Impairment

Impairment 18/09

• Conceito
• Aplicação
• Exemplo prático

Impairment é uma palavra de origem inglesa que em tradução literal significa deterioração ou depreciação. Trata-se da redução do valor recuperável de um bem ativo, ou seja, a mensuração dos ativos que geram benefícios presentes e futuros. O impairment é aplicado em ativos fixos (ativo imobilizado), ativos de vida útil indefinida (goodwill), ativos disponíveis para venda e investimentos em operações descontinuadas.

O ajuste para perdas por desvalorização deve ocorrer, no mínimo anualmente, de forma a acompanhar os valores de sua realização e possibilitar a contabilização destes ativos no balanço. As empresas devem avaliar periodicamente os ativos que geram resultados, antes de contabilizá-los no balanço. Cada vez que houver uma projeção de geração de caixa em valor inferior ao montante pelo qual o ativo está registrado, a companhia terá que fazer a baixa contábil da diferença, avaliando o estado real do ativo para que o lançamento seja correto.

O controle patrimonial passou a incluir o tratamento de ativos por impairment a partir da mudança na lei 11.638/07.

Existe uma série de testes relativos ao impairment, os quais permitem constatar a veracidade do ocorrido, e documentar a variação de valores de registro, além do déficit no fluxo de caixa especulado do ativo, e ratificar a diferença de valores apresentados nos processos de contabilidade.

Ao detectar sinais de que seus ativos estão registrados na contabilidade com valor acima do praticado no mercado, ou se a expectativa do benefício futuro a ser gerado pelo bem está abaixo da prevista, isso significa que pode ocorrer perda de impairment, e testes devem ser realizados para demonstrar esta diferença.

O Teste de Impairment ou Recuperabilidade consiste em um teste dos ativos patrimoniais da empresa para verificar se estes se enquadram aos requisitos necessários para adequação às normas contábeis brasileiras perante as normas internacionais da IFRS e, assim, ter certeza de que pode ser efetuada redução do valor recuperável. Dessa forma, a empresa evita que ativos supervalorizados sejam mantidos em seu balanço. Esse teste é muito importante caso a empresa necessite ajustar seu Balanço Patrimonial.

Após determinar o método, é necessário executá-lo. A empresa pode tanto fazer internamente (caso tenha os profissionais adequados e habilitados) como contratar empresas especializadas.

Como exemplo, temos um cenário hipotético de uma empresa que possui como principal ativo uma frota de veículos. Esta empresa contrata uma auditoria que irá realizar testes nos valores declarados desses bens, de forma a verificar a veracidade dos mesmos e apontar o valor recuperável. Ao determinar o valor recuperável deve-se compará-lo ao valor contábil.

Se o valor recuperável for maior do que seu valor contábil, não será necessário alterar qualquer registro. Porém se o valor recuperável for menor que o valor contábil, a empresa deverá efetuar o ajuste, debitando-se a conta de “Despesa de perda por desvalorização de ativos”, e creditando-se uma conta redutora do ativo. Isso irá determinar o novo valor contábil do ativo (frota de veículos).