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A moeda que estabilizou a economia brasileira

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Por:   •  3/5/2014  •  Tese  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  357 Visualizações

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A moeda que estabilizou a economia brasileira

A partir de julho de 1994, o Plano Real reduziu a inflação para uma média mensal de 0,8%, a partir de julho de 1994. No entanto, hoje, o real vive seu pior momento, segundo especialistas, diante de uma inflação 'represada'

Carlos Araújo

carlos.araujo@jcruzeiro.com.br

Há 20 anos, no primeiro semestre de 1994, um novo plano econômico derrotou a inflação. O Plano Real começou em fevereiro daquele ano com a criação da Unidade Real de Valor (URV) e, quatro meses depois, em 1º de julho, implantou uma nova moeda, o Real. Em 1990 o aumento de preços batera recorde, atingindo 82% em março. Em junho de 1994, a inflação foi de 47% ao mês. A partir de julho de 1994, o Plano Real reduziu a inflação para uma média mensal de 0,8%. Em 2001, a média foi de apenas 0,6% ao mês.

"O Plano Real foi o mais bem sucedido programa de estabilização econômica da nossa história", avalia o delegado do Conselho Regional de Economia (Corecon), Sidney Oliveira, também professor da Universidade de Sorocaba (Uniso). Até então o Brasil vinha de uma sucessão de planos que não tinham dado certo: Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II.

Com efeito, o Plano Real mudou a história do País e transformou a vida dos brasileiros com melhorias que duram até hoje. O salário mínimo é o mais alto dos últimos 40 anos. A estabilidade da economia trouxe maior bem-estar para as famílias. Diminuiu a pobreza. O Censo 2000 apurou queda da mortalidade infantil. A população passou a comer e morar melhor.

Sindicatos e empresas

As relações trabalhistas contabilizaram avanços. "Olha o salto que nós demos", diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, Ademilson Terto da Silva. Desde 2002, todos os acordos de campanha salarial incluem a cláusula do aumento real, além da reposição da inflação. As pautas de reivindicações discutem ampliação dos benefícios como a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), equiparações salariais e reestruturação de cargos e salários.

Terto diz que houve amadurecimento nas relações entre sindicalistas e empresários. O Sindicato se preparou para fazer negociações e os empresários entenderam que não havia radicalismo por parte dos metalúrgicos.

Comércio exterior

O real foi "ótimo" para o comércio exterior, na avaliação do gerente executivo comercial da Aurora Eadi, Sérgio Hayakawa. As melhoras na qualidade de vida, de consumo, de emprego, geram potencial de consumo. Nesse comportamento, as empresas têm que vender mais e isto impulsiona o processo da cadeia produtiva. Como resultado, o Brasil passa a importar mais. "Houve um aumento enorme de importação", diz Hayakawa. Cresceram os investimentos das grandes corporações, que precisaram abrir fábricas no Brasil como aposta no aquecimento do mercado nacional e na mudança socioeconômica do povo brasileiro.

Hayakawa lembra que, além das reformas fiscal e tributária necessárias a uma reestruturação do Plano Real, o País também precisa de uma reforma do Poder Judiciário como forma de atualizar as leis.

Bom para a indústria

Para a indústria, o real foi bom, na análise do 1º vice-diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Erly de Syllos. Ele admite que no início do Plano Real houve dificuldade para os trabalhadores

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