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OS IMPACTOS DA OSCILAÇÃO DO DÓLAR NA ECONOMIA BRASILEIRA NO ANO DE 2016 E PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017

Por:   •  7/7/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.990 Palavras (8 Páginas)  •  184 Visualizações

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OS IMPACTOS DA OSCILAÇÃO DO DÓLAR NA ECONOMIA BRASILEIRA NO ANO DE 2016 E PRIMEIRO SEMESTRE DE 2017.

Amabile Siqueira Gonçalves, Izabela Rodrigues Carvalho, Maíra Teodoro Vieira, Tuane Schwanck Carlos e Vinícius da Cunha Pereira[1]**

Resumo: O artigo descreve sobre os impactos gerados pela oscilação do dólar durante o ano de 2016 e primeiro semestre de 2017 com base nos dados de pesquisas e opinião critica dos próprios acadêmicos.

Palavras-chave: Dólar; Economia brasileira; Política Cambial;

Introdução

        O cenário econômico brasileiro é diretamente influenciado pela moeda norte-americana, o dólar. A moeda que é tida como internacional circula no Brasil com facilidade visto que a maioria da ações cambiais de importação e exportação são realizadas nesta moeda.

        Os tramites de importação e exportação influenciam diretamente na vida da população brasileira, graças ao auto consumo de importados que são consumidos pelo país. Desde matérias-primas base, passando por produtos alimentícios e chegando a mercadorias finais de alta tecnologia. Muito do que é consumido no país vem de fora. Sendo assim, qualquer oscilação desta moeda ou qualquer crise no mercado econômico internacional repercute em nossa nação.

        Amparando-se nisso, se busca através deste artigo discorrer a respeito dos impactos que essas oscilações da moeda internacional têm em no Brasil. Buscando-se de maneira imparcial formar opinião critica do leitor a respeito do tema abordado


1. POLÍTICA CAMBIAL

         Para que possamos entender o âmbito trabalhado, faz-se necessário que entendamos razoavelmente a política cambial. Política esta que tem como principal objetivo manter o equilíbrio no fluxo de entrada e saída de moeda estrangeira de forma que a taxa de câmbio possa se manter em um patamar que atenda os interesses do governo no cenário econômico que o país se encontra.

O objetivo é sempre buscar um equilíbrio, evitando alterações bruscas da taxa de câmbio e dos preços influenciados por ela. Estas mudanças bruscas sempre prejudicam as empresas, população e governo. É papel do Banco Central adotar medidas para evitar a variação rápida do valor da moeda.
Na política cambial, existe três tipos de regimes:

No regime de câmbio flutuante, a taxas são definidas apenas pelo mercado. O preço da moeda é estabelecido livremente pelas leis de oferta e procura, sem interferência do Banco Central.

No regime de câmbio fixo o Banco Central age efetuando a compra e venda de toda a oferta ou demanda disponível para evitar que ocorram variações nas taxas de câmbio. Para utilizar o câmbio fixo é necessário que o país tenha uma grande reserva de dólares. Quando falta dinheiro o país se vê obrigado a pedir empréstimos internacionais, já que não pode imprimir dólares.

O regime de câmbio misto é a união do câmbio fixo e câmbio flutuante. Entre 1994 e 1999 o Brasil utilizou o regime misto através das chamadas bandas cambiais. O governo estabelecia um valor mínimo e um valor máximo para o dólar e deixava o preço flutuar dentro desta faixa. O Banco Central intervia no câmbio (comprando ou vendendo dólares) quando o preço da moeda ultrapassava o piso ou o teto estabelecido por ele.

2. DÓLAR, A MOEDA INTERNACIONAL

        No principio da economia, ainda de forma bem simples e sistemática, sem ter sido cunhado ainda os complexos e subjetivos conceitos econômicos que conhecemos hoje a acumulação de reservas era feita principalmente a partir do ouro. Entretanto, esta prática que foi sendo deixada de lado com a chegada da Primeira Guerra Mundial e a modernização dos conceitos ligados a economia. Muito embora já presente neste período da história foi somente após a Segunda Guerra Mundial que o uso do dólar americano teve um aumento significativo. Crescente uso que fez com que hoje o dólar alcançasse a importância que possui, sendo considerado uma moeda internacional.

        Apesar de o dólar ter uma maior concentração nos EUA e ser este o país que o encadeia os impactos que neste trabalho exploramos, muitos são os países que possuem o dólar como moeda ofcial ou de livre circulação. Entre eles destacam-se: Austrália, El Salvador, Zimbábue, Trinidad e Tobago, Barbados, Bahamas, Ilhas Cook, Belize, Bermuda, Equador, Brunei, Ilhas Cayman, Suriname, Singapura, Ilhas Salomão, Fiji, Guiana, Nova Zelândia, Hong Kong, Jamaica, Namíbia e Libéria. Destacando que Porto Rico, Equador e El Salvador são incapazes de emitir moeda, uma vez que eles adotaram o dólar dos EUA como moeda oficial.

3. O PODER DE COMPRA DO POVO BRASILEIRO NO EXTERIOR

As pesquisas mostram que os gastos de brasileiro no exterior caiu 16,5% em 2016 e foi o menor em 7 anos. Os brasileiros gastaram US$ 14,497 bilhões em viagens internacionais no anos citado, queda de 16,48% em relação a 2015 (US$ 17,357 bilhões). É o menor valor em sete anos, desde 2009 (US$ 10,898,2 bilhões), descrito pelo portal UOL (Acesso em 10 out. 2017).

Os gastos de brasileiros no exterior ficaram em 1 510 bilhão de dólares (cerca de 4,71 trilhões de reais) em junho de 2016, segundo o Banco Central O valor superou o que foi registrado no mesmo período do ano passado em 10%, quando os consumidores gastaram 1,372 bilhão de dólares (4,28 trilhões de reais). Estes números nos mostram que a instabilidade do valor do dólar e a elevação exacerbada em relação ao real, fizeram com que gerasse uma intimidação coletiva em grande parte da população.

Essa insegurança fez com que o poder de compra do povo brasileiro no exterior diminuísse significativamente. Tanto compras diretas, ou seja feitas por brasileiros em solo internacional, quanto as indiretas, feitas por brasileiro em solo brasileiro via internet.

O pânico coletivo formado persistiu nos seis primeiros meses do ano, o brasileiro gastou 8,473 bilhões de dólares (cerca de 26,4 trilhões de reais), valor 34,8% maior do que em 2016, quando o Brasil havia contabilizado 6,532 bilhões de dólares (aproximadamente 20,4 trilhões de reais), porém, menos do que nos anos de 2014 e 2015, anos em que o dialogo comercial direto entre consumidores e comerciantes internacionais estava agusado.

4. O AUMENTO DOS PREÇOS DE PRODUTOS IMPORTADOS

Os reflexos causados pelas oscilações não ficam restritas só as compras feitas no exterior, mas também as compras e consumo feitas em solo brasileiro de produtos importados via importadoras. O aumento dos produtos importados está diretamente ligado a taxa de câmbio, que é referência da moeda nacional com relação à moeda estrangeira. Uma elevação da taxa de câmbio representa uma desvalorização do real com relação ao dólar. Ao contrário, uma diminuição da taxa de câmbio representa uma valorização do real com relação ao dólar.Uma desvalorização cambial tende a desestimular as importações e estimular as exportações, pois no mercado interno encarece os bens importados e aumenta a renda dos exportadores. 

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