, adulto, idoso e limitado. Esses diferenciam na faixa etária, sexo e capacidade física, determinando assim diferentes cotidianos / rotinas, estabelecendo tal caracterização de forma mais clara as relações espaciais e possibilitando espaços mais adequados. A seguir podemos identificar e esclarecer o biótipo do indivíduo assim como suas necessidades e principais atividades.

2.2 Componentes do grupo familiar

O bebê: Nessa fase o ser é inteiramente dependente de um adulto. Cada bebê tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, o qual varia de acordo com alguns fatores, inclusive ambiental. O recém-nascido deve ser instalado em um ambiente calmo e tranquilo, sem claridade excessiva e fortes ruídos.

Já com seis meses, eles ficam mais ativos e exigem atenção redobrada. São rápidos, jogam o corpo, rolam estando mais propícios aos tombos e acidentes. Aos oito, conseguem engatinhar, tornando-se mais independente e aprimorando suas funções motoras, coordenação e desenvolvimento mental. Após essa etapa, vem a vontade de ficar em pé. Com isso, ele irá passar boa parte do tempo apoiado em móveis.

Até os dois anos de idade, o cérebro deve estar inteiramente formado. Nessa fase ele já adquiriu diferentes habilidades como: correr, chutar uma bola, dirigir um velocípede, andar em linha reta, entre outras.

A criança: Esse período, identificado entre os 2 e 6 anos, entende-se como primeira infância. Sua comunicação e outras atividades ficam mais fácil através da cooperação do indivíduo.

Aos três anos, suas aptidões estão ainda mais desenvolvidas, sua locomoção ficou mais fácil e participar das tarefas de casa, como lavar frutas, tornou-se diversão. Aos quatro, o indivíduo já se veste e escova os dentes sozinho, sem a necessidade da figura materna a todo momento. Já frequenta a escola e aprende a trabalhar em grupos e compartilhar objetos. Aos cinco, essa criança já é autônoma, onde seu desenvolvimento neuropsicomotor está completo. Realiza atividades como arrumar seu quarto, ajudar nas tarefas de casa e realizar suas atividades diárias. Até os 6 a criança já consegue distinguir histórias reais de faz-de-conta, obedece regras e aprende a ler e escrever, aprimorando assim seu desenvolvimento intelectual.

O infante: Essa fase também é compreendida como segunda infância, abrangendo indivíduos entre 6 e 12 anos. Serão recorrentes transformação sociais, culturais e econômicas.

A partir dessa idade ele já frequenta o ensino fundamental, tendo uma formação mais sólida e consistente. O crescimento da vida social da criança faz com que a ideia de modelo dos pais diminua, e as dos amigos e professores cresça.

A amizade estabelecida com outras crianças da mesma faixa etária faz tornar-se necessário espaço externos para se divertir, com segurança, não deixando-os vulneráveis. Também passam a exigir espaços internos para receber os amigos para brincar ou fazer trabalhos escolares.

O jovem: Esse período é caracterizado pelo início da pré-adolescência e pela passagem para a adolescência, até o início da vida adulta.

Nesse ciclo dá-se o início de intensas mudanças físicas e psíquicas, esse é o início da puberdade, entre os 10 e 12 anos. A importância dos amigos começa a sobrepor a dos pais. Eles vivem um momento de transição de corpo e mente, onde já não possui mais corpo infantil, mas ainda não definiu corpo de adulto, e confunde atitudes de criança e adulto.

Nessa fase já não é mais a mãe quem escolhe as roupas, eles passam a participar das tarefas de casa e planejam um futuro. A necessidade de um espaço particular para estudar e receber os amigos aumenta, passando a exigir mais privacidade.

O adulto: Indivíduo que responde por seus atos perante a sociedade, já tendo alcançado a maior idade penal. Apresenta-se, geralmente, em situação estável, financeira, profissional, familiar, entre outros.

O adulto é caracterizado como um ser equilibrado, estável, rotineiro e instalado,

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