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Fichamento da obra Didática da Matemática

Por:   •  25/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  7.280 Palavras (30 Páginas)  •  180 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

Campus Quirinópolis

Licenciatura em Pedagogia

Atividade: Fichamento da obra Didática da Matemática: Reflexões Psicopedagógicas.

Disciplina: Conteúdos e Processos de Ensino da Matemática I.

Professor (a): Cleibianne Rodrigues dos Santos.

Aluno(a): Pamella Araújo de Jesus, Lívia Facury Nasser.

PARRA, Cecilia. Didática da Matemática: reflexões psicopedagógicas / Cecilia Parra, 1ª.ed. Cecilia Parra, Irmã Saiz...[et. Al]: trad. Juan Acuña Llorens. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, p. 258.

Capítulo 04: Os Diferentes Papéis do Professor. Guy Brousseau

         O matemático reorganiza seus resultados; realiza uma “didática prática” que consiste em dar ao saber uma forma comunicável, descontextualizada, de personalizada, fora de um contexto temporal. O professor uma recontextualização do saber: procura situações que deem sentido aos conhecimentos que devem ser ensinados. Para transformar suas respostas e seus conhecimentos em saber o aluno deverá, com a ajuda do professor, re-despersonalizar e re-descontextualizar o saber que produziu para poder reconhecer no que fez algo que tenha caráter universal, um conhecimento cultural reutilizável. O papel do professor: fazer viver o conhecimento fazê-lo ser produzido por parte dos alunos como resposta razoável a uma situação familiar, transforma essa “resposta razoável” em um “fato cognitivo extraordinário”. O trabalho do professor se caracteriza em colocar o aluno em uma problemática de aprendizagem para que o próprio elabore seus conhecimentos como resposta pessoal a uma pergunta, e os faça funcionar ou os modifique como resposta às exigências do meio e não a um desejo do professor. (1996, p.48-49).

Os alunos ainda nem sempre entendem que os resultados apresentados pela problemática nem sempre são os desejados. Ao entender qual é o efeito desejado podem atribuir os resultados certos ou errados a uma fatalidade ou azar. Para aceitar sua responsabilidade o aluno deve compreender que uma escolha entre diversas possibilidades pode causar efeitos sobre os resultados, ou seja, podem refletir sobre uma relação entre suas decisões e os resultados. Essa relação entre a decisão e o resultado é pensada antes da tomada de decisão, o aluno encarrega então das antecipações que é considerada como responsabilidade cognitiva do jogador e não só como sua responsabilidade. (1996, p.50-51).

É necessário que o aluno esteja consciente do poder de reprodução e conheça as condições que o permita boas possibilidades de acertar. O educando assim deve reconhecer os jogos que acaba de aprender a jogar. Porém o que sabe fazer não lhe ficou denominado, identificado, nem, sobretudo, descrito como procedimento “estabelecido”. Uma criança, por exemplo, pode contar coleções movimentando os objetos ou marcando-os de maneira a ter sempre uma materialização fácil do conjunto que está preste a enumerar. Fazendo isso também mentalmente. O pensamento de que o aluno possa aprender pelas próprias virtudes do mesmo e da situação sem a intervenção do seu mentor, é uma ideia estranha para os professores e também para os alunos. (1996, p.52-53).

A situação didática deve conduzir o aluno a fazer o que é necessário, mas ao mesmo tempo não devo conduzi-lo a fazer. Deve ser definida a distância que existe entre a determinação, por parte da situação, do que o aluno deve fazer e a determinação, por parte do aluno, do que deve acontecer. Assim, o conhecimento pode intervir como antecipação e não progressivamente como resposta. A didática não é estabelecida como um modelo de ensino, mas sim para produzir caminhos que permita que o aluno coloque à prova qualquer situação ensinada, corrigindo e melhorando o que for produzido, formulando perguntas a respeito dos acontecimentos que surgem durante sua aprendizagem. O sentido de um conhecimento se compõe por: provas e raciocínios; reformulações e formalizações; modelos implícitos e relações mais ou menos definidas. Diferentes situações que surgem têm como objetivo fazer com que o próprio aluno confira sentido aos conhecimentos que manipula conjugando esses diferentes componentes. As situações didáticas são situações de aprendizagem cujo professor se torna imparcial, assim as informações determinantes do que o aluno fará são as que funcionam sem a intervenção do professor no nível do conhecimento. (1996, p.54-55).

Os professores devem tomar nota do que os alunos fazem descrever o que aconteceu e o que tem relação com o conhecimento que se deseja obter, conferir determinado status aos acontecimentos da aula, como resultado do aluno e como resultado do docente, assumir um objeto de ensino, identifica-lo, relacionar estas produções com os conhecimentos dos outros, indicar que eles podem ser reutilizados. O professor deve constatar o que os alunos deviam fazer (e refazer) ou não, tinham aprendido ou deveriam aprender. Objeto de INSTITUCIONALIZAÇÃO consiste no objeto de ensino por pato do aluno, e da aprendizagem do aluno por parte do professor, sendo um fenômeno muito importante e uma fase essencial do processo didático. Assim definimos que o papel do professor consiste em institucionalizar, que se realiza tanto sobre a situação de ação como também sobre a situação de formulação. O mais difícil do papel do professor é dar um sentido aos conhecimentos, e sobretudo, reconhecê-lo. Os conhecimentos podem ser ensinados pelo professor, porém que a compreensão é de total responsabilidade do aluno. Esta diferença entre forma e sentido faz com que seja difícil conceber não só uma técnica para ensinar o sentido, mas também um contrato didático a respeito. (1996, p.56-57).

Nossa intenção é oferecer um modelo didático do sentido, negociável entre o professor e o aluno, e que permita fazer o aluno trabalhar sobre o significado do conteúdo com um vocabulário com conceitos que sejam aceitáveis e desenvolvam realmente o conhecimento. A didática consiste em resolver problemas com conhecimentos teóricos e recursos técnicos. Propor algo para atuar sobre alguns fenômenos de ensino, identificá-los e explicá-los. O papel do professor consiste em assumir uma epistemologia, se o professor não controle sobre suas concepções epistemológicas, mas carregadas de consequências estarão seus erros. Ao mesmo tempo em que ensina um saber o professor recomenda como usá-lo. A solução consiste em não evitar dificuldades alheias ao conhecimento que finalmente deve ser aprendido em determinado momento. É necessário ensinar sucessiva e, sobretudo separadamente os diferentes conhecimentos necessários, começando pelos mais simples. (1996, p.58-59).

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