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A Antropologia Geral e Jurídica

Por:   •  20/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  855 Palavras (4 Páginas)  •  215 Visualizações

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Universidade Federal do Amazonas – UFAM

Faculdade de Direito – FD

Disciplina: Antropologia Geral e Jurídica

Docente:

Discente:

Nº. de matrícula:

FICHAMENTO DE CITAÇÃO

Cunha, Manuela Carneiro da. Índios no Brasil: história, direitos e cidadania- 1ª edição -São Paulo: Claro Enigma.

 Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha é uma grande entusiasta dos direitos indígenas e foi presidente notável da Associação Brasileira de Antropologia por dois anos consecutivos. Manuela Carneiro é graduada em matemática pela Faculdade de Ciências de Paris, possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas, foi professora em universidades brasileiras e dos Estados Unidos. Manuela Carneiro possui um grande histórico de feitos em prol do reconhecimento e manutenção de direitos indígenas, suas obras abordam a contribuição inestimável dos indígenas para a construção do Brasil em diversos segmentos do conhecimento, principalmente no meio ambiente.

A autora trata inicialmente de levantar o contexto histórico da colonização na América muito antes da chegada dos europeus, dessa forma sugerindo como as comunidades indígenas se formaram no que hoje corresponde ao território brasileiro, levantando e questionando hipóteses como a da chegada dos primeiros habitantes da América do Sul pelo Oceano Pacífico ou pelo estreito de Bering em torno de 10.000 (dez mil) até 35.000 (trinta e cinco mil) anos atrás. Ainda temos a abordagem a respeito da dizimação indígena feita pelos colonos através dos massacres e com as doenças carregadas por eles que resultaram em epidemias descontroladas nas comunidades nativas, e também as guerras travadas pelos indígenas que resistiam à escravidão bem como lutavam contra outras tribos que como destaca a autora se alistavam contra seu próprio povo. Trazendo dados de pesquisas feitas na era moderna, constata-se que o número de descendentes diretos de indígenas está na faixa dos mil enquanto que há 300, 400 anos atrás eram de milhões. O escambo e brigas por território de certa forma uniram os agora colonos da coroa portuguesa e os indígenas entre 1600 e 1700, mas claramente não era uma trégua. Concluindo o levantamento histórico, a autora nos apresenta a criação de entidades, direitos e políticas que propriamente irão proteger os poucos índios que restam no Brasil no início do século XX, criticando a corrupção presente nas  primeiras entidades de proteção ao indígena e a falta de consciência histórica da sociedade e do poder público.

 

“Está presente a história também no fracionamento étnico para o qual Taylor chama a atenção e que vai de par, paradoxalmente, com uma homogeneização cultural: perda de diversidade cultural e acentuação das microdiferenças que definem a identidade étnica. É provável assim que as unidades sociais que conhecemos hoje sejam o resultado de um processo de atomização cujos mecanismos podem ser percebidos em estudos de caso como o de Turner sobre os Kayapó, e de reagrupamentos de grupos linguisticamente diversos em unidades ao mesmo tempo culturalmente semelhantes e etnicamente diversas, cujos exemplos mais notórios são o do alto Xingu e o do alto rio Negro”. Pg- 13.

“Povos e povos indígenas desapareceram da face da terra como consequência do que hoje se chama, num eufemismo envergonhado, “o encontro” de sociedades do Antigo e do Novo Mundo. Esse morticínio nunca visto foi fruto de um processo complexo cujos agentes foram homens e micro-organismos, mas cujos motores últimos poderiam ser reduzidos a dois: ganância e ambição, formas culturais da expansão do que se convencionou chamar o capitalismo mercantil. Motivos mesquinhos e não uma deliberada política de extermínio conseguiram esse resultado espantoso de reduzir uma população que estava na casa dos milhões em 1500 aos pouco mais de 800 mil índios que hoje habitam o Brasil”. Pg- 14.

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