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1984: UMA ANÁLISE SOBRE O LIVRO

Por:   •  9/11/2017  •  Artigo  •  1.804 Palavras (8 Páginas)  •  1.143 Visualizações

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1984: UMA ANÁLISE SOBRE O LIVRO

RESUMO

A obra literária “1984” foi texto de George Orwell e até mesmo deu origem ao filme de mesmo nome. A sociedade dentro do universo do livro vive sob um regime totalitário e tem todo seu cotidiano minuciosamente monitorado por telas que estão em toda parte. Esta análise procura compreender mais especificamente a questão do controle da informação impregnada a essa sociedade e os métodos utilizados para manipular as verdades divulgadas.

Palavras-chave: 1984; manipulação; informação; controle.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO; 1. ONDE SE PASSA A HISTÓRIA DESCRITA; 2. A MENTIRA TORNA-SE VERDADE E DEPOIS MENTIRA OUTRA VEZ; 3. BIG BROTHER, PROGRAMA DE TELEVISÃO; 4. 24 HORAS DO GRANDE IRMÃO; 5. FORMULAÇÃO DE JACQUES WAINBERG; 6. O GRANDE IRMÃO ESTÁ DE OLHO EM VOCÊ; 7. AS NUANCES DA DISTOPIA A REBELIÃO; CONSIDERAÇÕES FINAIS; REFERÊNCIAS.

INTRODUÇÃO

Os governantes cada vez mais adequados a mídia training e partidos políticos e seus integrantes lidando com a informação da forma que melhor condiz ao interesse próprio, se faz obrigatória a leitura pelo acadêmico de direito à obra: 1984. Só a menção ao título desencadeia uma avalanche de associações mentais: comunismo, polícia, política, nazifacismo, tortura. O texto do livro angariou fama por lidar de forma ficcional de uma das grandes tristezas contemporâneas, o totalitarismo.

Sendo a obra escrita pelo jornalista, ensaísta e romancista britânico George Orwell e publicado em 1949, o texto surgiu anunciado à polêmica. Foi traduzido em 65 países, virou minissérie, filmes, inspirou quadrinhos, mangás e até uma ópera.

O livro recebeu novo fôlego junto a mídia em 1999, quando a produtora holandesa Endemol denominou seu reality show, formato que chegou à TV nos anos 1970 de Big Brother, o mais aterrorizante personagem, ou melhor, personagem do livro. O desenvolvedor da idéia, John de Mol, contra diz a inspiração, mas há outras associações possíveis além do nome do programa.

A procedência do título 1984 é incerta. Segundo pessoas próximas a George Orwell o mesmo gostaria do título O Último Homem da Europa, mas o editor do livro Frederick Warburg foi radical em relação ao nome de “1984”. Como o livro foi finalizado em 1948 inverteram os dois últimos dígitos e ali estava uma maneira de dizer que a distopia descrita não era uma ameaça distante.

1. ONDE SE PASSA A HISTÓRIA DESCRITA

No enredo que tem Londres como cenário (na fictícia Oceania), tudo gira em torno do Grande Irmão. “Quarenta e cinco anos, de bigodão preto e feições rudemente agradáveis”, o Big Brother é o líder máximo. Assumiu o poder depois de uma guerra de escala global (análoga à Segunda Guerra, porém com mais explosões atômicas), que eliminou as nações e criou três grandes estados transcontinentais totalitários. A Oceania reúne a ex-Inglaterra, as ex-Américas, ex-Austrália e Nova Zelândia e parte da África. É um mundo sombrio e opressivo, cartazes espalhados pelas ruas mostram a figura bisonha da autoridade exercida pelo grande irmão.

O livro descreve uma sociedade onde o Estado se inflige sobre todos osinteresses sociais, entusiasma a história do povo e seu passado, dilata um novo idioma, além de abusar e atormentar os indivíduos que resistem, de qualquer forma, contra o regime impetrado. A absorção da informação no livro 1984 é representada pelo meio da teletela, uma espécie de rede televisiva alojada por toda a cidade, até mesmo dentro das residências, rádio e cartazes aderentes pelas paredes – são elementos fixamenteatualizados e os personagens são forçados a ver e ouvir as notícias repassadas.

No entanto, uma grande e relevante observação: os noticiários são inteiramente governamentais. Assim sendo, todo o princípio de produção e divulgação da notícia é circunspecto. Portanto, é terrível perceber os artifícios de criação de notícias, deformidade de informações e eliminação delas. Winston Smith, personagem principal do livro em questão, é funcionário do Ministério da Verdade – ironicamente, o setor responsável por transformar informações já publicadas em jornais antigos e anunciar de convenção com ordens superiores.

2. A MENTIRA TORNA-SE VERDADE E DEPOIS MENTIRA OUTRA VEZ

Importante advertir que, em determinada passagem do livro, Winston afirma: “A mentira torna-se verdade e depois mentira outra vez”, aceitando claramente que os conhecimentos são manipulados emcombinação com o andamento e interesse do Estado, mesmo que essa subversão constitua mentir e desmentir. “Existe a verdade e a não-verdade”, escreveu Winston em seu diário secreto. O protagonista ao lidar com o ofício direto no Ministério da Verdade, ele sabia de todas as nuances e como eram arquitetadas as falácias. A informação adequada já chegava seguida das alterações a serem realizadas.

A obra literária apresenta como as notícias estão sendo manipuladas pelo governo e falsas tanto no texto quanto na edição de imagens. Edição, esta, que se desdobra exatamente no oposto da informação verídica, favorecendo a idéia que o “editor” quer repassar. Não existe preocupação alguma com a veracidade, apenas em captar imagens que caibam como ilustrações para a notícia que o governo quer repassar.

Na obra literária, a passagem de tortura de Winston é seguida deste fragmento: Qualquer coisa podia ser verdade. Eram tolices as chamadas leis naturais. Era bobagem a lei da gravidade. Se eu quisesse, dissera O'Brien, "eu poderia flutuar no ar como uma bolha de sabão". Winston raciocinara. "Se ele pensa que flutua no ar, e se eu simultaneamente pensar que o vejo flutuando, então a coisa de fato acontece. De repente, como um destroço submerso que aflora à tona, um pensamento rompeu-lhe no cérebro: "Não acontece de fato. Nós é que imaginamos. É uma alucinação.

3. BIG BROTHER, PROGRAMA DE TELEVISÃO

O Andamento, então, assim que o Governo ponderava a manipulação da informação. Se eles reproduzissem aquelas informações e arranjassem para as pessoas confiarem que a situação estava, realmente, muito boa, uma forma de alucinação coletiva seria gerada para responder positivamente aos interesses do regime. Pode-se relacionar a questão da edição de imagens com o atual Big Brother, programa de televisão no qual os participantes se submetem

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