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A CRISE NA VENEZUELA

Por:   •  6/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  10.194 Palavras (41 Páginas)  •  321 Visualizações

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Sumário

1.        A crise na Venezuela        2

2.        Política        6

2.1 Hugo Chávez e seu mandato        6

2.2 Principais ações politicas no mandato de Hugo Chavez        7

2.3 Principais ações econômicas no mandato de Hugo Chávez        8

2.4 Nicolás Maduro e seu mandato        8

2.5 Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV)        9

2.6 Bolivarianismo        9

2.7 Oposição e Manifestações        10

2.8 Corrupção militar e membros do governo        11

3.        Economia        12

3.1 Base Econômica: Petróleo        13

3.2 Crise Petrolífera        13

3.3 Crise na produção de produtos para necessidades básicas:        13

3.4 Importação:        14

3.5 Inflação e ações de redução (controle de câmbio, desestimulação de investimentos da iniciativa privada):        14

3.6 Pressão dos EUA:        15

3.7 MERCOSUL        15

4.        Segurança e violência na Venezuela        17

5.        O “Sistema de Educação” na Venezuela        18

5.1 Administração e gestão do sistema educativo        18

5.2 Educação sob Maduro        18

5.3 SEM REPROVAÇÕES        19

6.        Sistema de saúde da Venezuela        20

6.1 O colapso na saúde da Venezuela        21

6.2 Tuberculose        21

7.        Crise migratória        22

7.1 Refugiados no Brasil        22

7.2 Alerta de surto de sarampo e serviços sobrecarregados no Brasil.        23

7.3 Número recorde de pedidos de refúgio        24

7.4        Ações Do brasil quanto aos refugiados Venezuelanos        24

  1. A crise na Venezuela

A crise na Venezuela desde 2013 refere-se à crise socioeconômica que a Venezuela sofre desde os últimos meses do mandato de Hugo Chávez, se estendendo ao longo dos anos para a atual presidência de Nicolás Maduro.

A crise afetou o cotidiano dos venezuelanos em diversos níveis, como o aumento do desemprego, o que resultou no surgimento de movimentos sociais que visam à mudança econômica e a um modelo produtivo, bem como questionar o sistema político exigindo uma renovação democrática. A corrupção política, escassez de produtos básicos, fechamento de empresas, deterioração da produtividade e da competitividade e a elevada dependência do petróleo são outros problemas que também contribuíram para o agravamento da crise.

Em 2014, a queda de mais de 50% nos preços do petróleo, que representa a maior parte da renda do país, marcou o início da severa crise econômica na Venezuela, aprofundando ainda mais as tensões entre o governo e uma oposição empenhada em tirar o presidente Nicolás Maduro do poder.

Não é possível se entender a atual crise da Venezuela e tampouco o regime chavista sem se compreender como era esse país antes da “revolução bolivariana” e qual o seu significado geopolítico para os EUA.

A Venezuela está sentada na maior reserva provada de petróleo do mundo. São 298,3 bilhões de barris, ou 17,5% de todo o petróleo do mundo. Este petróleo está a apenas 4 ou 5 dias de navio das grandes refinarias do Texas. Em comparação, o petróleo do Oriente Médio está entre 35 a 40 dias de navio dos EUA, maior consumidor de óleo do planeta.

Essas imensas reservas começaram a ser exploradas no governo de Juan Vicente Gómez (1908-1935).

A renda gerada pela produção e exportação de hidrocarbonetos possibilitou a construção de uma infraestrutura viária e portuária, assim como permitiu a implantação de aparelho de Estado centralizado, que substituiu uma administração fragmentada e difusa.

Contudo, essa consolidação do Estado Nacional venezuelano embasou-se apenas na exportação de petróleo para o mercado norte-americano, o que levou à Venezuela a desenvolver “relações privilegiadas” com os EUA. Tal vinculação econômica e política marcou profundamente a política externa da Venezuela, bem como sua política interna.

Na década de 50 do século passado, a Venezuela já havia se convertido no segundo produtor e no primeiro exportador mundial de petróleo. No entanto, essa notável afluência econômica, obtida numa relação de estreita dependência com os EUA, não se refletia na diminuição de suas graves desigualdades sociais, na diversificação de sua estrutura produtiva e na implantação de um regime democrático estável. Tampouco numa política externa que combatesse seu alto grau de dependência.

Na realidade, esse processo econômico e político marcado por tal profunda dependência resultou em três grandes consequências que têm de ser levadas em consideração em qualquer análise séria sobre a Venezuela:

  1. Um sistema político formalmente democrático, porém profundamente oligárquico.
  2. Uma política externa avessa à integração regional e a uma articulação com outros países periféricos.
  3. Uma estrutura social marcada pela desigualdade e a pobreza.

A situação da Venezuela atual é muito próxima da existente no período 2002-2003.

Com a morte de Chávez, em 2013, a oposição radicalizada da Venezuela, considerou que poderia derrotar facilmente o sucessor na revolução bolivariana.

Entretanto, a vitória de Maduro sobre Capriles, ainda que por pequena margem, frustrou as expectativas da oposição.

Pouco tempo depois, os setores mais radicalizados da oposição venezuelana, liderados por Leopoldo López, iniciaram o processo denominado de “la salida”, que consiste na utilização de manifestações violentas de rua, com a formação de barricadas, as chamadas “guarimbas”, incêndio de edifícios públicos e até mesmo de atos terroristas com o intuito de derrubar o governo eleito.

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