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A VISÃO INOVADORA DE UM HOMEM DO INÍCIO DO SÉCULO XX

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Por:   •  17/4/2013  •  Tese  •  3.526 Palavras (15 Páginas)  •  614 Visualizações

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Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 12 (2): 105-110, dez. 2004

CDD: 330

HENRY FORD: A VISÃO INOVADORA DE UM HOMEM DO INÍCIO DO SÉCULO XX

HENRY FORD: THE INNOVATIVE VIEWPOINT OF A MAN IN THE BEGINNING OF THE 20TH CENTURY

Arquimedes da Silva Szezerbicki1 , Luiz Alberto Pilatti2, João Luiz Kovaleski2

1 Autor para contato: Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná - CEFET, Ponta Grossa, PR, Brasil; (42) 9971-7992; e-mail: szezerbicki@uol.com.br 2 Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná - CEFET, Ponta Grossa, PR, Brasil; e-mail: lapilatti@pg.cefetpr.br e kovaleski@cefetpr.br

Recebido para publicação em 13/08/2004 Aceito para publicação em 28/10/2004

RESUMO

Este trabalho traz um estudo sobre a história de Henry Ford, homem que inovou o processo de fabricação de automóveis no início do século XX, servindo como referência até hoje pelas suas idéias e ações. Através de pesquisa bibliográfica, procurou-se mostrar como ocorre o processo de inovação nas organizações, tendo como exemplo Ford e seus princípios. Vê-se que a maior contribuição deste estudo é a desvinculação da história de Henry Ford do campo das teorias de administração, encarando suas ações como exemplo do campo da Gestão da Inovação.

Palavras-chave: Henry Ford, inovação, produção em massa

ABSTRACT

This paper features the study of Henry Ford’s history, a man who completely changed the way of manufacturing cars in the beginning of the 20th century and whose ideas and actions serve as a reference up to this day. A bibliographical research showed how the innovation process occurs inside organizations based on Ford and his principles. The most important contribution of this study is the disconnection between Henry Ford’s history and the field of administration theories, viewing his actions as an example in the field of Innovation Managing.

Key words: Henry Ford, innovation, mass production

Publ. UEPG Humanit. Sci., Appl. Soc. Sci., Linguist., Lett. Arts, Ponta Grossa, 12 (2) 105-110, dez. 2004

106 1. Introdução

Em junho de 2003, a Ford Motor Company ce- lebrou 100 anos de pioneirismo e evolução. A base desse sucesso foi construída pela iniciativa de um vi- sionário: Henry Ford, um dos maiores nomes da in- dústria mundial. Henry Ford pertenceu a estirpe dos homens que transcendem a vida. “Mais do que um nome, muito mais do que a representação de algo que possa ser visto ou tocado, Henry Ford é hoje uma sigla; uma espécie de ideograma ocidental, cheio de significância e profundidade” (Maia, 2003). Não somente por ter sido o pai do fordismo – sistema de produção em série que revolucionou a indústria do século XX – mas so- bretudo por ter sido um homem inovador, persistente e bem à frente de seu tempo. A inovação na área teórica é algo novo, é um parâmetro atual e ainda em discussão. Mas isso não quer dizer que as pessoas só passaram a inovar depois que os livros e teorias sobre a inovação passaram a surgir. Não foi só depois que os teóricos e estudiosos passaram a dar nome ao pioneirismo e às boas idéias, que o homem passou a ter sucesso com suas próprias idéias. Através de leituras sobre a vida desse homem, no início apenas curiosas e despretensiosas, passou- se à realização de uma intensa e apaixonada pesquisa bibliográfica, pois foi-se percebendo que, Henry Ford, mais que uma escola de administração (fordismo), foi um homem inovador e persistente. Assim, pretende-se mostrar, aqui, o que foi per- cebido através desta pesquisa bibliográfica sobre Henry Ford. Busca-se, portanto, trazer um traçado da traje- tória deste homem, suas ações e um pouco do que foi percebido da sua visão inovadora, já no final do sécu- lo XIX.

2. Sua história

Para que se possa perceber, realmente, a visão inovadora de Henry Ford, torna-se necessário conhe- cer sua história. Entretanto, é preciso destacar, aqui, que não foi encontrada uma boa biografia sobre Ford. Apenas o que se achou foi o que ele próprio deixou

em seus livros “Minha Vida e Minha Obra” (1922) e “Hoje e Amanhã” (1926), ambos escritos em colabo- ração com Samuel Crowther, que foram os materiais principais utilizados neste momento do estudo. Nascido em 30 de julho de 1863 na cidade de Springwells, Estado do Michigan, Ford perdeu a mãe muito cedo e, trabalhando na fazenda de seu pai de- monstra habilidades para a invenção, particularmente na mecânica. Era ele quem cuidava dos reparos nas máquinas da fazenda de seu pai, mas sem nenhum in- teresse pelo pagamento de seus trabalhos. A sua in- tenção era outra: observar como as coisas funciona- vam mecanicamente. De acordo com Chiavenato (1993, p.79), “Henry Ford iniciou a sua vida como simples mecâni- co, chegando posteriormente a engenheiro-chefe de uma fábrica”. Isso porque, segundo o que o próprio Ford conta, em 1898 ele já havia criado três carros e, abandonando o emprego, conseguindo alguns apoios e colaboradores, começou a fabricar carros como ne- gócio. Estava sendo fundada, então, a Detroit Automobile Company, da qual era engenheiro-chefe, fábrica esta que fechou, dois anos mais tarde, por seus diretores estarem contrários a adotar a produção em massa como modelo padrão. Era algo desconhecido, nunca visto. (E, diga-se de passagem, inovador). E persistente. No ano de 1901 organizou outra compa- nhia, que também logo dissolveu-se, mas por outro motivo: a produção de carros de corrida sem sucesso. Entretanto, com a cooperação do projetista Harold Wills, persistiu na idéia da construção de carros de corrida (esporte muito em “voga” da época) e criou o “999”, com o qual Barney Oldfield tornou-se campeão, alcançando vários recordes, que renderam grande su- porte financeiro às suas idéias. Assim sendo, fundou a Ford Motor Co., a qual fabricou um modelo de carro a preços populares den- tro de um plano de vendas e de assistência técnica de grande alcance, revolucionando a estratégia comercial da época (Chiavenato, 1993). Nos anos de 1906-1907 ele implantou na companhia a política de produzir um carro padronizado e relativamente barato, que neces- sitasse um mínimo de cuidado e custos em sua manu- tenção. Lançado em 1908 com o preço de US$ 850, o Modelo T foi um sucesso instantâneo. Não era um carro

Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta

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