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A Economia Contemporânea Brasileira

Por:   •  30/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  158 Visualizações

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1.1.

Tendo como base econômica a exportação de café e encontrando um cenário externo preocupante por conta de crises  e recessões, o Brasil se viu obrigado a se modificar economicamente. Diminuir a dependência cafeeira investindo no desenvolvimento industrial era o foco do governo brasileiro. Nesse período, o país adotou o processo de Substituição de Importações que buscava o aumento da produção interna do país e a diminuição das importações. Para proteger a indústria nacional de concorrente e incentivar seu crescimento nesse período, o governo adotou algumas medidas extremamente essenciais:

  • Desvalorização Cambial

Quando ocorreu uma desvalorização cambial, a moeda nacional brasileira naépoca perdeu  poder de compra em relação a estrangeira(normalmente odólar). Desse modo, as importações diminuíram porque os produtos estrangeiros se tornaram mais caros e as exportações aumentaram em virtude do barateio dos produtos nacionais. Para a realidade brasileira da época, o café(que era o motor da economia do Brasil) passou a ser mais exportado por conta desta medida de desvalorização cambial. E grande parte do dinheiro gerado pela venda do café, era destinado ao investimento industrial do país.

  •  Controle das taxas de câmbio

Fator extremamente importante para a manutenção do sistema de Substituição de Importações, visto que não deixava a moeda local se valorizar. Dessa forma, a importação continuava reduzida, focando assim no aumento das exportações.

  • Taxas Aduaneiras

Serviu para valorizar o produto nacional, já que para produtos importados eram cobradas elevadas taxas. Dessa forma o produto estrangeiro se tornava muito mais caro, tornando mais vantajoso comprar o produto nacional. Além das elevadas taxas, a desvalorização cambial também elevava o custo dos produtos importados.

1.2.

Ponto de Estrangulamento se refere aos setores da economia que mantém uma baixa oferta de um produto que possui uma alta demanda, que só pode ser superada no longo prazo. Como a demanda é maior que a oferta, os preços são empurrados para cima, aumentando também a inflação.         

Já Ponto de Germinação, é considerado aqueles setores em que o investimento gera importantes demandas derivadas, resultando em novos investimentos, o que sustenta o crescimento da taxa de investimento do país.

Por exemplo, a industrialização no Plano de Metas se dividia em cinco setores: energia, transportes, alimentação, indústria de base e educação. Os três primeiros são pontos de estrangulamento, pois na concepção do governo eram pontos que tinham demandas não atendidas, retardando o crescimento e o desenvolvimento econômico. Já a indústria, por exemplo, seria um ponto de germinação, em que a atividade produtiva criaria renda, empregos e investimentos e, por tabela, a sua própria demanda, a qual impulsionaria a economia – a verdadeira Lei de Say.

2.

Plano de Metas:

O Plano de Metas foi um grande plano implantado pelo presidente Juscelino Kubistchek na década de 50. Tinha como objetivo principal uma rápida industrialização realizada apenas o período de seu mandato. O famoso 50 anos em 5.

De caráter desenvolvimentista, contradizia o interesse dos grandes produtos agrícolas brasileiros pois tinha a intenção de transformar o Brasil num país industrializado.

Com grandes ajuda do BNDES, ou seja, com capital do Governo, o país passou a ser um grande produtor nos setores industriais estratégicos, com um grande salto na produção de siderurgia, de petróleo, energia e rodovias. No caso dessas, Kubitschek trouxe as maiores montadoras da época e construiu rodovias por todo o país, impulsionando o “rodoviarismo”. JK também abriu a economia do país para a entrada de várias multinacionais, principalmente as norte-americanas. Destacando-se, no período, a criação da CSN e da Embratel.

O plano, no entanto, não foi bem sucedido. Apesar de ter impulsionado certo crescimento, o Plano de Metas consumiu aproximadamente 14,5% do PIB brasileiro na época, deixando um grande desequilíbrio financeiro para os governos seguintes, juntamente de uma alta taxa de inflação.

O Milagre:

O Milagre Econômico, ou PND I, foi o maior período de crescimento da economia brasileira, com o PIB crescendo entre 7% e 13% ao ano.  Tendo sido elaborado por Delfim Neto, ele também tinha o viés desenvolvimentista que foi adotado previamente por J.K. O objetivo era gerar um grande crescimento para o país e depois repartir a riqueza gerada (o que não aconteceu de fato).

A realização do plano dependeu de grande ajuda do governo norte-americano, através de empréstimos de dólares. Tal facilitação se deu muito por conta do interesse estadunidense em manter uma regime militar no Brasil visto o cenário ideológico bipolar da época.  Com isso, o governou começou a investir fortemente nas indústrias, principalmente a siderúrgica, e promover o consumo.

Tendo em vista a preocupação com a inflação no governo militar anterior, o consumo tinha estado “travado”. Um dos objetivos do PND I foi voltar a incentivar o consumo. Deu certo num primeiro momento, o Brasil teve um nível de emprego muito bom e uma grande produção industrial, tendo sido realizados grandes investimentos em, como a criação da hidrelétrica Usina de Itaipu e a ponte Rio-Niterói. No entanto, com a crise internacional do petróleo em 73, o plano começou a mostrar sinais de fraqueza. A dívida externa se encontrava muito alta devido aos empréstimos realizados para a realização do plano, tendo havido também uma grande fuga de capitais do país, além da alta inflação.

O plano provocou um avanço industrial grande, principalmente nas industrias automotivas e siderúrgicas, mas não se consolidou, em parte devido à crise que se abateu sobre o país.

PND II:

Teve início no ano de 1975, com o General Geisel, tendo um enfoque maior no setor de energia.

O BNDES voltava a ter um papel fundamental nesse processo, sendo essa a grande diferenciação entre o PND I e o PND II.  Apesar de também contar com grande apoio do capital externo, principalmente estadunidense, o PND II passou a ter um grande investimento vindo do capital financeiro nacional, além do BNDES.

Devido a crise de petróleo vivida à época e o grande nível do consumo brasileiro do produto, o governo tinha como intuito desenvolver um combustível que pudesse substituí-lo, o álcool. Foi criado, então, o programa Pró-Álcool, que buscava solucionar essa questão. Paralelamente, governo passou a investir em refinarias nacionais e a incentivar a procura de novos poços de petróleo. Apesar de ter sido amplamente aceito, o Pró-Álcool não durou muito tempo, principalmente devido ao conflito de interesse gerado em relação à produção de açúcar e a constante escassez em postos de gasolina.

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