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DIREITO PRÁTICA SIMULADA

Por:   •  3/9/2021  •  Abstract  •  3.543 Palavras (15 Páginas)  •  163 Visualizações

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EXCELENTÍSSIMO SEN HOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FED ERA L  

 

 

PARTIDO POLÍTICO BETA, agremiação política, com representação no Congresso Nacional, inscrito no CNPJ  sob  nº  ________,  com sede na _______, e - mail  ________, neste ato representado por seu presidente, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade n° _______,  inscrito no CPF sob n°  _______,  com endereço na  _______,  e -mail  _______, vem, por seu advogado,  com endereço profissional na rua  _______, e- mail  ______,  onde recebe intimações, conforme  art. 106, I do CPC , propor

 

ARGUIÇÃO DE DESCUM PRIMENTO DE PRECEITO FUNDAM ENTAL COM  

PEDIDO LIMINAR  

 

pelo rito especial, da Lei Orgânica do Município Alfa, pelos argumentos de fato e de direito a seguir expostos:

 

D OS FA TOS  

 O Prefeito do Município Alfa, preocupado com a adequada conduta no seu mandato, procura o presidente nacional do seu partido político Beta, o qual possui representação no Congresso Nacional, e informa que a Lei Orgânica do município Alfa, publicada em 30 de maio de 1985, estabelece, no seu art. 11, diversas condutas como crime de responsabilidade do Prefeito, entre  elas  o não  ate nd ime nto,  a inda  q ue  ust ific ado,  a  pedido  de  info r maçõ es  da  C âma ra  M unic ipa l,  inc lus ive  co m  pre vis ão  de afasta me nto   imed ia to  do  Pre fe ito  a  pa rt ir  da  abert ura  do  p rocesso   po lítico.  I n fo r mo u,  ta mbé m,  q ue  a  me s ma  Le i  Or gâ nica,  e m  se u  art.  12,  co nté m  pre visão  q ue  de fine  a  

co mpetê nc ia  de  p rocessa me nto   e  j ulga me nto  do  Pre fe ito  pe lo   co me t ime nto  de   cr imes  

co muns pe ra nte  J ust iça  Es tad ua l de p r ime ir a  instâ nc ia. Por   fim,  infor mo u q ue,  e m ra zão  

de  d isp uta  po lít ica   loca l,  ho uve  rec e nte  r eprese ntação  o ferec ida  por  Vereado res  da  

opos ição co m o ob jet ivo de  insta urar pro cesso de ap uração de c r ime de respo nsab ilidade  

co m  funda me nto  no  re fer ido  art.  11  da  Le i  O r gâ nica,  a  q ua l  poderá  se r  a na lisada  a  

qua lq uer  mo me nto.  O  impe tra nte,  após  o  de vido  t râ mite  inter no  e stabe lec ido  no  se u

estat uto, co nc lui  q ue a   nor ma  munic ipa l  está  e m d is so nâ nc ia  co m a C RFB /88 dec id indo  

adotar pro vidê nc ia j ud ic ia l e m r e lação ao  te ma.  

 

D OS FUN D AM EN TOS  

 Com  le gitimidade a mparada  no a rt. 102, § 1 ° da CRF B/88 , a  saber :  

 

“Art.   102.  Co mpet e  ao  S upre mo  Tr ib una l  Fede ra l,   prec ip ua me nte,  a  

guard a da C onstit uiç ão, cabe ndo- lhe :

(...)  

 

§1°  A  ar güição  de  desc umpr ime nto  de  prece ito  funda me nta l,  

decorre nt e  desta  Const ituiç ão,  será  aprec iada  pe lo  S up re mo  Tr ib una l

Federa l,  na  fo r ma da  le i. ”  

 Ass im, a  pre se nte  A DPF  fund a - se  no  te xto  co nst ituc io na l  me nc io nado,  e,

a inda,  na pre visão do ar t igo 1º, §  único e  inc iso  I da L e i  nº 9.882/99 :  

 

“Art.   1º  A   ar güição  pre vis ta  no  §  1º   do  ar t.  102  da  C o ns t it uição   F edera l

será  propos ta  pera nte  o  S upre mo  Tr ib una l  Fed era l,  e  terá  po r  obje to

evitar  o u  repara r  lesão  a pr ece ito  fund a me nta l,  res ulta nte de  ato  do P ode r

Púb lico.  

 

Parágra fo  único.  C aber á  ta mbé m  ar güiç ão  de  desc umpr ime nto  de

prece ito  funda me nta l:  

 

I  -   quando  for  r e le va nte  o  fund a me nto  da  contro vér s ia  co ns t ituc io na l

sobre  le i  o u  ato  no r ma t ivo  federa l,  es tad ua l  o u  munic ipa l,  inc luídos  o s

anter io res à Co ns t it uição. ”  

 A  prese nte  ação,  nos  ter mos  do  ar t.  103,  VII I  da  C RFB /88,  a mpa ra  a

le git ima ção  ativa  para  se u  a j uiza me nto,  reca indo  sobre  os  q ue  tê m  d ire ito  de  propor  a

Ação Dire ta de I nco nstit uc io na lid ade, co nst a ntes  no  ro l do  re fer ido ar t igo.  

É  sab ido  q ue  o  te xto  do  ar t.  2°  da  CRF B/88  ga ra nte  a  indepe ndê nc ia  e

har mo nia   e nt re  os   P oderes,   pr inc ip io  es te  não   resp e it ado  pe lo   le gis lat ivo  do  munic íp io  

A lfa.   N ão  se ndo  ad mit ida,  a inda,  a  vio lação  do  ar t.  22,  I,  d a  C RF B/88,  q ue  co nfir ma  a  

co mpetê nc ia  p r iva t iva   por   parte  da   U nião  pa ra  le gis lar   sobre   d ire ito  c ivil,  co merc ia l,  

pena l  p rocess ua l,  e le ito ra l,  a grá r io,  ma r ít imo,  aero ná utico,  espac ia l  e  do  traba lho,  te ndo  

e m  vis ta  q ue   a  matér ia  d isc ut ida,  ser  de   d ire ito   pe na l,   ocorre ndo   e ntão   vio lação  de  

pr inc íp io  fede rat ivo.  

É  sab ido,  co nfo r me  o  q ue  presc re ve  o  a rt.  29,  X  da  C RFB /88,

o julga me nto  do  Pre fe ito  pera nte  o  Tr ib una l  de  J us t iça,  e m  acordo  co m  o  te xto  da

Súmula V inc ula nte 46 do S TF q ue re ge :  

“A  de finição  do s  cr imes  d e  respo nsab ilidade  e  o   estabe lec ime nto  das  r espectivas  

nor mas de p rocesso e  j ulga me nto  são de co mp etê nc ia  le gis lat iva pr iva t iva d a U nião. ”

N este se nt ido obser va mos o  j ulgado :  

 

“C o nfor me  d ispo sto  na  S úmula  V inc ula nte  46,  a  de finição  dos  cr imes  de

respo nsab ilidad e  e  das  respectivas  nor ma s  de  processo  e  j ulga me nto  é  de

co mpetê nc ia  le gis la t iva  pr ivativa  da  U nião.  No  que  co nce r ne  ao  re gime

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