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NEGÓCIOS SOCIAIS, MODELO A SER SEGUIDO PELAS PEQUENAS ENTIDADES DE PRÁTICA DESPORTIVA

Por:   •  21/1/2019  •  Monografia  •  11.205 Palavras (45 Páginas)  •  184 Visualizações

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JOÃO FILIPE BALDUINO DE SÁ

TEMA: NEGÓCIOS SOCIAIS, MODELO A SER SEGUIDO PELAS PEQUENAS ENTIDADES DE PRÁTICA DESPORTIVA

Salvador

2018

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS JURÍDICOS E EMPRESARIAS-FACULDADE BRASILEIRA DE TRIBUTAÇÃO

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JOÃO FILIPE BALDUINO DE SÁ

NEGÓCIOS SOCIAIS, MODELO A SER SEGUIDO PELAS PEQUENAS ENTIDADES DE PRÁTICA DESPORTIVA

Trabalho de conclusão de curso de pós-graduação em Gestão, Marketing e Direito Desportivo da Faculdade Brasileira de Tributação

Salvador

2018

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        4

1 –NEGÓCIOS SOCIAIS, ALTERNATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE        5

2- GESTÃO ESPORTIVA E EMPREENDEDORISMO SOCIAL        9

2.1 – Responsabilidade social        12

3-LEGISLAÇÃO E MARCOS REGULATÓRIOS        13

3.1-Do regime societário nos negócios sociais        15

4-BUSINESS PLAN (PLANO DE NEGÓCIOS)        17

4.1- Modelo Canvas        18

5-GESTÃO PROFISSIONAL SE FAZ COM GESTORES PROFISSIONAIS        20

6- NEGÓCIO SOCIAL, DISRUPTIVO E INOVADOR        22

6.1- Governança e Transparência        24

6.3- Redução da vulnerabilidade social        27

6.4-Aspecto inovação        28

7- CONCLUSÃO        29

8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        30


INTRODUÇÃO

        As entidades de prática desportiva, principalmente as menores, estão com estruturas precárias e afundadas em dívidas. De fato, não conseguem cumprir sua missão social de desenvolvimento do desporto com eficiência.

        Milhões de jovens moram em comunidades carentes de serviços públicos, de saneamento básico e lazer. Seus direitos fundamentais são extirpados diariamente, sua juventude é tolhida e seu futuro segue cada vez mais incerto.

        Alguns heróis se esforçam com recursos próprios para prover o mínimo de lazer e dignidade a esses jovens, contudo, fazem sem apoio, estrutura e planejamento. Por que essas iniciativas não podem ser profissionalizadas e libertadas do isolamento? Quantas iniciativas empreendedoras poderiam crescer juntas com o devido suporte e técnicas de gestão?  Com a finalidade de curar essa dor, o presente trabalho propõe a criação de clubes esportivos, entidades de prática desportiva, em comunidades carentes no modelo de negócio social.

        Mais que um clube que propõe a oferta de práticas esportivas educacionais e recreativas com entretenimento, o negócio social visa se estabelecer como núcleo e motor do empreendedorismo local.

        O negócio social mapeará toda cadeia de consumo e produção local como objetivo de constituir-se como consumidor, distribuidor e vitrine de branding, através da aplicação de estratégias de gestão esportiva e empreendedorismo.

        A comunidade se identificará com os serviços e produtos transformando-se no principal cliente. Afim de colaborar com a formação de um ciclo virtuoso que extrapolará os limites geográficos e econômicos da própria.

        Destarte, por meio das ações do clube, os impactos sociais, a transformação do mindset e da visão empreendedora do jovem carente serão alcançados.

1 –NEGÓCIOS SOCIAIS, ALTERNATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESPORTE

        O capitalismo selvagem e o consumismo trouxeram desequilíbrios de ordem social e ambiental que inicialmente eram ignorados ou subestimados, mas que atualmente passam a ocupar cada vez mais espaço nas discussões e atuação de empresas, governo e sociedade civil. Na tentativa de prover o reequilíbrio social, começam a surgir novos modelos de organizações, os quais têm como intuito a geração de valor social e/ou ambiental além do valor econômico. Esses empreendimentos apresentam produtos e formatos inovadores para atender a uma demanda da sociedade, são os chamados negócios sociais (COMINI, BARKI, AGUIAR, 2012).

        O fenômeno começou com a disseminação do termo empreendedor social nos Estados Unidos e atividades de geração de renda em organizações da sociedade civil, entretanto, hoje apresenta maior complexidade e uma variedade de atores envolvidos, como corporações, ONGs, governos, consumidores, investidores, entre outros (YOUNG, 2008).

        O termo negócio social foi cunhado pelo economista, professor e vencedor do prêmio Nobel da paz, Muhammad Yunus. Yunus nasceu em Bangladesh e se envolveu com uma realidade de pobreza e fome muito séria em seu país (YUNUS, 2010).

        No meio desse cenário de pobreza extrema enfrentada pelas pessoas da região, Muhammad Yunus conversou com algumas pessoas que trabalhavam para manter sua subsistência sem, no entanto, conseguirem sair da situação de miséria. Observou que as mulheres tomavam empréstimos de agiotas e comerciantes com altas taxas de juros. Além disso, elas ainda tinham que vender toda sua produção aos agiotas pelo preço que eles determinassem, tornando-as completamente dependentes e vulneráveis financeiramente. Iniciou um experimento ao emprestar vinte e sete dólares de seu próprio bolso para quarenta e duas mulheres da cidade de Jobra.

        O seu objetivo era permitir que elas tivessem condições de adquirir a matéria-prima para confeccionar seu artesanato, sem depender de agiotas, conseguindo ter uma vida mais digna. O resultado foi surpreendente, pois todos esses empréstimos foram pagos pontualmente.

        Diante disso, teve a ideia de fundar um banco para os pobres, o Grameen Bank, possibilitando replicar esse processo em diversas aldeias próximas a Jobra (YUNUS, 2010).

        O Grameen Bank tornou-se um negócio cuja missão era resolver um problema social e não apenas maximizar lucros. O principal objetivo era resolver o problema da falta de acesso aos serviços bancários das pessoas pobres que viviam na aldeia e em suas redondezas. Dessa forma, permitiu que as mulheres pudessem ser microempreendedoras, melhorando suas condições de vida (YUNUS, 2010).

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