Informações por segmento

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO UNISEB

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

RIBEIRÃO PRETO

INFORMAÇÕES POR SEGMENTO

Ribeirão Preto

2015

Problema de Pesquisa

Quais as vantagens e desvantagens sobre a divulgação das informações por segmento?

Objetivo de Pesquisa

Analisar as vantagens e desvantagens sobre a divulgação das informações por segmento.

INTRODUÇÃO

Com a globalização ocasionando um cenário econômico dinâmico, fez-se necessário que as empresas se adaptassem a essa nova realidade. As transações entre empresas de diferentes países aumentaram, e no cenário nacional também não foi diferente. A evolução para uma economia cada vez mais competitiva fez com que novos tipos de negócios surgissem, como por exemplo, o controle conjunto de negócio (do inglês “Joint Venture”), fusões, aquisições, cisões, investimentos em controlada ou coligada, entre outros.

Todavia, tanto pelo volume, quanto pela complexidade nas operações financeiras, os stakeholders necessitam de divulgações cada vez mais claras, transparentes e com alto grau de confiabilidade. Nessa métrica, tornou-se fundamental a elaboração de informações que seguissem uma linguagem universal, e que garantisse que as demonstrações publicadas pelas empresas, retratariam a veracidade do seu atual momento.

Seguindo esse contexto, a necessidade de harmonização das práticas contábeis a uma esfera mundial, fez com que os órgãos competentes como o FASB – Financial Accounting Standards Board -, criado em 1973 nos Estados Unidos, e o IASB – International Accounting Standards Board -, criado em 1973 em Londres, em certos momentos, unissem esforços para a elaboração de normas técnicas que permitam a usuários de diversos países a emissão de demonstrações contábeis em um padrão global, chamadas IFRS – International Financial Reporting Standard.

Em âmbito nacional, o responsável pela divulgação e orientação às normas de contabilidade é a CVM – Comissão de Valores Mobiliários -, que em 1976 instituiu a Lei 6.404 das Sociedades por Ações. Em conformidade às normas internacionais, o Brasil em 2007 aprovou a Lei 11.638 e em sequência a Lei 11.941 de 2009. Nesse momento passamos a estar em consonância aos demais países do mundo. O CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis -, criado em 2005, teve a missão de difundir as interpretações sobre as normas internacionais de contabilidade no Brasil.

Entre outros motivos, a criação de uma linguagem universal para os procedimentos contábeis, proporciona comparabilidade, reportando aos interessados pelas demonstrações das empresas, suporte para tomada decisão. Além disso, estudos evidenciam significativa melhora na disclosure de informações. Com essas medidas, segundo Boscov (2010) espera-se aumentar os investimentos internacionais, aprofundar o mercado internacional de capitais, e reduzir os custos das multinacionais que divulgam as suas informações sob as mais variadas normas contábeis.

Contudo, existem informações que ao serem divulgadas, podem revelar aspectos prejudiciais à estratégia das empresas. Os segmentos operacionais das empresas, bem como as regiões de mercado em que possuem atuação, são exemplos disto. O CPC 22 – Informações Por Segmento -, interpretação da IFRS 8 – Operating Segments -, evidencia como deverá seguir a publicação de cada seguimento em que a empresa atuar, as suas Receitas e Despesas, Ativos e Passivos.

Conforme definido no CPC 22- Informações Por Segmento -, a entidade deve divulgar informações que permitam aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem a natureza e os efeitos financeiros das atividades de negócio nos quais está envolvida e os ambientes econômicos em que opera. Também esclarece sobre a definição de um segmento operacional, a obrigatoriedade das empresas, alguns critérios, entre outros.

Diante das várias discussões sobre o tema contextualizado acima, e as várias discussões em divulgar as informações por segmentos, esse trabalho tem a seguinte questão de pesquisa:

Quais as vantagens e desvantagens sobre a divulgação das informações por segmento?

Assim, o objetivo deste trabalho é analisar quais as vantagens e desvantagens sobre divulgar essas informações, por meio das citações de vários autores, discussões e notas explicativas de empresas de diferentes seguimentos.

REFERENCIAL TEORICO

Informações Por Segmento

O Pronunciamento Técnico CPC 22 – Informação por Segmento, que trata sobre a divulgação dessas informações, reconhecimento, critérios de agregação, parâmetros mínimos quantitativos, mensuração e evidenciação, define como princípio básico que a entidade deverá divulgar as informações por segmento, uma vez que essas são de extrema importância para os usuários que as tomarão como base na análise sobre o risco e retorno das atividades operacionais da entidade, reconhecimento de produtos e serviços, mercados em que a entidade está inserida e as áreas geográficas de atuação. Nesse contexto, a divulgação dessas informações em conjunto com as demais demonstrações contábeis obrigatórias dará amparo na tomada de decisões dos usuários da informação.

Evidenciado o princípio básico, a norma define também quais serão as entidades que aplicarão esse Pronunciamento Técnico no curso de suas atividades, como segue:

a) às demonstrações contábeis separadas ou individuais da entidade:

(i) cujos instrumentos de dívida ou patrimonial sejam negociados em mercado de capital (bolsa de valores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados locais ou regionais) ou;

(ii) que tenha depositado, ou esteja em vias de depositar, suas demonstrações contábeis à Comissão de Valores Mobiliários ou a outra organização reguladora, com a finalidade de emitir qualquer categoria de instrumento em mercado de capitais;

b) às demonstrações contábeis consolidadas de uma controladora com suas controladas:

(i) cujos instrumentos de dívida ou patrimonial sejam negociados em mercado de capitais (bolsa de valores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados locais ou regionais) ou;

(ii) que tenha depositado, ou esteja em vias de depositar, suas demonstrações contábeis à Comissão de Valores Mobiliários ou a outra organização reguladora, com a finalidade de emitir qualquer categoria de instrumento em mercado de capitais;