Análise Econômico Financeira das Lojas Americanas
Por: Rodrigo Xavier • 1/12/2020 • Trabalho acadêmico • 5.320 Palavras (22 Páginas) • 363 Visualizações
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Análise Econômico- Financeira das Lojas Americanas
Referente aos exercícios de 2016 e 2017
Outubro/2020
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Elaborado por: Rodrigo Malheiros Xavier
Disciplina: Contabilidade Financeira
Turma: 2020 4
Introdução
Este relatório tem como objetivo fazer a análise econômico-financeira da empresa de e-comerce e varejo LOJAS AMERICANAS S/A. Trataremos dos principais indicadores financeiros e econômicos, análise vertical e horizontal dos balanços patrimoniais e demonstrativo do resultado de exercício referentes aos anos de 2016 e 2017. Ao término será dada a conclusão acerca da situação econômica e financeira da companhia tendo como base as demonstrações contábeis disponibilizadas pela entidade, os indicadores calculados e sendo comparada com as principais concorrentes.
Desenvolvimento
As Lojas Americanas foram fundadas em 1929 na cidade de Niterói no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de ser líder no ramo varejista os fundadores decidiram por abrir o capital da entidade na Bolsa de Valores brasileira em 1940, torando-a assim uma das companhias de capital aberto listadas no Brasil mais tradicionais.
As Lojas Americanas nos últimos anos vieram fazendo investimentos substancias na sua operação, em 2005 foi adquirido o canal de televisão Shop time o que aumentou sua capilaridade, ainda na primeira metade da década de 2000, a empresa fluminense criou em 2006 a empresa global de varejo B2W, firmando assim a integração entre o e-comerce Americanas.com e o site submarino, no ano seguinte a marca se tornou dona da Blockbuster no Brasil e expandiu ainda mais seus negócios, na B2W entrando nos mercados do Chile e México.
Em 2015, a Americanas se consolidou sendo uma das maiores empresas de comércio varejista tradicional e digital chegando à marca de mais de mil lojas em todo território nacional.
Análise Vertical
Analisaremos agora os balanços patrimoniais e demonstrativos de resultado dos exercícios de 2016 e 2017 divulgados pela LAME.
Este tipo de análise é bem interessante, pois através dela evidenciaremos a participação percentual de cada item do balanço patrimonial e da composição das receitas e gastos do resultado, assim podemos ver qual o impacto gerado na empresa. Para facilitar a visualização destacou-se em amarelo as porcentagens de cada item dos respectivos anos.
2017  | 2016  | ||||
ATIVO TOTAL  | 17.400.408  | AV (%)  | 12.769.527  | AV (%)  | AH (%)  | 
ATIVO CIRCULANTE  | 10.022.613  | 57,6%  | 6.596.830  | 51,7%  | 152%  | 
disponível (caixa e bancos)  | 2.029.213  | 11,7%  | 293.239  | 2,3%  | 692%  | 
aplicações financeiras  | 3.015.768  | 17,3%  | 1.992.235  | 15,6%  | 151%  | 
contas a receber  | 1.562.301  | 9,0%  | 1.446.172  | 11,3%  | 108%  | 
estoque  | 2.400.868  | 13,8%  | 2.146.536  | 16,8%  | 112%  | 
tributos a recuperar  | 408.889  | 2,3%  | 340.554  | 2,7%  | 120%  | 
despesas antecipadas  | 23.660  | 0,1%  | 24.429  | 0,2%  | 97%  | 
outros ativos circulantes  | 581.914  | 3,3%  | 353.665  | 2,8%  | 165%  | 
ATIVO NÃO CIRCULANTE  | 7.377.795  | 42,4%  | 6.172.697  | 48,3%  | 120%  | 
realizável a longo prazo  | 990.528  | 5,7%  | 785.025  | 6,1%  | 126%  | 
investimentos  | 3.188.906  | 18,3%  | 2.665.136  | 20,9%  | 120%  | 
imobilizado  | 2.810.785  | 16,2%  | 2.347.609  | 18,4%  | 120%  | 
Intangível  | 387.576  | 2,2%  | 374.927  | 2,9%  | 103%  | 
*valores em milhares de reais
Como observado na tabela acima o ativo circulante representa 57,6% do total dos investimentos da companhia, enquanto a parcela restante do ativo não circulante corresponde a 42,4% no ano de 2017, ao se trazer os valores para 2016, vemos o ativo circulante em 51,7% e o não circulante em 48,3%.
Destacam-se no ativo circulante as contas disponíveis, aplicações financeiras, contas a receber e estoque em ambos os anos. Em 2017 vemos que o grupo de três contas; estoque, contas a receber e aplicações financeiras, praticamente é o mesmo, exceto por uma ligeira redução nas contas a receber. O maior destaque é na conta de disponíveis, que em 2016 era de 2,3% do total e em 2017 passou para 11,7%, isso indica que houve um grande aumento no financiamento da empresa. Esta modificação pode ser melhor entendida através das notas explicativas, entretanto ao olharmos o capital social da entidade vemos que de um ano para o outro houve um aumento significativo, isso pode indicar a origem desse investimento na conta de disponíveis.
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