A Contabilidade Analítica e Orçamentos I

Universidade Católica de Angola

Luanda

Contabilidade Analítica e Orçamentos I

Tema: Custos Directos e Indirectos

Índice

Introdução…………………………………………………..3

Custos Directos………………………………………….….4

Custos Indirectos………………………………………...….5

Tipificação dos Custos Directos e Indirectos…………....…6

Factores que afectam a classificação dos custos………..….7

Caso Prático…………………………………..……………..9

Conclusão……………………………………………….….15

Bibliografia…………………………………………………16

Introdução

A contabilidade de Gestão é a ferramenta que mede e atribui custos por objecto de custeio, podendo o objecto de custeio ser identificado como uma identidade, um produto, um serviço, uma actividade, um departamento, um cliente ou qualquer outro, para o qual se considera necessário sempre conhecer o respectivo custo.

Dada a importância que se reveste na delimitação do âmbito económico e financeiro, interessa, antes de mais, precisar definir aquele, que corresponde ao valor monetário associado à utilização ou consumo de recursos- O Custo.

O Custo é o valor monetário que está directamente associado a utilização ou consumo de um recurso, seja este um bem ou serviço, o que significa que da actividade da empresa implicam custos que permitem obter os elementos necessários não só para a análise dos dados históricos, porém para a tomada de decisões.

Desta forma, da actividade da empresa resultam assim dois tipos de custo:        

• Custos Directos e Custos Indirectos.

Custos Directos

Os custos directos são os custos imputáveis, sem margem de erro significativa, a cada uma das actividades ou tarefas e constituem todos aqueles elementos de custo individualizáveis com respeito ao produto ou serviço, isto é, identificam se imediatamente com a produção de um bem ou serviço.

Pode se dizer de forma generalizada que estes são conhecidos como todos aqueles que tem destino funcional e destino final.

Em geral, inclui-se nos custos directos 3 tipos de recursos essenciais:

1.Mão-de-obra directa

São os custos constituídos pelas despesas com os salários do pessoal envolvido directamente na produção, incluindo os respectivos encargos sociais previstos na lei ou da iniciativa da empresa.

2.Materiais ou Matéria-prima

São todos aqueles sujeitos a ser transformados, constituem o principal encargo directo afectado ao produto, pois eles entram na composição dos produtos, e muitas vezes aparecem no produto ou serviço final.

3.Equipamento

O equipamento é igualmente considerado como custo directo caso seja utilizado directamente na realização dos trabalhos e desde que seja possível avaliar, com algum rigor, a sua comparticipação em cada tarefa específica.

 Sendo: Custo directo= Matérias-primas +Mão de obra directa

Para conhecer o consumo de mão-de-obra direta, é preciso que a empresa mantenha um sistema de apontamentos, por meio do qual se verifica quais os operários que trabalham em cada produto (ou serviço) no período (dia, semana, mês) e por quanto tempo (minutos, horas).

Nas empresas de serviços, normalmente faz se o acompanhamento da ordem de serviço, anotando os custos alocados diretamente (mão de obra, materiais aplicados e serviços subcontratados).

Os custos directos têm a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Os custos são qualificados aos individualmente considerados portadores finais (produtos).

Custos Indiretos

 Custos Indiretos são todos aqueles que embora necessários à produção ou venda do produto, não concorrem directamente para a fabricação ou comercialização do produto.

Destes, pode se dizer que é conhecido o destino funcional mas não o destino final.

Sendo: Custos indirectos=Gastos gerais de fabrico+ Gastos de aprovisionamento+ Outros gastos gerais

 Os custos indiretos são apropriados aos portadores finais mediante o emprego de critérios pré-determinados e vinculados a causas correlatas, como mão-de-obra indireta, rateada por horas/homem da mão-de-obra directa, gastos com energia, com base em horas/máquinas utilizadas, etc.


Fazem parte da classe dos custos indirectos os abaixo descritos:

1.Mão-de-obra indireta: Que é representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado.

Ex: A mão-de-obra de supervisores, controle de qualidade, etc.

2. Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante.

 Ex: Graxas, os lubrificantes, lixa etc.

3. Outros custos indiretos: São os custos que dizem respeito à existência do sector fabril ou de prestação de serviços.

Ex: Depreciação, seguros, manutenção de equipamentos, etc.

Uma questão com relação aos custos é saber quando eles têm um relacionamento directo ou indirecto com determinado objeto de custeio, normalmente, o próprio produto fabricado ou serviço prestado.

 Em algumas situações, a mão-de-obra pode ser um custo indireto. O salário de um supervisor de produção corresponde a um custo indireto, por exemplo.

Em outras palavras, pode-se dizer que, em alguns casos, as parcelas de recursos são consumidas apenas por um tipo de produto, e esse facto é fácil e objetivamente identificado, seja devido à observação simples ou a sistemas automatizados, como controle eletrônico de vazão, quadros de distribuição de energia etc. Nesses casos, pode-se assumir que aquele produto é o responsável por aquela parcela de recurso consumido. A mensuração desse consumo se dá então de forma directa, daí à informação desse consumo de recurso se dá o nome de “custo direto”.