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A EVOLUÇÃO DAS COOPERATIVAS NO BRASIL

Por:   •  8/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.599 Palavras (19 Páginas)  •  246 Visualizações

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A EVOLUÇÃO DAS COOPERATIVAS NO BRASIL 

Suelen Daniel Leonardo Borges

Prof. Ari Belli

Resumo

A sociedade, em momentos de globalização, passa por mudanças sociais, políticas e econômicas, criando a necessidade de organização a fim de um crescimento. Este artigo objetiva retratar a evolução cooperativista e suas vantagens neste atual contexto. No Brasil, as cooperativas de crédito destacam-se no social e economicamente, como via de acesso ao microcrédito. Descreve-se a evolução dos sistemas de cooperativas de crédito brasileiros, por meio de algumas variáveis econômico-financeiras, com dados consolidados no Sistema Financeiro Nacional - SFN, entre 2004 e 2012. Dentro do segmento cooperativo, encontra-se  o Sicoob, o maior dos sistemas do ramo crédito do país e tendo como referência os indicadores analisados no período, o Sicredi  teve o melhor desempenho e visualizou que as cooperativas de crédito atualmente alavancam as operações dos associados e, podem preencher a lacuna do microcrédito. Por uma revisão bibliográfica de autores envolvidos com o tema onde se procura evidenciar as vantagens, o perfil dos cooperativados, os tipos de créditos concedidos e um breve histórico do cooperativismo no Brasil. A contribuição das cooperativas de crédito e sua eficiência econômica foram importantes para o desenvolvimento desde estudo com a pretensão de analisar o cooperativismo, sua evolução e sua diferença perante as demais instituições financeiras.

Palavras-chave: Cooperativismo. Crédito. Sociedade.

1  INTRODUÇÃO

A abertura de mercado trouxe ao cenário atual o desafio das organizações a repensar sobre suas formas de inserção e atuação na nova economia. Uma das ferramentas utilizadas para alavancar o desenvolvimento regional consiste na concessão de crédito por meio de cooperativas. A busca de uma maneira de melhorar a condição dos trabalhadores e dispensar-lhes crédito necessário aos seus segmentos, em forma de poupança, era um objetivo que se fazia necessário na economia mundial.

Uma cooperativa de crédito, segundo Freitas (2010, p. 23) consiste numa “instituição financeira não bancária, com intenção de dar crédito aos seus associados e com seu crescimento diretamente associado à geração de renda e empregos”. O autor chama atenção para considerar sua dimensão econômica onde as cooperativas tornam-se importantes instrumentos de implementação de políticas desenvolvimentistas.

Segundo o Portal do Cooperativismo (2012), o setor atualmente tem o desafio de aumentar sua participação no Sistema Financeiro Nacional. O surgimento de muitas cooperativas de pequeno porte, com restrita área de atuação levou muitas a operarem com risco elevado. O Banco Central, para inibir o surgimento de pequenas cooperativas lançou resoluções exigindo do capital social. Assim sinaliza-se que em breve deverá ocorrer uma forte concentração no setor, o que implicará em redução do número de cooperativas e na presença de um setor cooperativista de crédito mais forte e mais competitivo.

É importante destacar o êxito mais importante do método cooperativo que foi a formação de bancos cooperativos, instituída pelo BC (Banco Central) em 1995. Essa iniciativa trouxe autonomia operacional às cooperativas de crédito e suprimiu a necessidade de acordos com instituições privadas para o atendimento das exigências do sistema financeiro.  Assim, o cooperativismo revelou-se como uma alternativa para os que buscam adequação diferenciada em operações financeiras. As cooperativas favorecem seus associados em torno de objetivos comuns e promovem o crescimento econômico.  De acordo com princípios e valores universais, as cooperativas de crédito contribuem para o desenvolvimento social contra monopólio que exercem as grandes instituições financeiras. (SCHARDONG, 2011)

 A implantação e desenvolvimento de sociedades cooperativas foram dificultados por momentos sociais de crise política e militar, como o período entre as guerras mundiais. Com o fim da Segunda Grande Guerra é que o movimento expandiu-se, consolidando-se na década de 1960. Atualmente existe uma diversificação dos serviços das cooperativas de crédito. Estas instituições financiam inúmeros empreendimentos e, com a expansão do crédito urbano mútuo, estabeleceu-se um campo competitivo com a rede bancária privado e estatal.

As cooperativas bancárias funcionam sem restrições ou privilégios, competindo diretamente com as demais instituições em conformidade com o sistema financeiro vigente. O cooperativismo, mesmo com pequena representatividade econômica, expande-se pelo país. As referências ao cooperativismo em nossa atual Constituição reforçam esta tese:

Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, será regulado em lei complementar, sobre: o funcionamento das cooperativas de crédito e os requisitos para que possam ter condições de operacionalidade e estruturação próprias das instituições financeiras. (Capítulo IV: Do Sistema Financeiro Nacional)

Para Polônio (2009, p. 34), “o crédito mútuo ainda parece se encontrar no nível da caixinha organizada dentro das empresas e essa mudança se dá direcionando as leis financeiras que o Brasil oferece”.

Kiyosaki (2008, p. 11) argumenta,  que “a falta de educação financeira no sistema  é cruel e maléfico, deixando os indivíduos sem alternativas econômicas de buscarem reabilitação financeira”. O objeto social das cooperativas é o desenvolvimento de programas de poupança, uso adequado do crédito, prestação de serviços e uma assistência financeira à seus associados a fim de de fomentar o cooperativismo. As cooperativas de crédito se tornaram  uma força econômico-financeira de grande impacto social para a sociedade. As cooperativas de crédito democratizam o acesso ao crédito, beneficiando a população de menor poder aquisitivo e proporciona um ambiente melhor do que o oferecido no mercado convencional de crédito. 

O conceito defendido por Chiavenato (2006) une “as cooperativas no sentido que seus associados trabalham juntos para atingir propósitos que isoladamente jamais poderiam fazê-lo. As organizações são um sistema cooperativo onde seus membros se dispõem a cooperar entre si intencionalmente  para alcançar objetivos e resultados que individualmente não teriam nenhuma condição de realizar.” O cooperativismo conquistou um espaço definido por uma nova forma de pensar da sociedade. Por sua forma igualitária  é aceito por todos os governos democráticos e reconhecido como maneira de solucionar problemas sócio-econômicos. 

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