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A LÍNGUA PORTUGUESA DEPOIS DO ACORDO ORTOGRÁFICO

Por:   •  13/3/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.179 Palavras (5 Páginas)  •  123 Visualizações

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DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E CULTURAS

LÍNGUA PORTUGUESA II

A LÍNGUA PORTUGUESA DEPOIS DO ACORDO ORTOGRÁFICO

I - ALFABETO

O alfabeto da língua portuguesa é formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:

a A (á)

b B (bê)

c C (cê)

d D (dê)

e E (é)

f F (efe)

g G (gê ou guê)

h H (agá)

i I (i)

j J (jota)

k K (capa ou cá)

L (ele)

m M (eme)

n N (ene)

o O (ó)

p P (pê)

q Q (quê)

r R (erre)

s S (esse)

t T (tê)

u U (u)

v V (vê)

w W (dáblio)

x X (xis)

y Y (ípsilon)

z Z (zê)

As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:

  • 1. Em antropónimos (nomes de pessoas) e topónimos (nomes de lugar) originários de outras línguas e seus derivados.

Exemplos:

Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano; Taylor, taylorista; Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;

  • 2. Em siglas, símbolos e em palavras e abreviaturas adotadas como unidades de medida de caráter internacional.

Exemplos:

TWA, KLM; K-potássio (de kalium),W-oeste (West); kg-quilograma, km-quilómetro, kW-kilowatt, yd-jarda (yard); Watt.

II - H INICIAL

1. O h inicial mantém-se:

  • 1. 1. Em palavras que historicamente se escrevem dessa forma.

Exemplos:

haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor;

  • 1. 2. Em palavras que convencionalmente o usam.

Exemplos:

hã?, hem?, hum!

2. Na prefixação e na composição, o h:

  • 2. 1. Desaparece, quando o elemento em que figura o h já se aglutinou ao elemento precedente.

Exemplos:

biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver;

  • 2. 2. Mantém-se, quando pertence a um elemento que ainda está ligado ao anterior por meio de hífen.

Exemplos:

anti-higiénico / anti-higiênico, contra-haste, pré-história, sobre-humano.

III - TREMA

O trema é inteiramente suprimido quer na variante portuguesa, quer na variante brasileira da língua.

A única exceção, neste aspeto, diz respeito a palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros com trema.

Exemplos: Hübner, hübneriano, Müller, mülleriano.

IV - MINÚSCULAS E MAIÚSCULAS

1. Passam a escrever-se obrigatoriamente com minúscula:

  • 1.1. Os meses – janeiro, fevereiro;
  • 1.2. As estações do ano – inverno, primavera;
  • 1.3. Os pontos cardeais, mas não as suas abreviaturas – norte, sul, este, oeste, mas NW (noroeste), SE (sudeste);
  • 1.4. Os axiónimos (expressões de tratamento e dignidade) – senhor doutor Manuel Silva.

2. Passam a escrever-se obrigatoriamente com maiúscula:

  • 2.1. Os pontos cardeais ou equivalentes quando “empregados absolutamente” – o Sul (por região sul do país), o Oriente (por oriente asiático);
  • 2.2. Siglas, símbolos e abreviaturas internacionais – ONU, FAO, EU, H2O;

3. Passam a escrever-se facultativamente com minúscula:

  • 3.1. Nos títulos de livros, os vocábulos a seguir ao primeiro, com exceção dos nomes próprios – As pupilas do senhor reitor, Os Maias;
  • 3.2. Os hagiónimos (nomes sagrados) – são Bartolomeu, santa Rita;
  • 3.3. Domínios de saber, cursos e disciplinas – português, linguística, línguas e literaturas clássicas;
  • 3.4. Palavras usadas “reverencialmente ou hierarquicamente” – vossa excelência, digníssimo senhor doutor;
  • 3.5. Categorizações de logradouros públicos, templos e edifícios – rua do Ouro, largo do Terreirinho, museu da Água;

NOTA: Estas disposições não impedem que, em obras de especialidade ou usos específicos, se use maiúscula inicial para efeitos de destaque, reverência ou outros.

V - ACENTUAÇÃO:

1. ELIMINAÇÃO DE ACENTOS

  • 1. 1. É eliminado o acento gráfico no ditongo oi em palavras graves, e nas formas verbais terminadas em -eem .

Antes do AO, jibóia e paranóico, mas agora jiboia e paranoico .

Antes do AO, vêem, crêem, dêem e lêem, mas agora veem, creem, deem e leem.

  • 1. 2. Elimina-se o acento gráfico sobre a letra u nas terminações verbais que, gue, gui(s), qui(s) que a tinham.

Antes do AO, argúi e obliqúe, mas agora argui e oblique .

  • 1. 3. Na grafia brasileira, elimina-se o acento no ditongo ei em palavras graves, e em vogais tónicas e quando precedidas de ditongo:

Antes do AO, plebéia e idéia, mas agora plebeia e ideia.

Antes do AO, baiúca e saiínha, mas agora baiuca e saiinha.

2. DESAMBIGUAÇÃO DE PALAVRAS HOMÓGRAFAS

     2.1. Em geral, são eliminados os acentos que serviam para desambiguar palavras homógrafas:

  • antes do AO, pêlo e pelo, mas agora apenas pelo; 
  • antes do AO, pára e para, mas agora apenas para. 

     2. 2. Mantêm-se, no entanto, as seguintes exceções:

  • 2.2.1. por (preposição) e pôr (infinitivo verbal); 
  • 2.2.2. demos (pretérito perfeito do indicativo) e dêmos (presente do conjunto e imperativo) do verbo dar; 

     2.3. Passa a ser opcional o uso do acento para distinguir as formas do presente e do pretérito perfeito do indicativo, nos verbos da 1ª conjugação:

  • amamos (presente), mas amámos ou amamos (pretérito perfeito). 

3. VARIAÇÃO ENTRE PORTUGAL E O BRASIL

Em qualquer caso, usar-se-ão acentos gráficos diferentes (agudos ou circunflexos) para marcar os timbres aberto ou fechado, nas vogais tónicas, das variedades portuguesa e brasileira da língua:

  • anónimo, fémur, matiné e ónix em Portugal;
  • anônimo, fêmur, matinê e ônix no Brasil.

VI – HIFENIZAÇÃO:

1. Palavras com prefixos

     1. 1. A regra geral é de aglutinar os prefixos às palavras a que se juntam.

Exemplos: antirrevolucionário, megaconcerto, minissaia, socioeconómico, ultraligeiro.

     1. 2. Mantém-se o hífen nas seguintes situações, como já acontecia na maioria dos casos:

  • 1. 2. 1. Quando o prefixo se junta a uma palavra começada por h, exceto no caso de palavras formadas com des-, in- e re- que já se escrevem aglutinadas.

Exemplos:

a-histórico, anti-histamínico, co-herdeiro, neo-helénico, sub-hepático, super-
-homem
,

mas

desumano, inábil, reabilitar.

  • 1. 2. 2. Quando o prefixo termina com a mesma letra (vogal ou consoante) com que se inicia a palavra a que se junta, exceto no caso dos prefixos co-, pre-, pro- e re-, prefixos átonos.

Exemplos:

anti-infeccioso, contra-ataque, euro-obrigação, inter-regional, semi-interno,

mas

cooperação, preeminência, reeleger;

  • 1. 2. 3. Quando o prefixo ex- tem sentido de “anterioridade”, mas não quando tem sentido de “movimento para fora”.

Exemplos:

ex-marido, ex-presidente, ex-treinador,

mas

excêntrico, excomungar, exfiltrar;

  • 1. 2. 4. Quando o prefixo é acentuado.

Exemplos:

pré-história, pré-operatório, pós-independência, pós-parto;

  • 1. 2. 5. Quando o elemento da direita é um estrangeirismo, um nome próprio ou uma sigla/acrónimo.

Exemplos:

anti-aphartheid, anti-Salazar, anti-URSS;

  • 1. 2. 6. Quando da junção do prefixo à palavra, resulta uma sequência consonântica impossível em português.

Exemplos:

circum-navegação, pan-brasileiro.

2. Formas verbais com preposições

Elimina-se a ligação por meio de hífen das formas monossilábicas do verbo haver à preposição de.

hei de, hás de, há de, hão de..

VII – CONSOANTES MUDAS:

1. Em cada variedade nacional da língua, eliminam-se as consoantes c ou p quando precedem um c, ç, ou t e nunca são realizadas foneticamente (nunca se pronunciam).

ação (em vez de acção),

ato (em vez de acto),

adotar (em vez de adoptar),

coletivo (em vez de colectivo),

inseto (em vez de insecto),

objeção (em vez de objecção),

ótimo (em vez de óptimo).

2. Em cada variedade nacional mantêm-se todas as consoantes que se pronunciam, passando, por vezes, a haver variação na escrita:

anorético em Portugal, anoréctico no Brasil,

facto em Portugal, fato no Brasil,

sumptuoso em Portugal, suntuoso no Brasil,

aspeto em Portugal, aspecto no Brasil,

deceção em Portugal, decepção no Brasil,

receção em Portugal, recepção no Brasil

3. Nos casos em que, dentro do mesmo espaço geográfico, existe variação na pronúncia de uma dada palavra, aceita-se a variação ortográfica:

  • Em Portugal,

assético / asséptico,

concetual / conceptual,

caráter / carácter.

  • No Brasil,

calefator / calefactor,

fatorial / factorial; olfato / olfacto

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