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A RELAÇÃO ENTRE A INFLAÇÃO E O DESEMPREGO

Por:   •  9/5/2017  •  Artigo  •  3.423 Palavras (14 Páginas)  •  507 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CARLA VARGAS DA SILVA

ROSIANE ROSSI

 RELAÇÃO ENTRE A INFLAÇÃO E O DESEMPREGO

Artigo apresentado como requisito a aprovação da matéria de economia do trabalho

Universidade de Caxias do Sul – Curso de Ciências Econômicas.

Prof:. Ms.Rogerio da Silva França Junior

CAXIAS DO SUL

2015

Relação entre a inflação e o desemprego no brasil de 2015 a 2016

Carla Vargas da Silva*

Rosiane Rossi**

Resumo: O presente artigo estima a relação entre as taxas de inflação e de desemprego brasileiras entre o período de outubro de 2009 a setembro de 2015 no Brasil, utilizando-se de variações mensais. A metodologia utilizada compreendeu a pesquisa bibliográfica, com base na Teoria da Curva de Phillips, a coleta de dados no site do Banco Central e a utilização do software Gretl 10.1.1 para a estimativa do modelo econométrico e também dados do CAGED. O modelo econométrico utilizado foi o Modelo de Auto Regressão (VAR) que indicou a relação entre a taxa de desemprego e a inflação, pois a inflação continua em alta se o desemprego não aumentar. Resultando assim em variáveis co-integradas.

Palavras-chave: Desemprego, Inflação, Curva de Phillips, Co-integração, VAR

Abstract: This paper estimates the relationship between the rates of inflation and unemployment in Brazil from October 2009 to September 2015, using monthly variations. The methodology used included the literature, based on the theory of the Phillips Curve, data collection on the Central Bank website and the use of Gretl 10.1.1 software to estimate the econometric model. The econometric model used was the Model Auto Regression (VAR) which indicated the relationship between unemployment and inflation, as inflation remains high if unemployment did not increase. Thus resulting in co- integrated variables.

 Keywords: Unemployment, Inflation, Phillips curve, Co-integration, VAR

Introdução

Estudos sobre a inflação constatam que os processos inflacionários normalmente decorrem ao excesso de moeda no mercado. A partir do ano 1999 o Brasil passou por grandes mudanças em sua estrutura econômica, e em seus governos seguintes adotou diferentes planos para combater os níveis de inflação e desemprego, como, por exemplo, as metas de inflação.

Altos índices de inflação são, normalmente, controlados com as taxas de juros, ou seja, quando a inflação eleva-se normalmente os índices das taxas de juros sobem. Com taxas de juros mais altas os empresários elevam seus custos com investimentos, que por consequência aumentam os preços dos produtos fabricados.

 A elevação dos preços traz efeitos negativos tanto para os consumidores quanto para os empresários. Para os consumidores a elevação dos preços afeta diretamente no seu poder de compra, ou seja, o salário real e o poder aquisitivo reduzem o que acaba desacelerando a economia. A diminuição do consumo gera dificuldades de gerar uma venda esperada por parte dos empresários, diminui a produção e por consequência causa a geração de desemprego.

A curva de Phillips descreve a relação antagônica entre a inflação e o desemprego. Ela permite deduzir a relação inversa entre inflação e desemprego. Mostrando que, por exemplo, a diminuição no desemprego, resultara em má inflação, e vice versa.

O objetivo principal deste artigo é estimar um modelo VAR que represente a curva de Phillips, ou seja, a previsão da inflação e dos níveis de preços para a economia brasileira através na análise do período de outubro de 2009 a setembro de 2015. Criando assim uma estimativa das duas series para o período de outubro de 2015 a fevereiro de 2016.

1. Metodologia

Levando em conta as taxas inflacionárias apresentadas e o crescimento do desemprego ocasionado pela baixa na economia brasileira, se faz necessária uma análise da correlação entre as duas variáveis. Estimando também a inflação e o desemprego para o período de 10/2015 – 02/2016.

A coleta de dados foi realizada no site do Banco Central do Brasil, considerando o período de outubro de 2009 a setembro de 2015. Os dados utilizados são variações mensais das taxas de inflação e da taxa de desemprego.

A partir dos dados coletados foi criado um modelo econométrico. Para que possamos analisar os dados foi utilizado o Modelo Vetorial de Autorregressão (VAR). Devido ao seu caráter especial, pois ao contrário dos sistemas de equações simultâneas, o modelo é considerado o mais apropriado para analisar relações interligadas e impactos dinâmicos provocados por disturbâncias aleatórias. No modelo de VAR algumas variáveis são tratadas como endógenas e outras como exógenas ou predeterminadas.

Para que fosse possível o estudo da série temporal foi necessária a utilização do programa Gretl na versão 1.10.1.  Primeiramente importamos os dados do site do Banco Central, padronizamos a tabela e então exportamos para o programa. Logo após verificou-se se a série temporal era ou não estacionaria; para fazer esta verificação com a ajuda do professor aplicou-se o teste de Autorregressão Vetorial (VAR).

2. Inflação e Desemprego

        A inflação ocorre quando há o aumento dos níveis de preços de forma acelerada, e está normalmente relacionada com a oferta de moeda. Friedman (apud MISHKIN, 2000) relata que “a inflação é sempre e em qualquer lugar um fenômeno monetário”, ou seja, o crescimento da oferta de moeda é a principal causa da elevação dos preços dos produtos e serviços. O acelerado crescimento da taxa de inflação de um país sempre estará relacionado ao descontrole da taxa de oferta de moeda (MISHKIN, 2000).

Para analisar os efeitos da inflação a literatura costuma distinguir a inflação de demanda da inflação de oferta. Na primeira, a causa é o exagero do consumo e na segunda, a causa é o excesso de oferta de produtos disponíveis para compra. Segundo Vasconcelos (2006) a inflação de demanda pode ser entendida como um excesso de oferta monetária relativo aos bens disponíveis para a compra. Quanto mais perto uma economia estiver do pleno emprego dos recursos maior será a probabilidade de inflação de demanda.

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