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A importância da informação financeira para micro e pequenas empresas (MPE'S)

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Por:   •  25/3/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.138 Palavras (9 Páginas)  •  367 Visualizações

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Introdução

O efeito da globalização e o avanço da tecnologia nos últimos tempos fizeram com que surgissem novas perspectivas de crescimento ao mundo empresarial, bem como o aumento da competitividade para que as organizações se mantenham no mercado.

Para Oliveira (2001, p. 165), foi verificado que:

O estabelecimento das estratégias empresariais é resultado de uma análise interativa entre os fatores externos ou não controláveis e os fatores internos ou controláveis da empresa.

Desta maneira, este artigo visa contribuir com o meio acadêmico e meio empresarial, tratando especificadamente sobre a importância das informações financeiras das micro e pequenas empresas (MPE’S), ou seja, corroborando com Oliveira (acima), para que os gestores das MPE’S entendam melhor a importância de tratar esse fator interno e controlável da empresa, podendo, inclusive tornar-se competitivo se tais informações forem bem tratadas.

Geralmente, a pessoa responsável por uma micro e pequena empresa não possui experiência técnica do negócio e administrativa, e acaba administrando de forma empírica, fazendo com que, muitas das vezes perdem oportunidades de obtenção de linhas de crédito, financiamento e até mesmo investimentos, para não dizer que uma empresa administrada sem os devidos cuidados com as informações contábeis, pode fechar as portas prematuramente.

Segundo Machado (2006, p. 3):

Pesquisas recentes do SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – mostram que a mortalidade desses empreendimentos ainda alcança números assustadores. De cada 100 empresas que iniciam suas atividades, 71 fecham antes de completar o 5º ano de vida.

Com base no questionamento acima, optamos por esse tema, devido a sua importância não só para o Micro e Pequeno Empresário ou empreendedor, mas também para a economia do país.

Schumpeter citado por Degen (2009): “O empreendedor é o agente do processo de destruição criativa que é o impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista”.

Portanto, nosso propósito através deste artigo é contribuir, alertando sobre a necessidade e importância do tratamento das informações contábeis das Micro e Pequenas Empresas, para que tais gestores possam tomar decisões financeiras baseadas em uma realidade vivenciada não só pela empresa, mas, também pelo mercado e economia.

2. Referencial Teórico

Este referencial teórico abordará sobre a importância das informações contábeis para as tomadas de decisões financeiras das micro e pequenas empresas. Para tanto, será utilizado o conceito de vários autores citados ao longo deste trabalho.

Freqüentemente estamos tomando decisões: a que hora nos levantaremos, que roupa vestiremos, o que comeremos, a que programa vamos assistir, qual trabalho iremos desenvolver durante o dia, etc. Algumas são decisões importantíssimas: o casamento, a carreira, a aquisição de casa própria, para exemplificar. [...] Dentro de uma empresa a situação não é diferente. Freqüentemente os responsáveis pela administração estão tomando decisões quase todas importantes, vitais para o sucesso dos negócios. Por isso, há necessidade de dados, de informações corretas, de subsídios que contribuam para uma boa tomada de decisão. Decisões tais como comprar ou alugar uma máquina, o preço de um produto, se devemos contrair uma dívida a longo ou curto prazos, quanto de dívida contrairemos, que quantidade de material para estoque deveremos comprar, reduzir custos, produzir mais...(FAHL; MARION, 2011, p. 15)

Em uma empresa não é diferente, a cada momento os gestores têm que tomar decisões importantíssimas. As informações contábeis são de tamanha importância para uma empresa e não devem ser desprezadas, desta forma, Longenecker et al (1997, p. 515) corroboram com Fahl e Marion, ao mencionarem que Os administradores precisam ter informações precisas, significativas e oportunas, se quiserem tomar boas decisões; quando se refere à necessidade de informações financeiras sobre as operações da empresa.

Para esses autores (1997, p. 516), “poucos administradores de empresas pequenas podem esperar tornar-se peritos em contabilidade”.

Todo empresário deve ter conhecimentos suficientes sobre o processo contábil, inclusive sobre demonstrativos financeiros, para poder reconhecer quais métodos contábeis poderão funcionar de forma mais vantajosa em suas empresas. Como estamos vivendo em um mundo globalizado, não podemos desconsiderar os números e as informações contábeis, se quisermos tornar as organizações mais saudáveis financeiramente e competitivas.

De acordo com Fahl e Marion (2011, p. 16):

A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.

Um gestor ou Micro e Pequeno Empresário que não trata seus números e tampouco se interessa em fazer os devidos registros, não conseguirá fazer nenhum planejamento que envolva fornecedores, bancos e até mesmo os sócios. Desta forma, Abreu (2006, p. 10) apresenta o seguinte conceito sobre funções da contabilidade:

[...] aparentemente, as funções de planejamento e controle indicam que a Contabilidade destina-se apenas aos gestores da empresa. Isso não é verdade, pois os usuários externos usam a Contabilidade com as mesmas finalidades. Assim, o Fisco, os sindicatos, os credores, os acionistas e outros interessados usam as Demonstrações Contábeis das empresas para planejar suas próprias atividades e controlar o resultado desse planejamento. Por meio das demonstrações, o Fisco planeja qual será sua arrecadação; os sindicatos, qual será a sua reivindicação; os credores, qual o financiamento a ser concedido; e os acionistas, qual a rentabilidade de suas aplicações. Com as Demonstrações Contábeis, o Fisco também verifica se o valor arrecadado está correto; os sindicatos verificam a relação entre salários e lucro da empresa; os credores controlam a capacidade de pagamento; e os acionistas, a rentabilidade obtida.

Nesse sentido, Gitman e Madura (2008, p. 186) corroboram com Abreu, ao citarem que toda empresa emprega registros e relatórios padronizados de suas

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