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O Serviço Social posto pelo trabalho tem uma natureza, tem uma estrutura que se articula enquanto totalidade .

Por:   •  4/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.252 Palavras (10 Páginas)  •  345 Visualizações

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 “O Serviço Social posto pelo trabalho tem uma natureza, tem uma estrutura que se articula enquanto totalidade [...]. A totalidade é uma categoria que existe na realidade e que é reconstruída teoricamente enquanto princípio teórico metodológico recuperado para análise social”. [ pag.24]

 

       “[...] Marx sustenta que a teoria é a reprodução ideal do movimento real do objeto ( a ser condicionado), como ele mesmo deixa esboçar, embrionariamente”.”[...]” [pag.25]

 

       “A teoria consiste também num conjunto de princípios e exigências [...] no processo de conhecimento e na atividade transformadora” [...] na teoria marxiana a questão do conhecimento está intensamente ligada com a questão da transformação. O conhecimento visa a transformação que é a prática social”. [ pag.26]

 

       “Na mesma perspectiva, para Yamamoto (1992), teoria é a reconstrução, pelo pensamento, do movimento do real, apreensão de suas contradições, tendências, relações e determinações. Assim, ela serve como referência para uma análise, não podendo ser confundida, contudo, com um modelo a ser seguido, nem podendo ser tomada como absoluta”. [ pag. 26 ]

 

       “[...] a teoria “afirma-se  também, como teoria das possibilidades da ação. Assim, se ele é condição para a explicação do real, é também condição para  desvendar as possibilidades de ação no processo social” ( pag.78- grifo do original). Apesar de possibilitar a ação, o âmbito da possibilidade não é o da efetividade; este é o da prática”. [ pag. 26]

 

       “Yamamoto entende a relação teórico- metodológico como um modo de ler e interpretar a sociedade e os elementos que constituem suas particularidades, assim como forma de se relacionar com o ser social [...]”. [ pag. 26]

 

       “Ler e interpretar o objeto de conhecimento não é, consequentemente, proceder a sua mudança. Portanto [ ...] que a afirmativa na prática a teoria é outra remete a uma expectativa equivocada da categoria dos assistentes sociais em relação à função da teoria e da prática”. [ pag. 27]

 

       “[...] a teoria se distingue da prática, é ato do pensamento, [...] a teoria almeja o conhecimento da constituição do concreto, entretanto esse concreto tem sua gênese na prática, é nela que se expressam as determinações do objeto. Dessa forma, teoria e prática se distinguem ao mesmo tempo é que estabelecem uma relação de unidade”. [ pag. 27]

 

       “[...] na perspectiva do materialismo dialético, na prática a teoria só pode ser a mesma, uma vez que ela é o lugar onde o pensamento se põe. A teoria quer justamente conhecer a realidade, extrair as legalidades, as racionalidades, as conexões, internas postas nos produtos da ação prática dos homens, assim, não há como na prática a teoria ser outra. Essa posição só é verdadeira se considerar por teoria algo pronto, acabado, que se ajusta a uma prática.  Aqui a teoria é constante movimento, movimento que acompanha a prática e pode contribuir com ela. Nas palavras de Chauí ( 1980, pag. 110)”. [ pag. 27-28]

 

       “A teoria, por ser condição para explicar o real, pode contribuir com a descoberta de possíveis ações humanas [...] o âmbito da teoria é o âmbito da possibilidade, ou seja, a teoria possibilita a prática, mas não de forma imediata [...]. Ela pode ter como intenção a transformação social, mas não significa que tal passagem dependa exclusivamente, dela, embora seja uma condição”. [pag.28]

 

       “[...] a teoria tem por lócus de atuação a prática, possibilitando transformações e se alimentando da mesma. Enfim, teoria e prática formam uma unidade, apesar de suas diferenças”. [pag.28]

 

       “A teoria, na concepção marxista, é o resultado de um movimento do pensamento para se aprender o objeto. No caso de uma prática como no Serviço Social, a teoria permite que o sujeito- assistente social- aprenda seu objeto de ação, seu movimento, sua direção, suas contradições [...] o Serviço Social, ao conhecer seus objetos de ação e compreender as demandas por seus serviços, encontra, na teoria social de Marx, os pressupostos e o método para conhecer a realidade  que está posta pela prática social, buscando sua essência”. [ pag.28]

 

       “Os fenômenos tem uma dupla condição: tanto são objetos necessários de conhecimento, porque são processos sociais, como são objetos de intervenção. Dessa forma, o assistente social deve estudá-los como processo social e como indicações que possam subsidiar a intervenção, possibilitando a relação teoria/prática”. [pag.29]

 

       “[...] O que se busca explicitar aqui é o que é teoria e o que é prática no materialismo histórico-dialético, focalizando na concepção de teoria a fim de justificar porque na prática a teoria é a mesma. A teoria e a prática estão subsumidas no processo das objetivações humanas, as quais não são as mesmas para todos os seres humanos. Nas várias objetivações, estão unidas as operações de transformações materiais, ou seja, as concepções práticas e as concepções ideais que as orientam. Tem-se, então, ai, a unidade entre um movimento ideal e a intervenção matéria, entre a teoria e prática. O conjunto das objetivações humanas forma a práxis”. [pag.30]

 

       “[...] pode-se traçar o âmbito da teoria e o âmbito da prática, ressaltando a unidade na diferença. Dessa forma, será possível traçar também a relação plausível entre teoria, prática profissional e o acervo técnico-instrumental, com o intuito de se desmitificar a relação direta  entre teoria-instrumentos e entre prática-instrumentos”. [pag.30]

 

       “[...] é preciso lembrar que a unidade não é sinônima de identidade. Unidade é um vínculo intenso profundo entre diferentes, assim, apesar de formarem uma unidade, há uma diferença entre ambas, à qual vai determinar o âmbito de cada uma delas”. [ pag.30]

 

       “No que diz respeito ao âmbito da prática, [...] a práxis aparecerá como fundamento, critério de verdade e finalidade do conhecimento: “é na práxis que o homem precisa provar a verdade isto é, a realidade e a força, a terrenalidade de seu pensamento”. [ pag.30]

 

       “As várias formas de conhecimento encontram seu alcance e sentido na conexão com a atividade prática, entendida aqui como existência material, social e espiritual do homem [...] nesse sentido, a prática é o espaço onde se origina, realiza-se e se confronta o conhecimento, visto ser onde a realidade se põe”. [pag.31]

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