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Transtorno de personalidade psicopática.

Por:   •  9/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.802 Palavras (12 Páginas)  •  326 Visualizações

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Faculdade Estácio CEUT

Coordenação do Curso de Bacharelado em Direito

Disciplina: Direito

Profº: Valeria Alcantara

Transtorno de personalidade psicopática.

Bruna Lorrany;

Bruna Monielly;

Elaine Rodrigues;

Isabel Pinheiro;

Ingridy Braga;

Luan Teles;

Leticia Dias;

Manuel Eduardo;

Selton Pinheiro

Teresina

Junho / 2015

              RESUMO[pic 3]

A psicopatia é um transtorno de personalidade: apresenta, como característica principal, uma alteração de caráter. Essa alteração faz com que indivíduos utilizem ações comportamentais patológicas para controlar e manipular pessoas com mais facilidade, o que pode resultar em danos à sociedade em geral. Existem evidências de que anormalidades cerebrais podem estar relacionadas com o aparecimento de comportamentos semelhantes aos de psicopatas. O presente artigo por meio de revisão teórica nas bases de dados tem por objetivo discutir as características da psicopatia e de forma específica.

Palavras chaves: Personalidade; infância e adolescência; comportamentos antissociais; traços de psicopatia; psicopatia do gênero.

        

SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO; 2.OBJETIVO; 3.METÓDO; 4.RESULTADO; 5.DISCUSSÃO; 6.CONSIDERAÇÕES FINAIS; 7.REFERENCIAS


INTRODUÇÃO

 Os traços de personalidade são expressos por padrões persistentes de perceber, relacionar-se com e pensar sobre si mesmo ou sobre o ambiente. Quando se mostram inflexíveis e desadaptativos para a cultura do sujeito, causando mal-estar subjetivo ou prejuízo funcional importante, podem caracterizar-se como um transtorno. Um transtorno de personalidade (TP), independente de sua tipologia específica, manifesta-se, então, em pelos menos duas áreas da vida, envolvendo a cognição, a afetividade, o funcionamento interpessoal ou controle dos impulsos, não sendo apenas respostam a estressores específicos. Ainda assim, o contato com a realidade mantém-se preservado e, quase sempre, esses traços não são percebidos pelo sujeito como estranhos ou indesejáveis, o qual avalia positivamente (portanto, de modo equivocado) o impacto dos mesmos sobre o ambiente. (Davoglio; Gauer; Jaeger; Tolotti, 2012).

Esses transtornos iniciam-se precocemente e tendem a durar quase toda a vida, sendo relativamente frequentes entre a população geral, com prevalência entre 10 a 13% (Abrams & Horowitz, 1996). Para clínicos e pesquisadores, são transtornos que não surgem de modo repentino, tendo precursores de suas características básicas presentes ainda na infância, consolidando-se e estabilizando-se posteriormente (O'Connor & Dyce, 2001), levando à suposição de que é possível obter indícios diagnóstico, baseados em evidências substanciais, antes da idade adulta. [a][1]

 Examinar a infância e a adolescência contextualizadas com a violência e a criminalidade presentes na sociedade deste século traz a tona questões paradoxais. Se por um lado, crianças e adolescentes são muitas vezes vítimas de abusos, maus tratos e experiências traumáticas, de outro, podem ser agentes de atos violentos, que praticam precocemente e que podem persistir ou se cristalizar ao longo do tempo. Nas suas mais diversas manifestações a violência é aqui entendida, segundo a definição de Michaud (1989), quando durante uma interação um ou vários sujeitos agem, direta ou indiretamente, causando danos a uma ou a mais pessoas em graus variáveis, podendo atingir tanto a integridade física ou moral quanto as posses e participações simbólicas e culturais.

 Considera-se que na infância e na adolescência muitas manifestações de agressividade, impulsividade, ansiedade e, em algumas ocasiões, até mesmo os comportamentos delinquentes, que podem ou não envolver violência, são comuns ou caracterizam apenas sintomas isolados e transitórios. Quando persistentes repetitivos ou violentos passam a ter significado psicopatológico, podendo evoluir ou serem parte um estágio inicial de transtornos só formalmente reconhecidos na idade adulta, como o TPAS (APA, 2002) ou a psicopatia (Hare, 2003).(Davoglio, 2012, p. 454 – 455)

Pesquisadores que se dedicam às investigações empíricas do comportamento infantil envolvendo agressividade, desobediência, intolerância à frustração, oposicionismo, impaciência, fraco controle dos impulsos, fugas, roubos, entre outros, acreditam que essas manifestações podem ser englobadas na definição operacional de problemas de externalização, relacionando-as intimamente com aspectos antissociais. As questões de internalização, por sua vez, ficariam relacionadas aos problemas depressivos, ansiosos, queixas somáticas e retraimento social. Essa terminologia, diferente da encontrada na nosologia clássica, tende a facilitar a descrição de problemas com crianças pequenas, especialmente, ao referir-se às manifestações de externalização, evitando o agravo subjacente à expressão antissocial ou psicopata. Os problemas de externalização e o comportamento antissocial são apontados como os que apresentam maior prevalência na infância entre os meninos, maior estabilidade ao longo do tempo e maior probabilidade de evoluírem para quadros clínicos mais graves na adolescência e na vida adulta, se comparados aos problemas de internalização (Pettit, Bates, Dodge, & Meece, 1999; Wangby et al., 1999). (Davoglio, 2012, p. 455)Por outro lado, quando persistentes, os problemas de externalização abrangem ou associam-se aos sintomas encontrados nos critérios diagnósticos para transtorno de conduta (TC), transtorno desafiador opositivo, transtornos disruptivos e, em parte, para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Segundo diversos estudos revistos por Pacheco, Alvarenga, Reppold, Piccinnini e Hutz (2005) esta relação é mais frequente quanto menor a idade da criança. A tendência permanente para apresentar comportamentos incômodos e perturbadores ao ambiente, o envolvimento em atividades perigosas e até mesmo ilegais são encontrados na essência destes transtornos, especialmente o de conduta. São comportamentos que se caracterizam por causar maior impacto aos demais do que ao próprio sujeito, o qual não apresenta sinais de empatia, sofrimento psíquico ou constrangimento com as próprias atitudes (Earls, 1994). (Davoglio, 2012, p. 455)

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