De acordo com Martins

De acordo com Martins (2003), não existe grande utilidade para fins gerenciais o uso de custos fixos apropriados aos produtos, aponta-se três grandes problemas:

Primeiro: Os custos fixos existem e devem ser pagos, independente de haver ou não produção em um determinado período, o que acaba caracterizando-se um encargo que possibilita mínimas condições para a produção.

Segundo: Como não dizem respeito a um produto especifico ou mesmo, a vários produtos específicos, esses custos são quase sempre distribuídos a base de critérios de rateio, que quase sempre contem algum tipo de arbitrariedade.

Terceiro: Se o custo por unidade estiver diretamente ligado a quantidade produzida e ao preço do produto, pode-se formar um circulo vicioso em que quanto menos se produzir de um produto, mais caro ele ficará, consequentemente os outros produtos tendem a reduzir o volume de vendas e de produção, ficando mais caro o custo e o preço do produto.

Dessa maneira surgiu o Custeio Variável, onde só são alocados os custos variáveis, os custos fixos ficam assim separados e considerados como despesas do período, sendo reconhecido diretamente no Resultado.

Ainda segundo Padoveze apud. O método de custeio variável é um método para fins gerenciais, não sendo admitido seu uso para efeito contábil e fiscal. Consistindo em alocar ao custo de produção do período apenas os custos variáveis, que normalmente são os custos diretos. Já os custos fixos, são considerados como custos do período e não como custos do produto, sendo que os estoques de produtos em processo de produção e os acabados não contarão parcela de custos fixos, mas sim, somente custos variáveis. Esse método é utilizado para auxiliar na tomada de decisões, com o objetivo principal de conhecer qual é a Margem de Contribuição de cada produto.

Algumas vantagens de utilizar esse método são:

• O impacto dos custos fixos no resultado é salientado porque o valor total dos custos aparece dividido em custos variáveis e fixos na DRE;
• Esse método de custeio obedece ao regime de caixa, necessário para produzir os bens;
• Os demonstrativos de resultado pelo método de custeio variável refletem uma melhor apresentação do que pelo método de custeio por absorção;
• O método de custeio variável se adapta melhor aos instrumentos de controle de organizações.

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