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Racionalismo Crítico: Ênfase na obra de Álvaro Siza

Por:   •  4/6/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  280 Visualizações

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Universidade Paulista UNIP

Curso de Arquitetura e Urbanismo

[pic 1]

Alan Almeida

Letícia Lima

Ricardo Felix Reis

Sthefany Mota

Vinicius Dias

Professora: Yara Reis

RELATÓRIO DE EXPERIÊNCIA

Racionalismo crítico

Ênfase na obra de Álvaro Siza

São Paulo/SP
05-2017

Sumário

1.        Introdução        3

2.        Desenvolvimento        4

2.1        Regionalismo crítico        4

2.2        Álvaro Siza – Biografia e obras        5

2.3        Materiais utilizados pelo arquiteto:        9

3.        Conclusão        11



  1. Introdução

Este breve e sucinto estudo visa trazer uma análise sobre o racionalismo crítico e sua contribuição para a arquitetura moderna dentro do cenário da arquitetura. Além da análise, serão exploradas algumas obras de Álvaro Siza, arquiteto português e grande expoente do movimento no século XX.


  1. Desenvolvimento

  1. Regionalismo crítico

O advento da arquitetura moderna trouxe grandes metamorfoses trazendo alguns conceitos primaciais para que entendamos o funcionamento de uma edificação na contemporaneidade. Formas mais diretas e geométricas, a racionalidade dos espaços, a função dos edifícios e o uso exacerbado do concreto armado e do vidro são traços marcantes desse movimento. Todavia, alguns homens esclarecidos tiveram a perspicácia de perceber algo notável: A arquitetura moderna tornou-se repetitiva e suas soluções, por consequência, são repetitivas.

Pensemos em um projeto que foi implantado no sul da França e, esse mesmo projeto, também será aplicado no sertão brasileiro. Teríamos êxito nas duas empreitadas? Não teríamos! A seguir veremos os motivos pelos quais falharíamos.

Vide bem, as áreas possuem características climáticas, culturais e topográficas extremamente diferentes. Tentar aplicar o mesmo projeto, por melhor que ele seja, nas duas localidades, tenderá a trazer o fracasso na empreitada. O exemplo é drástico, sim, ele é. Contudo deixa algo bem claro: Além do conceito ideológico, variáveis e peculiaridades de cada local devem ser colocadas e analisadas a cada caso.  

A partir desse pensamento, nasce o regionalismo crítico. O movimento surge para trazer um novo horizonte aos ideais modernistas. O movimento opõe-se ao deslocamento e a falta de significado da arquitetura moderna. O significado entrará no jogo com os elementos regionais: O local, o clima, os materiais e todas as peculiaridades que cada canto do planeta possui. Todo o vernáculo disponível será explorado, todavia as premissas modernistas não serão abandonas, mas sim aprimoradas.

Ao longo deste trabalho, veremos exemplos claros desta maneira de projetar e pensar o espaço. O foco será na obra de Álvaro Siza, o arquiteto luso têm obras por todo mundo.  As edificações possuem elementos modernistas, todavia não perdem os elementos culturais e deixam claras as referências e as raízes de cada local transcrevendo em linhas claras e objetivas o que é o regionalismo crítico.

  1. Álvaro Siza – Biografia e obras

Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira nasceu em Portugal, em 25 de junho de 1933. Álvaro Siza mudou-se para o Porto com o objetivo de estudar arquitetura, ingressando na Escola Superior de Belas Artes do Porto em 1955. Na mesma época, abriu o seu escritório próprio. Álvaro Siza conquistou sua experiência profissional inicial concebendo pequenos projetos residenciais e trabalhando como assistente do arquiteto português Fernando Távora.

As paixões pelo ensino e pela arquitetura caminham lado a lado na biografia de Álvaro Siza. O arquiteto começou a lecionar na Universidade do Porto em 1966, onde atua até os dias de hoje. Seu currículo como professor inclui passagens pela Universidade de Harvard, Estados Unidos, Escola Politécnica de Lausanne, Suíça e Universidade dos Andes, Colômbia, entre diversas outras instituições renomadas em todo o mundo.

Pouco mais de uma década após alcançar amplo reconhecimento nacional, em 1992, Álvaro Siza foi consagrado com o Pritzker, considerado como prêmio máximo da arquitetura. Em 1998, Álvaro Siza recebeu o Prêmio Príncipe de Gales da Universidade de Harvard, reafirmando ao mundo seu estilo alegre e diferente. Em 2010, o arquiteto Álvaro Siza foi agraciado com o grau de doutor Honoris Causa da Universidade Técnica de Lisboa, fazendo notar que suas obras ainda são reconhecidas hoje em dia e de muita influência para a arquitetura atual.

O importante legado de Álvaro Siza pode ser apreciado na amplitude de sua obra. Residências, projetos urbanísticos, prédios privados, complexos de casas populares e instituições públicas estão entre os projetos realizados pelo arquiteto. Entre as obras mais marcantes de Álvaro Siza estão:

As Piscinas de Leica de Palmeira (1966):[pic 2]

               Fonte: Arch Daily Brasil

O jovem Álvaro Siza Vieira, então com 26 anos, foi chamado para realizar um projeto de piscinas de águas salgadas na orla de Leça da Palmeira, em Matosinhos. O complexo, concluído em 1966, consiste em vestiários, um café e duas piscinas- uma para adultos e outra para crianças - e tornou-se um dos seus mais reconhecidos projetos, classificado como Monumento Nacional de Portugal em 2011. O projeto toma partido das depressões naturais do terreno rochoso para implantar os tanques de água salgada. As piscinas chegam ao oceano e misturam-se às outras formações naturais presentes ao longo da costa de Matosinhos. Os volumes integram-se à paisagem, escondendo-a e enquadrando-a em alguns momentos, mas demarcando claramente a intervenção humana sobre o sítio natural. Siza trabalha com uma contraposição proposital entre a organicidade das pedras e a geometria acentuada da arquitetura. 

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