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Prefiro as Desordens da Liberdade ao Sossego da Escravidão

Por:   •  8/3/2020  •  Resenha  •  1.513 Palavras (7 Páginas)  •  412 Visualizações

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André Rebouças

"Prefiro as desordens da liberdade ao sossego da escravidão."

Antônio Pereira Rebouças, embora no século XIX, era um homem importante e de grande estima naquele tempo: advogado autodidata, conselheiro do Império, representante do estado da Bahia na Câmara dos Deputados e foi, também, secretário de governo da província de Sergipe, casou-se com Carolina Pinto Rebouças, filha de comerciante, e juntos formaram uma família com sete filhos, entre eles – o dono da frase citada no início – André Pinto Rebouças, nascido em 13 de Janeiro de 1838. Sua família devido a esta condição, o que era atípico para a época, garantiu a ele e seus irmãos uma educação de grande valor.  Com 16 anos, foram para o Rio de Janeiro, onde ele se matriculou, na Escola Militar, junto a um de seus irmãos, Antônio. No ano de 1859 recebeu o grau de bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas e em 1860 se tornou Engenheiro Militar e logo foi para a Europa e se especializou em engenharia civil. Durante a Guerra do Paraguai, atuou como Engenheiro Militar, mas devido à problemas de saúde, retornou à capital do Império no ano de 1866.

Com seu retorno passou a desenvolver projetos com seu irmão Antônio, para companhias privadas que investiam na modernização do Brasil. Neste período, enfatiza-se as obras para o abastecimento de água do Rio de Janeiro, as docas Dom Pedro II e as docas da Alfândega, com mananciais fora da cidade.

A partir desse ponto, começa a desenvolver projetos com seu irmão, juntos, foram autores do projeto que liga Curitiba ao porto de Paranaguá, por uma estrada de ferro, obra considerada até hoje eficiente. Em 1875 introduziu pela primeira vez no país o concreto armado, utilizado na construção de uma ponte em Piracicaba.

Por volta dos anos 80, do século 19, André se torna uma das vozes mais importantes sobre a campanha abolicionista, juntamente com Joaquim Nabuco, Cruz e Souza, José do Patrocínio e, inclusive, Machado de Assis, cujos quais, representavam a pequena classe média negra que ascendia no governo de Dom Pedro II. Desta forma, ele participou da criação da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, redigiu o estatuto da Associação Central Emancipadora e também participou da Confederação Abolicionista e juntamente com o Visconde de Taunay, Participou da Sociedade Central de Imigração. Com seu olhar liberal e evoluído, foi contra a indenização dos senhores de escravo e alegava que caso fosse concedido, seria uma legitimação da escravidão. Argumentava que os negros só seriam realmente emancipados se pudessem ter acesso à terra.

Com o movimento militar republicano de 15 de novembro de 1889 e devido sua proximidade com o antigo imperador, acompanhou a família real em seu exílio para a Europa e em Lisboa colaborou com os jornais Gazeta de Portugal e The Times, de Londres, em seguida, após a morte de Dom Pedro, se mudou para Cannes. Residiu também na Angola e em Funchal, onde em 9 de maio de 1989, entristecido com o exílio e com constantes problemas de saúde, atirou-se de um penhasco perto do hotel onde vivia. André Pinto Rebouças, foi de grande importância para o Brasil, não só no Movimento Abolicionista, mas também para a construção do mesmo, com suas técnicas arrojadas.

Marcos Terena

“Eu posso ser quem você é sem deixar de ser quem eu sou” 

Nasceu em 1952, no posto indígena do distrito de Taunay, no município de Aquidauana, Marcos Terena contribuiu na demarcação das terras indígenas nos estados brasileiros. Contribuiu na inclusão indígena no Projeto Pantanal e no Gasoduto Bolívia-Brasil, em Mato Grosso do Sul.

Assumiu o cargo de chefe de gabinete da Fundação Nacional do Índio e foi assessor do ministro da cultura. Foi participante na criação do Fórum Permanente da Organização das Nações Unidas sobre Questões Indígenas em Nova Iorque e da coalizão Land is Life. Terena é um raro exemplo de indígena que conseguiu se alçar a um posto de destaque na sociedade dos brancos no Brasil. Na escola, era confundido com japoneses, e assim por vergonha da sua condição de indígena, fingia ser filho de estrangeiros. Entrou para a Academia da Força Aérea Brasileira em Natal e formou-se piloto civil porque desejava pilotar aviões de grande porte, se tornando o primeiro piloto indígena.  Chegou a voltar ao Mato Grosso, mas logo decidiu tentar a vida em Brasília, atuou em alguns empregos públicos e finalmente foi trabalhar como piloto da Fundação Nacional do Índio (Funai). Entre os anos 1970 e 1980, conheceu os fundadores da União das Nações Indígenas, os caciques Mário Juruna, Kretã e Raoni Txucarramãe e partir deste momento, Marcos decide ser a voz das causas indígenas no Brasil e também no mundo. No ano de 1991 foi convidado pela ONU (Organização das Nações Unidas) a fazer parte da organização da Conferência Mundial dos Povos Indígenas, que aconteceu no ano de 1992, no Rio de Janeiro.  Atua até hoje na causa, idealizando projetos e iniciativas em prol dos indígenas no Brasil e em Brasília, é o primeiro indígena envolvido no Memorial dos Povos Indígenas.

Visconde de Mauá

"O melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem".

Irineu Evangelista de Souza, ou Barão de Mauá, nasceu em Arroio Grande, Jaguarão, Rio Grande do Sul, em 28 de dezembro de 1813. Teve como pais João Evangelista de Ávila e Sousa e Mariana de Jesus Batista de Carvalho, que possuíam pequenas propriedades de terras voltados à criação de gado. Coma morte do seu pai aos 6 anos, foi morar com o irmão de sua mãe, José Baptista de Carvalho, que era capitão de barco de comércio. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde desde sempre trabalhou no comércio e como caixeiro para o barão de Ubá, João Rodrigues Pereira de Almeida até a morte do mesmo, em 1829. No ano de 1830 entrou para empresa de importação de Richard Carruthers, um escocês, com quem aprendeu inglês e contabilidade e em 1836 se tornou diretor e sócio da mesma, tendo total controle dela, em 1837, quando Richard voltou para Inglaterra. Trouxe parte de sua família para residir com ele em 1839, incluindo Maria Joaquina de Souza Machado, quem em 1841 se tornaria sua esposa.

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