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SANTIAGO CALATRAVA: CONCILIAÇÃO HARMÔNICA ENTRE ARQUITETURA E ENGENHARIA

Por:   •  6/10/2016  •  Artigo  •  3.352 Palavras (14 Páginas)  •  619 Visualizações

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SANTIAGO CALATRAVA: CONCILIAÇÃO HARMÔNICA ENTRE ARQUITETURA E ENGENHARIA

DEMATTEI, Mariana¹; DOMINGUES, Leila¹; GANZELA, Juliana¹; MOURA, Jayne¹; VALETA, Ivor¹; SANTOS, Leandro; COSTA, Korina².

1-Acadêmicos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unoeste, matriculados na disciplina de Arquitetura Contemporânea.

2-Docente da Unoeste da disciplina de Arquitetura Contemporânea.

RESUMO

O presente artigo constitui uma pesquisa qualitativa, do tipo revisão bibliográfica que analisa vida e obra de Santiago Pevsner Calatrava Valls, sendo de principal análise a obra Hemisferic na Cidade das Artes e Ciências em Valência, relacionando características relevantes do arquiteto e de seu período arquitetônico. Calatrava revela em suas obras a busca por uma arquitetura livre e complexa, que desperta o olhar do transeunte, que explora a escala de um edifício sublime e de alto desenvolvimento tecnológico. Em meio a diversas críticas, Calatrava mostra sua capacidade de surpreender através da conciliação da engenharia com a arquitetura, explorando em suas obras uma forma plástica com tendência orgânica, fazendo delas grandes expoentes da arquitetura contemporânea.

Palavras chave: Calatrava, Valência, Hemisferic, forma de olho, arquitetura e engenharia

ABSTRACT

This paper is a qualitative research, type literature review that examines the life and work of Santiago Pevsner Calatrava Valls, being the main analysis the Hemisferic building in the City of Arts and Science in Valencia, revealing relevant characteristics of the architect and its architectural period. Calatrava reveals in his buildings the quest for a free and complex architecture, which awakens the gaze of passersby, which explores the scale of a sublime building and high technology development. Amid mixed reviews, Calatrava shows his ability to surprise through conciliation between engineering with architecture, exploring in their works a plastic form with organic trend, making them great exponents of contemporary architecture.

Key words: Calatrava, Valencia, Hemisferic, eye form, architecture and engineering

 

1 INTRODUÇÃO

Com um vasto grupo de obras internacionais e edifícios que louvam uma devoção obstinada pela forma, o arquiteto e engenheiro Santiago Pevsner Calatrava Valls atravessa regularmente as linhas entre arte e arquitetura.

A arquitetura contemporânea quebra todas as barreiras da arquitetura, sendo livre e extremamente complexa, no quesito onde o arquiteto possui uma liberdade que é expressa (ou expressada) na individualidade do criador. Assim como demais movimentos arquitetônicos, a contemporaneidade traz a relação das necessidades sociais, econômicas e estéticas de um novo século, sendo atribuídas à razão e emoção. Podemos caracterizá-la como o equilíbrio harmônico físico-espacial do racional com a sensibilidade. (FRACALOSSI, 2013)

Nascido em Valência, na Espanha no ano de 1951, o jovem espanhol já tinha ali seus primeiros contatos com a arte na escola de Artes e Ofícios, onde também em Valência, graduou-se no curso de Arquitetura na Escola Técnica Superior de Arquitetura e fez cursos de pós-graduação em urbanismo e graduado em engenharia civil. Continuou seus estudos como PhD de ciências técnicas do instituto de tecnologia federal suíço, e o doutorado honorário das universidades: Politécnica de Valença, universidade de Sevilha, universidade de Heriot-Watt em Edimburgo, na Escócia, e da escola de engenharia de Milwaukee.

No início de sua carreira, Calatrava trabalhou como engenheiro e começou a entrar em concursos de arquitetura. Seu primeiro projeto vencedor foi a concepção e construção de Estação Ferroviária Stadelhofen em Zurique, em 1983. No ano seguinte, Calatrava projetou e construiu uma ponte para os Jogos Olímpicos de Barcelona; este foi o início de uma série de projetos que estabeleceu a sua reputação internacional. (PORTAL METALICA, 2015)

Considerado um engenheiro de esplêndidas qualificações, realizando obras que demonstravam leveza e todo seu domínio sobre a ciência. Em Zurique, se destacou com projetos de seu primeiro escritório, mas foi na Espanha e Suíça que se tornou especialista em pontes, por volta de 1990, onde se firmou a reputação de um grande engenheiro. (RATTENBURY, 2007)

2 A OBRA DE CALATRAVA

Calatrava é conhecido por seus edifícios flutuantes e curvos. Ele utiliza materiais como o aço, concreto e novo modelo de computador para criar composições que aparecem ao mesmo tempo natural e estruturalmente impossíveis. Seus desenhos estilizados sugerem objetos, ondas naturais, asas, ou esqueletos branqueados de sol, com filas de nervuras de betão branco curvos em arcos parabólicos distorcidos, são concomitantemente delicados e de grande alcance. O verdadeiro objetivo destes contornos dramáticos é tipicamente mais estético do que estrutural. (JODIDIO, 2012)

Seus projetos se destacam pela aparente complexidade. A estranheza formal nasce do empenho em evitar as soluções simplistas e os objetivos conhecidos para aceitar o desafio de confrontar questões econômicas, sociais e culturais. Com tais objetivos em mente, Calatrava empenha-se em unir estrutura e movimento.  Uma das metas alcançadas por Calatrava na tarefa de criar uma poética do movimento consiste em incorporar-lhe aspectos sociais e culturais. Isso se deve a sua habilidade de deslocar-se entre arte, engenharia e arquitetura. (JODIDIO, 2012)

Apesar de todo esse caráter formal que envolve Calatrava, sua maior influência da engenharia foi o rigor geométrico de prédios históricos “a linguagem da geometria é tão importante quanto a linguagem da estrutura”. Possui um traço sensual, que trabalha paralelamente ao high-tech projetando conjuntos quase que expressionistas, que abusavam do uso de novas tecnologias e materiais industriais. (RATTENBURY, 2007)

2.1 INFLUÊNCIAS

É possível identificar na obra de Calatrava a influência de outros arquitetos como as formas orgânicas de Gaudí e Joseph Paxton, o desenho aerodinâmico norte-americano da década de 50 e a expressividade escultórica de arquitetos do pós-guerra como Félix Candela, Kenzo Tange e Jorn Utzon. A arquitetura de Calatrava não se caracteriza exatamente como uma nova corrente, mas é possível ver uma semelhança também com arquitetos como Frank Gehry e Rem Koolhaas, isso pela exploração das tecnologias construtivas para edificar prédios em formatos ousados, desafiando as leis da natureza e promovendo uma transformação radical no cenário. (FERNANDES, 2011)

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