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A Noção de Necessidade

Por:   •  20/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.795 Palavras (8 Páginas)  •  192 Visualizações

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Noção de necessidade

        Como já vimos, o ser humano tem necessidades ilimitadas. Temos fome, sede, frio, e outras necessidades que condicionam o nosso bem-estar e conforto.

        A necessidade é assim, o estado de carência e insatisfação que surge para ser ultrapassado através do consumo, mais precisamente através da utilização de bens e serviços.

Alguns bens e serviços são capazes de satisfazer uma necessidade, e quando assim é, dizemos que este bem tem utilidade. Um bem é util quando através dele conseguimos diminuir um estado de carência. O contrário acontece quando um bem não nos satisfaz uma necessidade, logo é inutil.

Características das necessidades

        As necessidades que sentimos são muito diferentes, tanto no tempo, espaço e até mesmo entre cada pessoa. Mas mesmo assim, teem quatro características em comum: multiplicidade, relatividade, saciabilidade e substituibilidade.

Multiplicidade - as necessidades, sendo ilimitadas, renovam-se permanentemente, surgindo novas necessidades a cada dia que passa. O vestuário e a alimentação renovam-se em permanência mas temos frio e fome durante toda a nossa vida. A evolução do nosso nível de vida e o progresso tecnológico e cientifico criam-nos novas necessidades, pois se o nosso rendimento aumentar, uma vez satisfeitas as necessidades primárias, vamos sentir outras necessidades. O desejo de subir na hierarquia social leva-nos a comprar roupas de marca e a frequentar restaurantes mais conceituados.

Relatitividade - as necessidades teem de ser contextualizadas no tempo e espaço, pois as necessidades que hoje sentimos são diferentes das que sentiam as gerações antecedentes. Temos o exemplo dos telemoveis, estes que há 100 anos, não eram vistos como necessidade, mas hoje em dia, é um bem muito importante na sociedade. As necessidades variam também em relação ao espaço, pois, no exemplo da alimentação, esta não é igual em Portugal e na Índia e no caso do vestuário, este nos países mais quentes não são necessários para se protegerem do frio.

Saciabilidade - o grau de intensidade da necessidade que sentimos vai diminuindo à medida que utilizamos bens e serviços adquados à sua satisfação, até deixarmos de sentir qualquer necessidade. O caso da sede: desde que começamos a beber água, a necessidade de a beber vai diminuindo até que termina.

Substituibilidade - traduz a possibilidade de satisfazer a mesma necessidade utilizando bens substituiveis, bens que permitem a satisfação de uma necessidade, podendo ser usados como alternativa. Por exemplo, temos fome e queremos comer arroz com carne, mas, se não tivermos arroz e tivermos massa, podemos comer a massa.

Classificação das necessidades

        As necessidades classificam-se quanto:

•        à sua importância

•        ao seu custo

•        à vida em coletividade

Quanto à sua importância

        As necessidades, quanto à importância, podem ser: primárias, secundárias ou terciárias.

        As primárias são as que a sua satisfação é prioritária, logo são fundamentais à vida do ser humano, por isso teem de ser satisfeitas em primeiro lugar. Como exemplo de necessidades primárias temos a alimentação, a saude e a habitação.

        As secundárias são as que cuja não satisfação não põe em causa a vida do ser humano, não sendo assim indispenáveis à nossa vida. Como exemplo de necessidades secundárias temos a cultura, os transportes, o desporto e o lazer.

        As terciárias são aquelas necessidades que são superfluas, dispensáveis à nossa vida. Correspondem ao luxo, em algumas sociedades. Como exemplo de necessidades terciárias temos carros de alta gama, jóias e roupas de marca.

Quanto ao custo

        As necessidades, quanto ao custo, podem ser: económicas ou não económicas.

        As necessidades económicas são as que cuja satisfação tem como consequência o despêndio da moeda, ou até de trabalho, sendo que estas são satisfeitas por bens escassos.

Como exemplo de necessidades económicas temos o vestuário, a alimentação e as comunicações.

        As necessidades não económicas são as que cuja satisfação não tem como consequência o despêndio de moeda ou trabalho. Estas necessidades são satisfeitas através de bens que existem em abundância na Natureza e por essa razão são de utilização livre e gratuita. Como exemplo de necessidade não económica temos o respirar, nadar no mar e secar roupa ao sol.

Quanto à vida em coletividade

        As necessidades, quanto à vida em coletividade, podem ser: individuais ou económicas.

        As necessidades individuais são as necessidades próprias de cada individuo, sentidas por cada pessoa com intensidades variáveis. Por exemplo, a ida ao ginásio diariamente e outra pessoa só vai 2 vezes por semana, e outra pode até nunca ir.

        As necessidades coletivas são as necessidades que só sentimos porque vivemos em comunidade e a sua satisfação corresponde às necessidades da própria coletividade. Como exemplo de necessidades coletivas temos a segurança e a justiça, pois não havia necessidade da existência de policiamento se vivessemos isolados.

Noção de consumo

        O consumo é a utilização de bens e serviços na satisfação das necessidades. Ex: quando sentimos sede (necessidade de beber água), vamos consumir água.

Consumo como ato económico

        Como vimos, o consumo é um fenómeno social total e por essa razão temos de o analisar em todas as dimensões. Primeiramente, vamos analisá-lo como ato económico.

O consumo é um ato económico pois tem como objetivo a satisfação de necessidades humanas. Mas por outro lado, os individuos fazem escolhas racionais que teem implicação na atividade económica pois ao optarem por um bem em vez de outro determinam quanto gastam e poupam. Ao fazerem estas opções vão influenciar as decisões de outros agentes económicos pois se comprarem um dado produto vão estimular os seus produtores a produzirem mais, podendo também levar ao aumento do preço do produto devido à sua maior procura. O contrário também acontece pois os produtores de um produto não tão procurado, vão deixar de o produzir em tão elevadas quantidades. Podemos assim dizer, que a produção é afetada pela escolha dos consumidores.

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