O ESTUDO DA PERCEPÇÃO DE IMAGENS

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

PSICOLOGIA

CAMPUS PARAÍSO - 2º PERÍODO

Rayssa Lima dos Santos – F236188 – PS2E68

ESTUDO DA PERCEPÇÃO DE IMAGENS

São Paulo

2021

Introdução

O estudo se baseia na pesquisa da percepção de imagem afetada pela cor da figura observada (preta e branca ou colorida) onde serão analisados os conceitos e categorizações relacionados com o estudo da percepção.

Foram feitas as entrevistas com base na figura analisada tendo diferentes pontos de vistas. Sendo assim foram identificados o processo de percepção de diferentes maneiras.

Objetivo

O objetivo do relatório é verificar a percepção de um grupo de indivíduos de diferentes faixas etárias e ambientes sociais, analisando as suas diferentes percepções afetadas por suas individualidades, na análise utilizaremos a mesma figura que nos foi proposto, porém para um determinado  grupo será apresentada uma figura cujo a cor estará em preto e branco e para um outro grupo a mesma figura, porém colorida, afim de observar como nosso cérebro recebe essa imagem e como a identifica para os parâmetros em que ela foi criada mostrando assim a interpretação dos estímulos cerebrais em cada indivíduo.

Segundo Wertheim (1980/1943). Em nosso cérebro a percepção não é um processo que ocorre individualmente e de forma espontânea, mas existe uma série de fases e estímulos incidindo em uma captação adequada dos estímulos, para que ocorra a percepção, nosso cérebro executa um processo ativo dividido em três componentes: seleção, organização e interpretação.

Seleção – São os estímulos que ocorrem diariamente em nosso cérebro, que selecionam e separam as informações que queremos, ou melhor que estamos habituados a olhar, definindo nossa percepção em busca de sentidos já existentes em nossas experiências. Exemplo: Ao observar um desenho abstrato nosso cérebro busca informações anteriores, a fim de assimilar o conteúdo a algo, utilizando experiência, atenção, necessidade, preferência.

Organização – Quando o observador é direcionado a perceber alguma informação, este direcionamento pode ocorrer tanto em direcionar o observador diretamente como indiretamente, desta forma o cérebro organiza a percepção e dá um sentido para a imagem. Exemplo: Ao observar imagens abstratas onde temos dois sentidos, o cérebro tende a procurar automaticamente uma característica na imagem, com base no conhecimento já obtido em outros lugares.

Interpretação – É a busca por um significado factível a nossa mente, nele a organização da percepção determina qual o sentido tomar para interpretar a informação.

Utilizando os três componentes citados acima, nosso cérebro é capaz de deduzir as informações e dar um sentido a ela, criando memorias e sensações individuais no ato de observar, esse comportamento mostra o quanto a individualidade e a percepção podem ser diferentes a cada observador, porém as fases da percepção e entendimento da informação, sempre funciona de forma organizada e em todos os observadores.

Em geral, toda 'Gestalt' evidencia certa variabilidade, ou, como se diz em lógica, certa 'latitude'. Um quincunce presta-se a uma grande variedade de intervalos, proporções, semelhanças entre suas partes materiais etc., sem perder seu caráter original de quincunce. Mas algumas destas variáveis normalmente funcionam em conjunto de maneira mais adequada que outras. Um arranjo em particular tem seus graus de estabilidade e precisão de acordo com o predomínio de umas e não de outras variáveis. Não é verdade, entretanto, que daí se extrai um 'conceito' geral (isto é, através de eliminação lógica ou abstração de diferenças) que é mais pobre em conteúdo, isto é, com conotação mais estreita do que suas espécies. Em vez disto, há um 'análogo conceitual' geral e complexo da quinquidade em vários (mas não em ilimitados) arranjos. É o mesmo com o retângulo. Para percebermos um retângulo, não precisamos observar a retidão de seus ângulos e a existência de quatro lados nele. Em vez disto, percebemos o tipo 'retângulo', seja a figura particular grande ou pequena, larga ou estreita, vertical ou horizontal (Wertheimer, 1912/1969, p. 268).

O fenômeno da percepção (Definição Genérica)

A percepção é à base do comportamento humano que consiste em associar a organização e a interpretação de informações sensoriais que possibilitam o reconhecimento dos objetos de forma consciente. Segundo Myers (2010) “o processo de organização e interpretação das informações sensoriais, habilitando-nos a reconhecer objetos e eventos significativos. (Myers, 2010, p. 175)”

O cérebro tem um mecanismo de associação onde ele agrupa as informações sensoriais juntamente com a percepção e isso faz com que cada pessoa tenha interpretações diferentes de uma mesma imagem.

“A percepção não se resume a abrir uma janela e deixar uma imagem ser impressa no cérebro. Constantemente filtramos informações sensoriais e inferimos percepções de maneiras que fazem sentido para nós. A mente faz diferença”. (Myers, 2010, p.200)

A Função de organização da percepção

De acordo com Myers, em nossas experiências do dia a dia a sensação e percepção se fundem em um processo contínuo. Esse processo iniciasse com a sensação que é um processamento na qual os receptores sensoriais e o sistema nervoso recebem e retrata as energias de estímulo do ambiente.

As percepções são construídas com base nas sensações trazidas pelo processamento bottom-up (de baixo para cima) que começa com os receptores sensoriais e sobe para a integração cerebral da informação sensorial até o processamento top-down (de cima para baixo) onde o processamento de informações é guiado por processos mentais de níveis mais elevados e são aí que é construída as percepções com base nas experiências e expectativas.

De acordo com (Myers, 2010, p.183 e 184) Para reconhecer uma imagem o cérebro passa por uma ordem de processos como:

• Processo retiniano onde temos os bastonetes e cones; receptores; células bipolares e células ganglionares;
• Detecção de características onde as células detectoras do cérebro respondem a determinadas características como ângulos, linhas e contornos. Processamento;
• Processo paralelo onde equipes de células cerebrais processam as informações combinadas com cor, movimento, forma e profundidade. Então a percepção se constrói integrando o trabalho separado, mas ao mesmo tempo paralelo nas diferentes equipes visuais;
• Por fim o cérebro passa pelo reconhecimento onde ele interpreta a imagem construída com base nas informações de imagens armazenadas.

No estudo da visão a cor, não reside no objeto, mas em nossos cérebros que evidenciam a imaginação das cores. De acordo com (Geldard, 1972) o limiar diferencial das cores é tão baixo que vemos aproximadamente 7 milhões de diferentes variações de cores.

De acordo com (Myers,2010, p.185) uma teoria que poderia explicar a forma que enxergamos as cores de maneira normal seria a teoria tricromática (três cores) de Young-Helmholtz. Segundo essa teoria a retina contém três diferentes tipos de receptores para cores, uma mais sensível ao vermelho, um ao verde e um ao azul, quando estimuladas a combinar, podem produzir a percepção de qualquer cor.