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Fichamento Primeira Seção - Immanuel Kant - Metafísica dos Costumes

Por:   •  2/6/2018  •  Resenha  •  812 Palavras (4 Páginas)  •  666 Visualizações

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Immanuel Kant, Fundamentos da Metafísica dos Costumes – Primeira Seção

Referência do texto base: KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes.

Tradução de Paulo Quintela. In: “Kant (II) – Coleção Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

Temas: boa vontade; vontade conforme dever e por dever; máxima; respeito à lei moral;

Objetivos: a. conceituar a boa vontade b. introduzir o indivíduo a ações morais definidas por suas motivações  

Tese principal:

A boa vontade torna os homens melhores e propicia a felicidade; uma ação praticada só será boa se a motivação do indivíduo for a boa vontade aliada a razão, ou seja, fazendo isso realmente pensando em sua boa vontade.

Tese 1

→ “ A boa vontade não é boa por aquilo que promove ou realiza, pela aptidão para alcançar qualquer finalidade proposta, mas tão somente pelo querer, isto é em si mesma, e,  considerada em si mesma, deve ser avaliada em grau muito mais alto do que tudo o que por seu intermédio possa ser alcançado em proveito de qualquer inclinação, ou mesmo, se se quiser, da soma de todas as inclinações.” (p.23)

Segundo Kant, a boa vontade não é a força de realizar algo de forma bondosa ou benéfica, ela é um querer que move o homem a realizar algo da melhor maneira, com moderação em suas ações de forma que não se tornem más. Além disso, uma ação não pode ser considerada boa por sua utilidade. Dessa forma, a valoração não se dá por suas consequências e sim pela sua motivação, seu dever. Logo, se a boa ação não for considerada útil ela não será desvalorizada em relação a outras boas ações, mas, se coincidentemente ela for tida como útil também não haverá uma melhor valoração dela. Sendo assim, a visão de Kant se mostra contrária ao utilitarismo de Mill e Bentham.

Tese 2

→ “Uma ação praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; não depende portanto da realidade do objecto da ação, mas somente do princípio do querer segundo o qual a ação, abstraindo de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada.” (p.30)

Para Kant há dois tipos de ações: por dever e conforme o dever.  Aquelas que são por dever são norteadas – motivadas - pela ideia de boa vontade, o sujeito age de acordo com ela aliada a sua razão, promovendo uma boa atitude verdadeira. Dessa forma, se o indivíduo praticar uma ação considerada boa, mas, com o intuito de receber algo em troca, como honras ou benefícios, essa ação não é verdadeiramente boa, já que,a sua máxima não era a boa vontade, sendo assim, conforme o dever, já que, foi praticada da mesma forma que a boa ação, mas, com motivações que não são a boa vontade, o conceito também é válido para atitudes conforme tradição, em que não há um raciocínio na ação e ela é praticada por costume. Podemos ilustrar esses conceitos com o exemplo de alguém que acha uma carteira perdida no campus: a) se a pessoa que achou essa carteira entregar ao dono por acreditar ser uma atitude correta está agindo por dever  b) se a pessoa que achou essa carteira entregar ao dono por acreditar que será beneficiado com uma recompensa por isso está agindo conforme o dever, já que,  agiu da mesma maneira que pelo o dever, mas, com uma motivação diferente da boa vontade.  

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