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SABER VER ARQUITETURA: VOLUMETRIA E PLÁSTICA DO SÉCULO XVI, A “PLANTA LIVRE” E O ESPAÇO ORGÂNICO DA IDADE MODERNA, E OS CONTRASTES DIMENSIONAIS E A CONTINUIDADE ESPACIAL DOS GÓTICOS

Por:   •  9/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.902 Palavras (8 Páginas)  •  1.420 Visualizações

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SABER VER ARQUITETURA: VOLUMETRIA E PLÁSTICA DO SÉCULO XVI, A “PLANTA LIVRE” E O ESPAÇO ORGÂNICO DA IDADE MODERNA, E OS CONTRASTES DIMENSIONAIS E A CONTINUIDADE ESPACIAL DOS GÓTICOS

Saber ver a arquitetura

Volumetria e plástica do século XVI

        O século XVI baseia-se nos mesmos fundamentos de espaciais usados no século anterior, porém, enquanto que no passado os artistas buscavam por formas perfeitas do classicismo, agora temos algo de certa forma rebelde, uma identidade criada para cada artista. Que em sua criação se via livre das regras clássicas, mas que por algum motivo insiste em retomar o que é passado. Causando um estranhamento visual, entre algo novo, nunca antes visto, e ao mesmo tempo as tendências do passado.

        E neste século ainda temos as mesmas diretrizes espaciais do século XV, com espaços amplos e visíveis de diferentes ângulos, e formas esculpidas que dançam em ritmo uniforme desenhando os limiares do espaço.

        Como no Tempietto projetado por Bramante, vemos claramente sua inspiração na obra grega Partenon, porém em sua viagem ao passado, o artista decidiu que não iria reconstruir o Partenon, e sim aprimorar a forma que a obra antiga mostra, estilizando e encaixando ela em um novo tempo, o século XVI.

        Enquanto a renascença quis ordenar o espaço contínuo do gótico com novas regras classicistas, os artistas dessa nova era buscam um espaço mais harmonioso e que converse em igualdade com o exterior. Os novos conceitos espaciais e volumétricos baseiam-se em ter uma estrutura monumental, sólida que se movimenta em equilíbrio, ou seja, que tenha o mesmo efeito visual quando visto de diferentes pontos.

        Dessa forma a arquitetura se torna mais calma, e atraente em todos os seus ângulos, diferentemente de uma igreja gótica que carrega seu olhar para a agulha extremamente alta, esse novo modo de construir deu as obras uma leveza nunca antes vista. Como é o caso da cúpula da capela Santa Maria del Fiore, de Brunelleschi, que parece flutuar sobre a igreja, sem peso algum.

        Com as técnicas plásticas regendo as novas formas arquitetônicas os laços entre cheios e vazios se tornam mais delicados, e reforçam a ideia da vanguarda de que massa e volume devem ser sólidos e pesados, porém diferentemente das diretrizes romanas, aqui temos consistência na harmonia criada.

Câmpus da Ciência, Inovação e Tecnologia da Universidade Politécnica da Flórida

        Arquiteto: Santiago Calatrava

        Localização: Lakeland, Flórida, EUA[pic 1]

           Construída em 2014

        [pic 2]

 

Tempietto di San Pietro, Bramante

[pic 3]

[pic 4]

        Desenvolver o edifício a partir de seu centro foi uma técnica muito utilizada no século XVI.

Interior amplo, bem iluminado e utilizando a estrutura como artifício plástico, ajudando o observador a sentir a monumentalidade do espaço.

[pic 5]

[pic 6]

Tempietto diSan Pietro, Bramante Interior e Exterior

        O exterior mais suave e pensado para equilibrar interno e externo também é uma ideia muito difundida na época.





























[pic 7][pic 8]

A “Planta Livre” e o Espaço Orgânico da Idade Moderna – Capitulo 4.

   “Planta livre” e a exigência social que já não impõem mais temas monumentais para a arquitetura. A nova técnica construtiva consiste no aço e no concreto que permitem concentrar os elementos de resistência estática em um finíssimo esqueleto estrutural, materializando as condições de execução para a teoria da “planta livre”.
   A arquitetura moderna estabelece com os amplos vitrais que se tornaram agora paredes de vidro, o contato absoluto entre espaço interno e externo. As divisões parenterais internas que já não respondem a funções estáticas possibilitam passar da casa antiga para o livre e elástico edifício moderno, sempre visando conceder maior amplitude a esse ambiente articulado.
   Se tirassem a padronização e escravidão urbanística, seria inúmeras as possibilidades de divisões elásticas no interior da malha estrutural  das construções urbanas. O espaço moderno resume o desejo gótico de continuidade espacial e o estudo minucioso da arquitetônica; retoma também a experiência barroca das paredes onduladas, movimento volumétrico, liberdade, suspenção, com vidros ou material isolante. À isso estão relacionadas duas grandes correntes espaciais modernas, sendo elas: o funcionalismo e o movimento orgânico, de caráter internacional.
Dois ícones desses movimentos são os arquitetos Wright e Le Coubusier que com sua mescla e de suas obras foram entendidas como movimento “romântico” ou o “romântico orgânico” como é também conhecido.
  Para resolver problemas quantitativos, a arquitetura orgânica visa na dignidade, personalidade e espiritualidade do homem. O espaço orgânico é rico em movimento, perspectiva e invenções, mas, apesar disso o objetivo original do movimento é não só impressionar os olhos, mas exprimir a própria ação da vida.

A lei da cultura arquitetônica orgânica à escala humana, o repudio de toda arquitetura que se sobrepõe ao homem ou que é independente dele.

Casa na montanha dos irmãos Nitsche.

FICHA TÉCNICA 

LOCALIZAÇÃO: São Francisco Xavier – SP
ÁREA DO TERRENO: 24.000m²
ÁREA CONSTRUIDA: 392m²
INICIO DO PROJETO: dezembro de 2008
CONCLUSÃO DA OBRA: junho de 2010
PROJETO: Pedro Nitsche e Lua Nitsche
[pic 9]
PROJETO DE FUNDAÇÃO: Flávio Helena Junior

[pic 10]

    Os irmãos são conhecidos por seus projetos simples e racionais, com estruturas leves que resultam em ambientes integrados internamente e permeáveis ao exterior graças aos amplos planos de vidro. Lua e Pedro tiveram, desta vez, a oportunidade de aplicar essas diretrizes em um cenário exuberante. Um terreno de 24.000 m² na Serra da Mantiqueira.
   Construída com estrutura de vigas de camaru com fechamento de vidro,
suas aberturas/fachadas de vidro e varandas atuam como um mirante para uma vista espetacular. Que acomodam-se delicadamente na borda de uma das colinas. Apenas a plataforma de concreto elevado do solo e que define o piso de construção, foi executada in loco.
   A boa implantação aproveita as características climáticas naturais da região, que apresenta temperatura média de 16
o C. A própria geometria da casa está associada à orientação solar, o que permite entrada de luz e calor durante o inverno, e proteção durante o verão. As áreas de lazer da sauna e deck voltam-se para o oeste, aproveitado o pôr-do-sol.
   Elevar a casa foi à solução encontrada para preservar as características naturais do terreno, eliminando uma possível terraplanagem (cortes e aterros) e  mantendo o solo permeável às águas da chuva. A residência também conta com placas solares para aquecimento da água, de modo a não utilizar recursos não renováveis como combustível, propiciando conforto para os moradores.

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