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A Economia Circular

Por:   •  4/2/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.059 Palavras (9 Páginas)  •  76 Visualizações

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Economia linear consiste numa dinâmica da sociedade que consiste em compramos e utilizarmos produtos feitos a partir de recursos naturais até serem descartados como resíduos, basicamente, condiciona o crescimento na produção onde a vida útil do material possui apenas cinco etapas:

  • Extração: o recurso natural é retirado do meio ambiente;
  • Processamento: o recurso natural é processado para que se torne matéria-prima;
  • Transformação: fase em que a matéria-prima vai para a indústria, onde é transformada em bem de consumo;
  • Consumo: abrange o período em que uma ou mais pessoas adquirem o bem de consumo e o utilizam. Pode ser por alguns minutos, dias, meses ou anos;
  • Descarte: ocorre quando o bem de consumo deixa de cumprir sua função ou é, simplesmente, substituído por um novo. Nesta economia, ele é descartado mesmo que ainda sirva para outros indivíduos, possa ser adaptado ou reciclado;

A economia linear está por trás de muitos problemas ambientais que existem no mundo atualmente. A obtenção de água potável ficou mais difícil por causa da poluição dos rios, uma questão que não se levantava para as fabricas antigas que despejavam os seus dejetos nas águas sem qualquer penalização antigamente. O aquecimento global e o efeito de estufa têm relação com os buracos na camada de ozono, fruto da libertação de quantidades exageradas de gases poluentes. Podemos perceber que não é um exagero dizer que uma vida sustentável na Terra só é possível com a superação da economia linear, que deverá ser substituída pela economia circular para que os recursos naturais sejam preservados. Esta transição já está a ser realizada por uma serie de empresas visto que a conservação ambiental é cada vez mais exigida à sociedade.

A economia circular é uma nova forma de produzir, consumir e relacionar, ou seja, compramos e utilizamos os produtos, em vez de os descartarmos podemos dar a alguém ou reutilizá-los. Assim, pode-se perceber que esta nova economia é a mais benéfica para o ambiente e prolonga a vida útil dos produtos, não sendo necessário retirar tanta matéria-prima da natureza.

Segundo a Ellen MacArthur Foundation (2017), o conceito de Economia Circular (EC) tem origens profundas e não está ligada a uma data ou único autor, porém sua atuação sobre os processos, tanto econômico, quanto industrial, tomou força na década ISSN 2237-6453 – ano 17 • n. 49 • out./dez. 2019 Economia Circular: estudo de casos múltiplos em usinas de reciclagem no manejo de resíduos da construção civil 141 de 70 pela atuação de um grupo de acadêmicos, líderes e empresas. Geissdoerfer et al. (2017) reforçam que o conceito de EC ganhou impulso já no final da década de 70. A Economia Circular consiste em um ciclo de desenvolvimento que atua de forma contínua e entre suas ações estão a otimização da produção de recursos e minimização de riscos sistêmicos (ELLEN..., 2017). Murray, Skene e Haynes (2017) argumentam que a Economia Circular é a tentativa de integrar os princípios de sustentabilidade e de bem-estar ambiental nas atividades econômicas. Do mesmo modo, Ghisellini, Cialani e Ulgiati (2016) destacam que a EC estabelece um novo modelo de negócios, o qual proporciona condições para o desenvolvimento sustentável e a criação de uma sociedade mais harmoniosa.

A economia circular baseia-se em três princípios fundamentais para poder alcançar um desenvolvimento sustentável:

  • Preservar e aumentar os recursos naturais- os produtos devem ser produzidos através de matérias renováveis. Assim, reduz-se a extração de recursos e há um melhor aproveitamento dos mesmos;
  • Otimizar a produção de recursos- em vez dos materiais se tornarem em resíduos, estes são úteis na produção de novos produtos, garantindo uma circularidade de recursos e evitando a sua extração;
  • Fomentar a eficácia de processos- analise da melhor forma de usar os recursos naturais em prol de objetivos de negócio, mas mantendo o círculo de reaproveitamento contínuo;

Esta nova dinâmica está ligada à sustentabilidade, uma vez que cria formas de tornar a produção mais sustentável, ou seja, menos dependente de recursos naturais para que seja conduzida com sucesso.

Segundo define Rosemary Zamataro, integrante do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema): “Trata-se do desenvolvimento sustentável, uma época de reinvenção, de inovação. É o tempo da ‘virada’ e de pensar em novos paradigmas, ter novas percepções de produtos, pois o sistema linear desperdiça muito material rico”.

Basicamente, a economia circular propõe a utilização da matéria-prima até o seu esgotamento, onde não pode ser mais transformada, reutilizada ou reciclada. Assim, esse material é útil para a humanidade, sem recorrer ao descarte precoce e, muitas vezes, sem qualquer cuidado, que é altamente prejudicial para o meio ambiente.

O plástico, por exemplo, demora centenas de anos para se decompor. Em vez de se deitar a garrafa de plástico fora após se consumir uma bebida, o objetivo é se reaproveitar a garrafa começando pelo reuso para armazenar outro líquido. Se não for possível, a garrafa pode ser enviada a uma indústria que a conserte ou recicle, mantendo-a dentro da dinâmica de consumo, sem poluir o meio ambiente. O impacto da extensão no ciclo de vida de milhares ou milhões de garrafas e outros utensílios de plástico seria menor, fazendo com que fosse extraído uma menor quantidade de recursos ambientais para produzir o plástico.

Não seria necessário extrair tantas matérias-primas, se os produtos que são naturalmente descartados fossem reciclados o que permitiria um menor impacto na natureza. Assim sendo estes produtos que demoram milhões de anos a decompor-se poderiam ser transformados nova matéria, deixando de er resíduos.

Exemplos:

  • Vidro- demora um milhão de anos para se decompor;
  • Latas de alumínio – demoram de 200 a 500 anos a se decompor;
  • Embalagens de papel – levam de 3 a 6 meses para desaparecer no meio ambiente;

A economia circular está inserida no processo de fabricação de itens, tendo algumas etapas em comum com a economia linear. Entretanto, seu formato cíclico possibilita um melhor aproveitamento dos produtos, gerando um impacto menor para a natureza. Podemos descrever essa dinâmica em seis fases:

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