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A A ARTE DE PESQUISAR

Por:   •  17/4/2018  •  Resenha  •  493 Palavras (2 Páginas)  •  574 Visualizações

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RESUMO DO LIVRO “A ARTE DE PESQUISAR”( PAG. 44 A 67), MIRIAN GOLDENBERG

A autora inicia o texto falando acerca das diferenças dos métodos quantitativo e qualitativo de pesquisa. Afirma que o método qualitativo não é bem visto por muitos pesquisadores, pelo fato de os mesmos considerarem esse método menos objetivo e sujeito a mais influências e preconcepções do pesquisador.

Porém, Mirian cita o cientista social Becker, que afirma que o método de pesquisa qualitativa é menos sujeito a bias (parcialidade) do que o método quantitativo. Isso, porque no modo qualitativo de pesquisa, o pesquisador interessa-se mais em apresentar uma visão mais detalhada e específica acerca do grupo ou questão analisada, o que precisa, para isso, um convívio mais aprofundado com o mesmo e um desfoque na frieza numérica, forçando-o a descrever, inclusive, o que não lhe seria de interesse. Ademais, o pesquisador deve deixar claro em sua conclusão de trabalho, as suas pré-noções que possuía sobre o estudo, afim de evidenciar qualquer subjetividade presente neste.

Ao finalizar esta primeira parte, a autora afirma que o método qualitativo não se preocupa em produzir generalizações, mas sim em produzir descrições densas e refletidas acerca de determinado objeto de estudo. Nesse sentido, a quantidade de dados, números, tabelas e indivíduos analisados é trocada pela intensidade e imersão completa nos fenômenos observados.

A seguir, Goldenberg analisa as problemáticas envolvidas no método qualitativo. Um dos principais desafios desse método se dá pela falta de critérios e de regras básicas que orientem o trabalho do pesquisador. Desse modo, a percepção acerca dos dados a serem coletados, como descrever fenômenos e tudo que envolve o trabalho desse pesquisador envolve muito sua experiência e capacidade de análise.

Ademais, como o trabalho qualitativo demanda maior trabalho de campo e envolvimento mais próximo e contínuo com o objeto de estudo, corre-se o risco de o cientista social integrar-se a tal ponto no meio de pesquisa, que chegue a tornar-se um “nativo”. Nesse ponto hiperbólico de análise, o pesquisador deixa de registrar em suas pesquisas as práticas e os costumes que, agora, passam a ser vistos como normais e hodiernos por ele.

Em seguida, destacam-se as características que tornam o trabalho de campo complexas para o investigador. O convívio contínuo com os indivíduos em estudo pode gerar inúmeros constrangimentos originados pelas interações sociais, como oferecimento de favores, de pedidos indevidos, etc., que, segundo a autora, devem ser reportados nos estudos, de modo que não se omita nada, inclusive os percalços e os desencontros do processo.

Para finalizar, Goldenberg cita a importância da interdependência dos métodos qualitativos e quantitativos. Eles não devem ser tomados de forma isolada e desconexa, a fim de que se tenha um resultado mais abrangente e conclusivo. Assim, os dados coletados devem ser complementados e analisados à luz dos questionários levantados pelo método qualitativo. Está cada vez mais claro que os dois tipos de metodologia apresentados são complementares e não excludentes, de modo que cabe ao pesquisador analisar qual o melhor a ser empregado na pesquisa.

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