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Resenha Critica – Introdução do Livro Responsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentavel

Por:   •  13/4/2020  •  Resenha  •  2.332 Palavras (10 Páginas)  •  374 Visualizações

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Resenha Critica – Introdução do Livro Responsabilidade Social Empresarial e Empresa Sustentavel.

O Objetivo do livro é analisar a ética e a responsabilidade social das empresas, reconhecendo que na atualidade é indispensável que os empresários se preocupem com os impactos que suas empresas geram nas sociedades nas quais estão inseridas.  É visando um maior controle sobre esses impactos que as empresas se tornam cidadãs e realmente contribuem para a construção de uma sociedade melhor e bem estruturada.

E é nesse contexto que os primeiros capítulos do livro se desenvolvem; discorrem sobre quais são as principais teorias em relação a administração de empresas que já existiram no mercado mundial, apontando pontos positivos e negativos de cada uma. Mas, anterior a isso, é preciso dar um pouco de atenção ao que vem escrito na introdução, pois ela nos apresenta a conceitos usados no decorrer do livro, que são suma importância para que se tenha uma leitura e compreensão melhor. Alguns desses conceitos são:

  1. Responsabilidade: o autor do livro explica que “responsabilidade de um agente refere-se à obrigação de responder pelas consequências previsíveis das suas ações em virtude de leis, contratos, normas de grupos sociais ou de convicção intima” ou seja, responsabilidade é quando alguém responde pela sua atividade enquanto ocupava um cargo ou função.
  2. Responsabilidade Social Corporativa (RSC): vem do inglês  corporate social responsibility – deve-se ter cuidado ao usar esse termo, pois ele se relaciona apenas a empresas “corporate”. No livro, a expressão que será usada é Responsabilidade social empresarial (RSE).  
  3. Corporate: empresa americanas correspondente as sociedades anônimas de capital aberto e que tem o capital divido em ações e só respondem por dívidas e obrigações proporcionais ao capital que possuem.

Discutidos esses conceitos, o autor faz um breve resumo sobre o que abordará em cada capitulo e passa para o restante do livro.

No primeiro capítulo do livro, o autor inicia o chamado “ enfoque teórico” da sua obra. Nele o autor disserta sobre as principais teorias existentes sobre o tema, como a teoria dos acionistas, teoria das partes interessadas e a teoria contratualista.

O capitulo começa com uma síntese histórica; a discussão sobre responsabilidade social da empresa começou a ganhar destaque significativo a partir da década de 1970, quando grandes empresários como Henry Ford e Andrew Carnegie escreveram livros sobre o tema. Esse último, foi autor do clássico “O evangelho da riqueza”, onde o milionário e filantropo defende que as empresas devem promover o bem-estar coletivo, mas, diferente do que rezava em seus livros, o empresário era conhecido por não ser amigável no tratamento com seus funcionários e controlava diversos setores da economia de acordo com o que lhe agrava e lhe dava mais lucro.

Após a síntese histórica, o autor inicia a discussão sobre as teorias, que são:

  1. Teoria do Acionista:

Essa teoria ganhou vida através de artigos públicos pelo economista Milton Friedman, a partir de 1962. O artigo, que foi publicado pela primeira vez no New York Times, defende que a responsabilidade social da empresa é gerar lucros dentro da lei, ou seja, desde que a empresa esteja seguindo o que está na lei, remunerando corretamente os funcionários e pagando corretamente os impostos, ela está cumprindo o seu papel social. A empresa não tem o dever de aplicar seus lucros na sociedade, pois buscar melhorias no bem público é dever do Estado. O autor ensina que:

Se a empresa está tendo lucro dentro da lei é porque esta produzindo um bem ou serviço socialmente importante e, com isso, ela pode remunerar os fatores de produção (capital e trabalho), gerando renda para a sociedade e impostos para o governo que, este sim, deve aplica-los para resolver problemas sociais, uma vez que são indicados para isso.”.

Esse entendimento passou a ser conhecido como “abordagem dos acionistas (stockholder)” pois era aplicado nas chamadas Corporations, empresas nas quais as pessoas dos sócios e dos administradores são diferentes, e o patrimônio deles com o da empresa não se confundem. Dessa forma, se algum dirigente ou acionista tivesse interesse em praticar doações ou qualquer outro tipo de ação filantrópica, deveria fazê-lo com seu próprio dinheiro.

Friedman defende que os recursos corporativos devem ser usados em benefício da própria empresa, ou seja, atividade filantrópicas patrocinados por empresas seria uma mal uso do lucro empresarial.

Outro autor muito conhecido por defender essa teoria é Adam Smith, que em sua obra “a Riqueza das nações” defende a mão invisível do mercado, a qual é a responsável por “controlar” o mercado. Segundo essa teoria, o bem estar coletivo não é algo que deve ser imposto pele Estado através de leis, e sim algo a ser atingido pela sociedade em “infindáveis ações individuais movidas pelo autointeresse”.

  1. Teoria das Partes Interessadas:

Essa teoria tem como principais defensores os economistas Berle e Means, que diziam que as empresas modernas atingem milhões de pessoas e o poder econômico acaba sendo controlado por porcos. Dessa maneira, sustentar que a empresa gera interesses apenas em seus dirigentes e sócios não é mais algo viável.

A teoria das partes interessadas (stakeholder) veio para se contrapor à teoria dos acionistas (stockholder) e divide as partes interessadas em dois grupos: a) os primários, que são aqueles interessados cujos os quais as empresas são diretamente interligadas e sem eles não sobreviveriam e b) os secundários, que são aqueles que são interesses da empresa ou são interessados por ela, mas as empresas não dependem deles para sobreviver.

  1. Teoria do Contrato Social:

A obra que é creditada pelo início do uso do Contratualismo na responsabilidade social empresarial é a de Donaldson, escrita em 1982. O autor diz que a sua criação foi necessária pois a teoria anterior não estava sendo colocada em prática, e era preciso um novo modelo de gestão empresarial. A teoria contratualista tem precursores de longa data, mas sua aplicação à Responsabilidade Social Empresarial é recente.

A ideia central dessa teoria apoia-se no fato de que os seres humanos, atuando racionalmente, concordam com os termos de um contrato específico, conferindo-lhe autoridade normativa. A concordância deriva do fato de que os termos acordados são benéficos para todos desde que sejam cumpridos por todos. Logo, uma questão crucial desse contrato é saber se os outros irão cumprir o trato. Daí a importância de haver um mecanismo que garante o cumprimento do acordo, sendo esse um dos aspectos problemáticos da teoria.

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